sábado, 19 de abril de 2014

Pedalar ainda é um esporte perigoso.Por que arriscar?Só porque o Governo quer ?

Acidentes fatais envolvendo ciclistas ocorrem mais durante o dia Detran mostra que, dos 528 acidentes fatais envolvendo bicicletas, de 2003 a 2013, mais da metade ocorreu durante o dia. Número de óbitos diminuiu 60,8% no período, mas quem pedala pelas vias do DF reclama da insegurança

18/04/2014 21:14  CORREIO BRAZILIENSE

Mesmo com a falta de sinalização e iluminação das vias, 49% dos óbitos ocorre à noite (Marcelo Ferreira/CB/D.A Press - 5/4/12)
Mesmo com a falta de sinalização e iluminação das vias, 49% dos óbitos ocorre à noite

Pedalar em Ceilândia, Planaltina, Samambaia, Taguatinga e São Sebastião é mais arriscado. Dos 528 acidentes envolvendo bicicletas na última década, 127, ou 24%, ocorreram nessas cinco regiões administrativas. 


Mas, independentemente do local, o perigo é ainda maior para quem anda de bike à noite e de madrugada.

Levantamento do Departamento de Trânsito (Detran) revela que 51% dos óbitos registrados no período analisado decorreram de acidentes registrados durante o dia. Apesar de as tragédias envolvendo ciclistas terem dado um trégua de 2003 até o ano passado, ativistas cobram medidas que promovam mais segurança e incentivem o uso da bicicleta no dia a dia, como a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

A bandeira do fim do IPI para bikes é levantada por Ronaldo Alves, representante do Instituto Pedala Brasília — Mobilidade Sustentável. Ele acredita que o número de ciclistas na cidade tem aumentado e que o governo deve apoiar o movimento. “É importante que as pessoas não vejam a bicicleta apenas como lazer, mas, sim, como opção viável de transporte, por isso tentamos levar esse projeto para frente”, explica.

As estatísticas das fatalidades envolvendo os ciclistas trazem uma boa notícia. Na última década, houve redução de 60,8% nos acidentes com mortes. No ano passado, 27 perderam a vida enquanto pedalavam e, em 2003, este número ficou em 69 (veja quadro). A redução entre 2013 e 2012 é de 15,6%. Em 10 anos, foram 534 mortos. 


De acordo com o diretor-geral do Detran, Rômulo Augusto de Castro Felix, a diminuição se deve ao atual mapa cicloviário do DF. “Quando criamos vias específicas para o ciclista, ele vai sair da via de trânsito, não porque está proibido de trafegar ali, mas porque se sente muito mais seguro na ciclovia”, acrescenta.

Já para Ronaldo, a diminuição no número de acidentes é um reflexo de um trabalho que vem sendo realizado por grupos da sociedade civil. “Perdi muitos amigos atropelados, mas estamos vendo alguns resultados de 10 anos para cá”, diz. 


No Distrito Federal, de acordo com dados da Companhia de Desenvolvimento do Planalto Central (Codeplan), 227 domicílios têm bicicletas.

Comentários 

O Governo quer que os moradores de Brasília se acostumem a ir trabalhar de bicicleta.Mais uma brincadeira de mau gosto governamental!Numa cidade onde seis meses são de chuvas torrenciais e seis meses de calor sufocante que piora a poluição, ir trabalhar de bicicleta como? As mulheres de salto alto, maquiadas, cabelo feito, os homens de terno, colarinho branco, meias limpas e sapatos lustrosos?De bicicleta? Sob a chuva e o calor tórrido? Com laptops e pastas de documentos debaixo do braço?

Ciclovias em Brasília só para lazer e olhe lá.Quando não estiver chovendo ou a seca ainda não tiver começado.

Vera Regina Moraes RS

Nenhum comentário: