Eric Zambon
eric.zambon@jornaldebrasilia.com.br
Provável vandalismo levou à destruição completa o terceiro posto comunitário da Polícia Militar do DF este ano, entre outras unidades que já foram alvo de depredação.
Desta vez, o posto da QR 302 de Santa Maria foi consumido pelas chamas durante a madrugada e, apesar da ação do Corpo de Bombeiros, pouco restou da base.
Ninguém ficou ferido. Para a população, é possível dizer que o desastre era previsível.
“Este posto está abandonado há pelo menos quatro meses. É dinheiro nosso jogado fora”, esbraveja o prefeito comunitário da cidade, Antônio Alã de Brito.
Ele diz que a base já havia sido apedrejada antes e era só questão de tempo até algo mais grave acontecer.
“ Já havíamos avisado a administração que não tinha policiais aqui. A praça atrai muito delinquente”, afirma.
Antônio, morador de Santa Maria desde 1990, reclama das condições de segurança da cidade e, na sua visão, o problema é a falta de ação do Estado.
“Quando os policiais estavam no posto, esse lugar era muito bom.
Agora tiraram eles daqui e chegamos a isso.
Tem outra base ali em cima que provavelmente vai ter o mesmo destino”, desabafa.
Abandono
O lugar apontado por Antônio é na QR 403 de Santa Maria, nas proximidades do condomínio Porto Rico.
Instalado em local ermo, o posto comunitário parece abandonado há bastante tempo. As janelas foram arrebentadas com pedras e algumas pichações dominam o exterior.
Dentro, restos de frutas e garrafas de refrigerante vazias indicam que alguém utilizou o espaço.
“Quando você adota essa medida de policiamento comunitário, deve ser feito de modo planejado e baseado em pesquisas. Isso não aconteceu e consequentemente temos postos instalados em lugares que talvez não sejam os melhores”, argumenta o especialista em segurança pública, Nelson Gonçalves. Ele destaca que o governo ignorou “regras básicas” de implementação e isso compromete a eficiência.
Ele crê que os atos sejam obras de criminosos confrontando a polícia. “Não acredito que haja policiais fazendo ou facilitando ação”.
Casos recentes em outras cidades do DF
A Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF) admitiu outros dois casos semelhantes este ano: um na Quadra 2 do Itapoã, em 3 de março, e outro nas proximidades do condomínio Mestre D'Armas, em Planaltina, em 25 de fevereiro.
Na Quadra 29 do Paranoá, porém, depredação parecida com a vista nos outros exemplos aconteceu semana passada, só que o posto não foi engolido em chamas por interferência rápida dos Bombeiros.
Apesar das acusações de moradores de Santa Maria quanto ao abandono dos postos comunitários, a PMDF afirmou, por meio de sua assessoria, que eles “foram incendiados enquanto a equipe de serviço realizava patrulhamento”.
A corporação também especulou que as depredações são represálias à ação policial.
Responsável pela investigação, a Polícia Civil informou que ainda apura os ocorridos e se pronunciará tão logo tenha novidades.
A prefeitura comunitária de Santa Maria afirma ter se reunido com o Conselho de Segurança da cidade em dezembro, e com a administração em dezembro, sobre o assunto, mas as reclamações não teriam sido levadas em conta.
A Administração de Santa Maria não foi encontrada pela reportagem.
eric.zambon@jornaldebrasilia.com.br
Provável vandalismo levou à destruição completa o terceiro posto comunitário da Polícia Militar do DF este ano, entre outras unidades que já foram alvo de depredação.
Desta vez, o posto da QR 302 de Santa Maria foi consumido pelas chamas durante a madrugada e, apesar da ação do Corpo de Bombeiros, pouco restou da base.
Ninguém ficou ferido. Para a população, é possível dizer que o desastre era previsível.
“Este posto está abandonado há pelo menos quatro meses. É dinheiro nosso jogado fora”, esbraveja o prefeito comunitário da cidade, Antônio Alã de Brito.
Ele diz que a base já havia sido apedrejada antes e era só questão de tempo até algo mais grave acontecer.
“ Já havíamos avisado a administração que não tinha policiais aqui. A praça atrai muito delinquente”, afirma.
Antônio, morador de Santa Maria desde 1990, reclama das condições de segurança da cidade e, na sua visão, o problema é a falta de ação do Estado.
“Quando os policiais estavam no posto, esse lugar era muito bom.
Agora tiraram eles daqui e chegamos a isso.
Tem outra base ali em cima que provavelmente vai ter o mesmo destino”, desabafa.
Abandono
O lugar apontado por Antônio é na QR 403 de Santa Maria, nas proximidades do condomínio Porto Rico.
Instalado em local ermo, o posto comunitário parece abandonado há bastante tempo. As janelas foram arrebentadas com pedras e algumas pichações dominam o exterior.
Dentro, restos de frutas e garrafas de refrigerante vazias indicam que alguém utilizou o espaço.
“Quando você adota essa medida de policiamento comunitário, deve ser feito de modo planejado e baseado em pesquisas. Isso não aconteceu e consequentemente temos postos instalados em lugares que talvez não sejam os melhores”, argumenta o especialista em segurança pública, Nelson Gonçalves. Ele destaca que o governo ignorou “regras básicas” de implementação e isso compromete a eficiência.
Ele crê que os atos sejam obras de criminosos confrontando a polícia. “Não acredito que haja policiais fazendo ou facilitando ação”.
Casos recentes em outras cidades do DF
A Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF) admitiu outros dois casos semelhantes este ano: um na Quadra 2 do Itapoã, em 3 de março, e outro nas proximidades do condomínio Mestre D'Armas, em Planaltina, em 25 de fevereiro.
Na Quadra 29 do Paranoá, porém, depredação parecida com a vista nos outros exemplos aconteceu semana passada, só que o posto não foi engolido em chamas por interferência rápida dos Bombeiros.
Apesar das acusações de moradores de Santa Maria quanto ao abandono dos postos comunitários, a PMDF afirmou, por meio de sua assessoria, que eles “foram incendiados enquanto a equipe de serviço realizava patrulhamento”.
A corporação também especulou que as depredações são represálias à ação policial.
Responsável pela investigação, a Polícia Civil informou que ainda apura os ocorridos e se pronunciará tão logo tenha novidades.
A prefeitura comunitária de Santa Maria afirma ter se reunido com o Conselho de Segurança da cidade em dezembro, e com a administração em dezembro, sobre o assunto, mas as reclamações não teriam sido levadas em conta.
A Administração de Santa Maria não foi encontrada pela reportagem.
Fonte: Da redação do Jornal de Brasília
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