19/04/2014
às 6:14
Vejam esta foto de Werther Santana, publicada no Estadão deste sábado.
Debaixo de
cada uma dessas barracas, há um petista. Ave! Eles participam neste fim
de semana de um “camping digital” para organizar a guerrilha virtual
contra os reacionários, entendem?
Estão lá para aprender a fazer blogs,
perfis nas redes sociais, militância em suma. Podem se preparar: a
partir de segunda ou terça-feira, certamente aumentará muito o teor de
trolagem na rede.
São especialistas nisso. É alguém expressar uma
opinião com a qual não concordam, tem início o festival de agressões, de
baixarias, de demonização. Também fazem patrulha organizada dos meios
de comunicação.
Essa coisa de “exército” organizado para defender pontos de vista me remete sempre a coisas como estas:
Uma das imagens dispensa comentários elucidativos. A outra retrata meninos da Juventude Fascista fazendo exercícios.
Na
reportagem do Estadão, um dos participantes explica: “Hoje, um idiota de
direita com cinco milhões de seguidores faz um estrago que não
conseguimos conter com nossos militantes”. Por isso o partido decidiu
reunir a sua “juventude”. Ah, entendi. O exército virtual está sendo
montado para enfrentar “os idiotas de direita”.
Leio na
reportagem que este blog — ou, quem sabe, o blogueiro — preocupa alguns
membros da Juventude Petista. Uma das militantes virtuais explicava por
que Dilma usou uma expressão de Valeska Popozuda no Facebook nestes
termos:
“A gente não quer atrair só o pessoal da esquerda; queremos atrair a direita. Queremos atrair a juventude. Quem atrai a juventude? A Valeska Popozuda! Mas sou contra o pancadão político, bater por bater. Bloqueie quem te agredir. É melhor você eliminar uma pessoa agressiva do que alimentar o ódio dela. Se chamar de petralha, nem precisa responder!”.
Pô, eu nem
sabia que essa palavrinha doía tanto. E olhem que já expliquei mais de
uma vez: nem todo petista é petralha, mas todo petralha é petista. Ou
por outra: o petralha é um tipo de petista que justifica o assalto aos
cofres públicos em nome da causa.
Evidentemente,
a palavra teria caído no vazio se isso não acontecesse com escandalosa
frequência no país, certo? Em vez de cair, foi parar no “Grande
Dicionário Sacconi da Língua Portuguesa”.
Pronto!
Hoje é dia de odiar mais um pouquinho Reinaldo Azevedo, debaixo daquelas
barracas. Imagino como deve ser à noite, com todos aqueles petistas
pensando e rimando ao mesmo tempo… Estou a muitos quilômetros de São
Paulo, mas sinto daqui…
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