Bar da Asa Norte se tornou palco de mais uma demonstração de intolerância. Uma das vítimas reclama de agressões desmedidas
Nos últimos 13 dias, casos de racismo, homofobia e espancamentos marcaram o Distrito Federal. Na madrugada de ontem, quatro mulheres se tornaram vítimas dos três crimes no mesmo episódio. Elas receberam socos e chutes de pelo menos três homens. O rosto de uma das jovens, com vários hematomas, demonstra a violência empregada pelos agressores. A confusão aconteceu no Bar Balaio Café, na 201 Norte. Embora identificados, nenhum dos suspeitos ficou preso. Foram indiciados por lesão corporal, ameaça e injúria.
Na hora em que a discussão começou, por volta da 1h, poucas pessoas estavam no estabelecimento, que tem sete anos e é bastante frequentado pelo público GLS. Dois casais de lésbicas sentavam próximo à porta. A poucos metros, havia uma mesa com seis pessoas, sendo três homens e três mulheres. Não se sabe ao certo por que a confusão entre os grupos começou, mas, durante a briga, uma das meninas foi xingada de “lepra da sociedade, puta, neguinha e sapatona”.
[percebe-se que não ocorreu caso de homofobia; o que sempre acontece nesses casos é que pessoas portadoras de homossexualismo insistem em demonstrar sua condição em locais públicos e obrigar às pessoas que não concordam com práticas indecorosas em locais públicos a ver tais atos.
Ocorre reação, na maior parte das vezes quem está incomodado pede aos adeptos do homossexualismo para aliviar o comportamento inadequado e são xingados, obrigando a uma reação.
Se os portadores de homossexualismo usassem do bom sendo e praticassem seus atos entre quatro paredes essas confusões não aconteceriam.
Acontece que os LGBT fazem questão de se exibirem em público e querem a qualquer custo impor suas preferências aos que não curtem.]
As agressões verbais evoluíram para agressões físicas. Daniela*, 18 anos, levou murros no rosto, chutes na cabeça e desmaiou. A namorada dela, Maria*, 21, tentou defendê-la e também acabou atacada. “As imagens não saem da minha cabeça. Já estou acostumada a agressões psicológicas pelo fato de ser lésbica, mas nunca imaginei passar por tanto terror”, contou Maria. “Foi uma violência gratuita”, reforçou Daniela.
“Em luto pela impunidade”
“Sinto-me violentada no meu espaço de trabalho. Não tinha nem vontade de abrir a loja depois de tudo o que aconteceu. O meu desejo era de manter o estabelecimento fechado em luto pela impunidade. Não é possível que essa violência seja considerada algo normal, que essas pessoas saiam impunes e que os agressores responsáveis por espancarem a jovem, detidos e encaminhados pelas mãos do poder público sintam-se confortáveis para rir na nossa cara. Porque foi isso o que aconteceu. Mesmo com a polícia presente, continuavam a proferir termos agressivos com relação à sexualidade e à raça das vítimas.
[ raça só existe uma, que é a HUMANA; diferenças de etnia não agridem as pessoas e não são motivos para observações de qualquer natureza. Já o aqui chamado 'sexualidade' é totalmente inadequado quando pratico em local público e mais ainda entre pessoas do mesmo sexo e deve ser repudiado e mesmo coibido.]
Mesmo após entrar na viatura, continuaram a proferir que elas eram uma doença e que eles tinham de matar todo mundo. Fomos à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) e continuaram provocando as vítimas, falando que bateria na cara da ‘neguinha’. A pessoa não pode ser violentada por ser mulher, homossexual e negra. Gostaria de lembrar que o Balaio Café é um território de liberdade de expressão e diversidade sexual
[o aqui chamado de "território de liberdade ... e diversidade sexual" é uma afirmação absurda e desprovida de qualquer amparo legal.
É um ambiente que funciona em território brasileiro, portanto, sujeito as leis brasileiras e essas repelem práticas obscenas em locais públicos.
Se o café funcionasse em território de uma embaixada, a legislação seria a vigente no país representado - mas o tal café funciona em local público e tem que obedecer as leis do Brasil.]
E, pelo resultado que vi na delegacia, sei que não vai dar em nada. Vão registrar apenas como uma lesão corporal. Enquanto não tivermos uma legislação ou um decreto que combata a homofobia, a impunidade, infelizmente, persistirá.”
Juliana Andrade Lima,
33 anos, dona do Balaio Café
“Até agora fragilizada”
“Estava com a minha namorada e um casal de amigas lésbicas nas proximidades do Balaio. Ao fim da confraternização, a minha namorada, por ter um estilo mais ‘homenzinho’, passou perto de uma das pessoas do grupo (de agressores). Ao fazer isso, imagino que um deles achou que ela tenha paquerado a mulher.
Foi tudo muito rápido, eu só realmente notei o que estava acontecendo quando eu vi que ele avançou em direção a ela dando um murro e depois outro. O que mais me impressionou foi ver ele dando outro soco nela, o que a fez desmaiar.
Tentei tirá-lo de perto dela, mas ele me empurrou, e eu caí para trás. Acho qualquer tipo de agressão algo totalmente errado, quanto mais um homem bater em uma mulher. Os amigos dele começaram a falar um monte de coisa.
Estou até agora fragilizada com a situação, porque namoro há um ano e nunca passei por situação semelhante. Sempre andamos de mãos dadas e nunca aconteceu nada, exceto um episódio de agressão verbal em outro bar.
[para que andar de mãos dadas? para que agredir as pessoas tendo uma conduta inadequada? façam o que quiserem, pegue sua "namorada", que você mesma chama de "homenzinho" e ... com ela ou ele... mas entre quatro paredes e sem constranger as pessoas.] Mas nunca pensei que fosse chegar ao ponto de agressão física.”
Maria*,
21 anos, "vítima"
“Caí no chão desacordada”
“Eu estava com as minhas amigas, numa boa, [o que ela classifica "numa boa" era, no mínimo, agarração, bolinação entre duas mulheres, em local público. Essa conduta se for realizada por um casal hetero será denunciada e o casal corre risco até de ser alvo de processo.] quando um cara começou a nos xingar. Foi uma violência gratuita, sem explicação.
Levei vários socos no rosto, até que caí no chão desacordada. Mesmo caída, ele continuou a me chutar. Enquanto ele me batia, outros dois seguravam as pessoas que se aproximavam para tentar apartar a briga e me tirar dali. Nunca os vi na minha vida, também nunca os vi lá no Balaio. Fui levada para uma parte reservada do café para ser socorrida e acordei um tempo depois.
Quando fomos para a delegacia, os rapazes continuavam a nos provocar, debochando da gente, soltando provocações. Eles falavam que não seriam presos porque são ricos. Eles repetiam que os advogados livrariam a cara deles. Fiquei muito revoltada, foi tudo muito desproporcional.
Fui para o hospital, passei por exames e fui medicada. Estou esperando resultado da tomografia para saber se tenho algo grave na cabeça.”
Daniela*,
18 anos, "vítima"
O episódio abaixo mostra o atrevimento, o absurdo que devido a falta de princípios impera em nosso Brasil:
Jovem é preso após dar "voadora" em PM que reclamou de som alto
Segundo a Polícia Civil, o agressor quebrou uma das pernas de um militar e machucou o punho de outro PM.
Um jovem de 22 anos foi preso na madrugada desta segunda-feira (28/4) após agredir dois policiais militares em Planaltina - um deles teve que passar por cirurgia após quebrar uma das pernas. De acordo com a Polícia Civil, o agressor foi abordado pela Polícia Militar por volta das 2h50. Ele estava com um grupo que ouvia música, a partir do som de um carro, em alto volume, no meio da praça São Sebastião.
Ao ser abordado pela PM, o jovem começou a gritar e teve de ser contido pelos amigos. Segundo a Polícia Civil, no momento em que os militares checavam os documentos os outros envolvidos, o jovem "pulou e deu uma voadora" em um dos militares, que quebrou uma das pernas, e agrediu outro policial, que ficou ferido no punho.
Ainda de acordo com a Polícia Civil, o agressor deu chutes e socos em outros policiais. Ele foi levado para a 16ª Delegacia de Polícia (Planaltina), onde também agrediu um policial civil.
[Causa de uma situação dessa: além da falta de limites que impera em nosso País, o maldito "politicamente correto" inibe a ação da Polícia.
Quando um policial vai abordar um marginal do tipo acima, tem que ir 'pisando em ovos', já que se aborrecer o elemento é denunciado e a turma dos 'direitos dos manos' fica logo contra o policial.
O mais grave é que as autoridades que comandam a polícia, em sua maioria, também para mostrar serviço e até por temor as ONGs de m ... que defendem os 'direitos dos manos', em sua maioria optam por não defender o policial - a palavra do bandido sempre tem mais valor.
Nos bons tempos, quando a PM ou a Civil fosse abordar uns malas desse tipo - fazendo barulho as duas horas da manhã, certamente não são pessoas de bem - já chegava enquadrando os desordeiros, colocava todo mundo apoiado em um muro, e não havendo um obrigava a deitarem no chão ou se ajoelharem e dava um 'bacu'.
Mas, hoje em dia, infelizmente...]
Fonte: Correio Braziliense
Nenhum comentário:
Postar um comentário