quinta-feira, 3 de abril de 2014
Que pavor um só homem causa à esquerda brasileira a ponto de
lhe cassar a palavra da tribuna da Câmara dos Deputados, a não ser o temor à
verdade?
O discurso que me acabou sendo proibido na terça-feira
abordaria fatos como o ocorrido em março de 1963, na sede do Sindicato dos
Operários Navais, em Niterói (RJ), por ocasião do Congresso Continental de
Solidariedade a Cuba, patrocinado pelo Partido Comunista Brasileiro, onde Luís
Carlos Prestes proferiu: "Gostaria que o Brasil fosse a primeira nação
sul-americana a seguir o exemplo da pátria de Fidel Castro".
Com as mulheres nas ruas, a imprensa, a Igreja Católica, os
governadores de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro clamando pelo fim da
corrupção generalizada, da desordem social e da radicalização ideológica e pela
preservação das instituições democráticas, o Congresso, por aclamação, declarou
vago o cargo de presidente da República, ou seja, cassou João Goulart.
Em 9 de abril de 1964, este mesmo Congresso, com votos de
Ulysses Guimarães, Franco Montoro, Juscelino Kubitschek, Afonso Arinos, num
total de 361 deputados e senadores, elegeu Castello Branco presidente da República.
A alegação de quase 400 mortos e desaparecidos --em sua
maioria, sequestradores, terroristas, assaltantes de banco, ladrões de armas--
seria um preço muito pequeno para que, hoje, nosso povo não vivesse nas
condições dos cubanos. Não tivesse Fidel Castro treinado e financiado a luta
armada no Brasil, certamente, no início dos anos 70, o poder teria sido passado
aos civis.
O comandante do Exército cubano ofereceu ao anistiado Carlos
Eugênio Paz cem homens armados até os dentes para a guerrilha do Araguaia.
Confesso que, como militar, preferia enfrentá-los na selva a conviver nas
cidades com a sombra de 10 mil agentes cubanos, "desarmados" e
travestidos de médicos.
Que moral tem um governo para falar em tortura quando
esconde qualquer investigação sobre o sequestro, tortura e execução do prefeito
Celso Daniel, justiçado pelos próprios companheiros; quando cria uma Comissão
da Verdade cujos integrantes são indicados por alguém como a presidente, que, à
frente de grupos terroristas como VPR, Colina e VAR-Palmares, sujou suas mãos
de sangue de inocentes como o tenente Alberto Mendes Júnior, executado a
pauladas nas matas do vale do Ribeira, e o recruta do Exército Mário Kozel
Filho, morto por carro bomba no QG do então Segundo Exército? A esquerda continua
posando de vítima na busca de compaixão, votos e poder.
Hoje, currículos escolares doutrinam 30 milhões de alunos do
ensino fundamental com ideologias de países que nunca admitiram liberdade em
seu solo. Com textos e gravuras, livros condenam o capitalismo, o livre mercado
e a propriedade privada, exaltando o socialismo como remédio para todos os
males.
Por Projeto de Lei, querem punir pais com pena de
afastamento do lar por uma simples palmada no filho malcriado. A PEC (proposta
de emenda constitucional) 57A/1999 aplica um duro golpe no direito à
propriedade privada ao punir com expropriação de imóvel rural ou urbano aquele
considerado autor de prática de trabalho escravo, aí incluído o análogo à
escravidão.
Como Lênin disse que "compraria da burguesia a corda
para enforcá-la", afirmo que o PT vem comprando no Congresso os votos para
fechá-lo e em grande parte da mídia matérias para silenciá-la.
Chegará o momento em que um novo 31 de março ou uma nova
Operação Condor não serão suficientes para impedir o Brasil e a América Latina
de serem lançados nos braços do comunismo. Que o diga o Foro de São Paulo congregado
pelo PT, pelas Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e pelo que há
de pior na América Latina.
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