Presidente da Fifa, Joseph Blatter, reconhece
problema com estádio de São Paulo e critica falta de segurança a que
funcionários são submetidos na obra;
laudo da Universidade Federal do
Rio de Janeiro afirma que o afundamento do solo que sustentava o
guindaste destruído em novembro do ano passado foi a causa do acidente
que matou dois operários, contrariando versão da Odebrecht;
construtora
de Marcelo Odebrecht e ex-presidente do Corinthians, Andrés Sanchez,
também não resolveram impasse para bancar os R$ 60 milhões referentes às
estruturas temporárias previstas no contrato do Mundial;
diante da
saia-justa, a Fifa já cogita assumir a dívida para evitar fiasco do
palco de abertura da Copa
247 – Após a morte de um operário durante
colocação das arquibancadas provisórias, o presidente da Fifa, Joseph
Blatter, criticou a falta de segurança no Itaquerão.
"Temos problema com o estádio de São Paulo. Houve acidente com uma
pessoa que morreu, mas quando se trabalha em uma construção de dois ou
mais metros é preciso ter a responsabilidade de dar segurança aos
trabalhadores. Eles não fizeram isso", disse.
Fiscais do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) interditaram a
obra, mas a liberação deve sair na próxima semana. Um laudo da
Universidade Federal do Rio de Janeiro afirma que o afundamento do solo
que sustentava o guindaste destruído em novembro do ano passado foi a
causa do acidente que matou dois operários. Estudo também indica que a
proteção do solo, feita como brita, não era adequada para uma máquina
que ergue até 1.500 toneladas.
O Corpo de Bombeiros de São Paulo também informou que "o estádio não
está seguro para receber o público, tendo em vista que ainda não se
adequou à legislação vigente e não possui o Auto de Vistoria do Corpo de
Bombeiros". Há também 26 irregularidades apontadas no projeto, que
envolvem principalmente as saídas de emergência e o controle de fumaça.
A Arena Corinthians será palco de abertura da Copa do Mundo no
Brasil. Cerca de 65 mil pessoas são esperadas para a partida de Brasil x
Croácia, em 12 de junho. No entanto, até agora, nem o clube e nem a
construtora de Marcelo Odebrecht, apresentaram solução para uma dívida
de R$ 60 milhões referente as estruturas temporárias previstas no
contrato da Fifa.
O ex-presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, responsável pela
arena se comprometeu a arcar com os gastos; no entanto, Jérôme Valcke,
secretário-geral da instituição, afirmou que o impasse continua. Ele
refugou a possibilidade de adiar o início da competição. Diante da
saia-justa, a Fifa já cogita assumir a conta para evitar fiasco mundial.
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