quinta-feira, 6 de março de 2014

Lula e PT enquadram Dilma e definem papéis na campanha


Eleições 2014                Diario do Poder
 
Está decidido: Santana cuidará do marketing, Martins das mídias sociais
Publicado: 5 de março de 2014 às 21:10 - Atualizado às 22:22 
 
reuniao lula dilma
Lula com Dilma e assessores: papéis definidos, na campanha pela reeleição

O ex-presidente Lula e o PT “enquadraram” a presidenta Dilma Rousseff, durante reunião nesta quarta-feira (5) na biblioteca da residência oficial do Palácio Alvorada. 

Por menos que ela pretendesse aceitar a ideia, ela teve de engolir a participação do ex-ministro da Comunicação Social Franklin Martins, a quem detesta, em sua campanha de reeleição.

Dizendo representar os interesses do próprio Lula, Franklin Martins não apenas seria o responsável pela demissão da ex-ministra Helena Chagas como também entrou em rota de colisão com o marqueteiro João Santana, também ligado ao ex-presidente. 

A briga é por prestígio político e também pelos milionários contratos de prestação de serviços durante a campanha eleitoral.

Lula informou a Dilma que Martins será o coordenador das ações de campanha junto a redes sociais. 

Ele pouco entende do assunto, mas sua mulher e um filho têm empresas que atuam no setor. O PT prevê gastos de ao menos R$ 15 milhões nessa área. 

João Santana ficará mesmo, contra a vontade de Martins, como único responsável pelos programas do horário gratuito, no rádio e na TV. 

O presidente do PT, Rui Falcão, não apita coisa alguma, mas participou da reunião porque, afinal, ele é quem fará o pagamento às empresas ligadas a Martins e a Santana pelos serviços prestados .

Imagem da reunião foi divulgada pelo Instituto Lula, mostrando que também participaram do encontro o ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil), o deputado estadual Edinho Silva (PT-SP) e o chefe de gabinete da Presidência da República, Giles Azevedo. 

A reunião não constou da agenda oficial de Dilma.

Todos ainda se encontram no Alvorada discutindo a crise de relacionamento de Dilma com os partidos da sua base de apoio no Congresso, que estão rebelados e constituíram um “blocão” liderado pelo PMDB. 

Lula tentará convencer a presidenta a fazer política, negociar.

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