sábado, 19 de abril de 2014

Diretor defende discussão sobre lei que limita cães em parques do DF

 18/04/2014 


Entre normas está a obrigatoriedade de focinheira e coleira para os animais.


Administrador do Parque da Cidade diz que comunidade deve debater tema.



Do G1 DF



Frequentadores do Parque da Cidade, em Brasília, fazem alongamento para participar de caminhada em celebração ao Dia Mundial sem Tabaco (Foto: Filipe Matoso/G1) 
Frequentadores do Parque da Cidade, em Brasília


O diretor do Parque da Cidade de Brasília, Paulo Dubois, quer que a lei que limita o acesso de cães a parques públicos administrados pelo GDF seja debatida pela comunidade antes de seguir tramitando. A lei, aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Legislativa, estabelece a obrigatoriedade de focinheira e coleiras e a necessidade de áreas específicas para os cães de qualquer porte ou raça.

Segundo o administrador, é preciso diálogo. “Não sou contra a lei, acredito plenamente na boa intenção do legislador, dos deputados. Só acho que precisa de um equilíbrio, diálogo. Acho que é possível conciliar a segurança do usuário e agradar também a grande maioria que não abomina os animais, que são necessários também pra qualidade de vida”, afirmou.

De acordo com Dubois, não há registros de agressões de cães de estimação a pessoas no parque, mas sim de animais sem dono. “Cães de rua, sim, são preocupantes e atacam. Cerca de uma vez por ano há ocorrências do tipo”, disse.  Mas, segundo ele, ações de Organizações Não Governamentais, como a realização de feiras de adoção, têm ajudado a reduzir esses casos.


saiba mais
“O que eu proponho é que os deputados utilizem o parque para esses debates, para que todos os segmentos sejam ouvidos. Ponderação, educação, conscientização devem ser feitos. O trabalho de ponderação ouve as partes e você cria o fórum ideal para esse debate. O educativo é o trabalho com as crianças, ensinando-as. E a conscientização é a ação imediata após a educação”, afirmou.

O advogado Gerardo Aguiar, de 73 anos, caminha no parque há cinco anos com a cadelinha Ice, da raça shar-pei.  Para ele, a companhia é um estímulo para fazer exercícios físicos. “Ela que me força a caminhar. E faz bem tanto para a saúde dela, como para mim, porque o animal que vive dentro de uma casa ou de um apartamento tem necessidade de fazer exercícios também. Foi um estímulo que ela me proporcionou”, explica.

“Esse projeto não é nem projeto. Vai virar projétil. Não vai ter vida própria não”, comenta Aguiar. Por conta do feriado, o G1 não conseguiu contato com a Câmara Legislativa.


Nenhum comentário: