| 23 Abril 2014
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Movimento Revolucionário
Não
espere por um telefonema do presidente Obama desculpando-se pelo ódio
que Brendan Eich experimentou. Não faça planos sobre uma investigação do
Departamento de Justiça para ver se os direitos civis dele foram
violados.
Em 2012, diversos nomes que contribuíram financeiramente com a campanha “Prop 8” – a proposta de lei que tornava ilegal o recém-legalizado casamento gay na Califórnia – foram publicizados.
Diversas pessoas foram convocadas por grupos LGBT furiosos para justificar o seu apoio. Sem nenhuma surpresa (ao menos para mim), muitas das pessoas que contribuíram também eram Democratas que votaram no Barack Obama. Estou certa de que ninguém mais se lembra do fato que o 'turista-em-chefe' apoiou com firmeza a DoMA (Lei de Defesa do Matrimônio – Defense Of Marriage Act) ao longo da sua primeira campanha eleitoral com o objetivo de conquistar o voto dos Democratas contrários ao casamento gay.
Um dos nomes que estava naquela lista há dois anos era o de Brendan Eich.
Naquela época, ele era o Diretor Técnico da Mozilla, a companhia que desenvolveu o navegador Firefox, popular e gratuito.
Mês passado ele foi contratado como Diretor Executivo da Mozilla. Quase que imediatamente após galgar a posição mais elevada na companhia que ele ajudou a fundar, ativistas gays amargos trouxeram à tona o fato que ele tinha doado US$ 1,000 para a campanha “Prop 8”. O Okcupid [site de relacionamentos] tomou parte nesse movimento solicitando aos seus usuários para que ingressassem na página utilizando qualquer outro navegador que não o Firefox. A mensagem que foi enviada: Eich é um anti-gay que prega o ódio, nós precisamos arruiná-lo!
Há apenas alguns dias, Eich foi pressionado para abdicar como Diretor Executivo [CEO] da Mozilla. Ele pediu desculpas por ter incomodado outras pessoas, no entanto esse pedido de desculpas não teve nenhuma importância.
Antes de prosseguir, saiba que eu estou totalmente consciente de que essa polêmica não é uma questão relativa aos direitos ligados à Primeira Emenda. Nada do que aconteceu é uma violação dos direitos de Eich. Todos os envolvidos estavam exercitando o seu direito de livre discurso. Não é isso o que está errado.
O que há de errado nesse episódio é que ele está delineando um precedente novo e perigoso. É a nova face de uma mentalidade de massa que começou a sobrepor-se na política Americana. As listas de doações políticas e de portadores de licença para porte de arma de fogo estão sendo publicadas pela imprensa pelos assim chamados 'jornalistas' que sentem que tem uma obrigação em colocar holofotes sobre algo que é percebido como um erro na sociedade.
A consequência disso são coisas como essa – pessoas sendo isoladas, suas vidas sendo destruídas porque um pequeno grupo de indivíduos decidiu que essas pessoas faziam algo percebido como um erro.
Não é nenhum segredo que eu não tenho muitos amores pela representante do Arizona, a Kyrsten Sinema. Embora eu já tenha tido algumas concordâncias com ela, graças aos seus seguidores nem isso me é possível dizer mais. Há alguns anos, eu me envolvi em um “debate” (e uso essa expressão sem o peso característico dela) a respeito dos direitos relacionados à Segunda Emenda e sobre se os seres humanos teriam o direito natural a defender-se.
Como sempre acontece com esquerdistas radicais empedernidos, foi algo acalorado e com uma porção de palavrões e praticamente nenhuma resposta factual, ao passo em que eu tentei manter-me racional e razoável. Um dos participantes começou a coletar minhas informações pessoais do meu perfil no Facebook e publicá-las no meio da discussão, fazendo gozações a meu respeito. Até que descobriram que eu sou uma paramédica que atua através do 911 na área deles.
Foi a gota final. Diversas pessoas surtaram absolutamente. Como eu podia crer no direito de portar uma arma quando eu sou responsável por tratar pessoas que levaram tiros? Como eu posso acreditar que nós devemos nos defender quando eu vejo as consequências dessa crença nas ruas? A seguir uma amostra dos comentários que foram feitos:
“A sua licença para prática como paramédica deveria ser revogada! Você é violenta e furiosa e eu odeio você e tudo aquilo que você apoia!”
“Eu estou escrevendo uma carta para o departamento de saúde a seu respeito, Mel Maguire! Você é uma desgraça para a sua profissão e você jamais deveria ter a permissão para ajudar pessoas, nunca novamente!”
“Se você vier na minha casa, eu não vou deixar você entrar! Jamais responda à minha ligação ao 911!”
Estes são alguns dos comentários mais leves que foram feitos. A Krysten nunca apagou o comentário de ninguém, jamais me defendeu enquanto uma servidora pública, e em nenhum momento se preocupou em dizer para o pessoal maneirar. O silêncio dela disse muito sobre qual era a sua posição. Eu não tive o sentimento de dizer para qualquer uma daquelas pessoas que a imensa maioria da polícia, bombeiros, e dos paramédicos estão à direita do espectro político.
Seus comentários reativos, todavia, honestamente me assustam. E eles ainda me assustam – e agora ainda mais graças ao que foi feito ao Brendan Eich. Ninguém merece perder o seu ganha-pão simplesmente porque alguns poucos discordam com suas ideias políticas.
Se um pequeno grupo barulhento de pessoas enfurecidas conseguem terminar com a carreira de um homem dentro da companhia que ele fundou baseado na tecnologia que ele escreveu (JavaScript), isso não é um bom augúrio para o restante da sociedade. Aquela ira vai voltar-se contra outros. E ela é amplificada muitas vezes quando aqueles que estão no poder nada fazem para acalmar esses sentimentos.
Não espere por um telefonema do presidente Obama desculpando-se pelo ódio que Brendan Eich experimentou. Não faça planos sobre uma investigação do Departamento de Justiça para ver se os direitos civis dele foram violados. A imprensa disse pouco sobre o fato que a imagem profissional de Brendan Eich foi maculada irreparavelmente pelo episódio.
A doação que ele fez e as suas crenças pessoais sobre casamento não são anti-gay [no Brasil: “homofóbicas”]. Ele simplesmente não acredita em casamento gay. Isso não é igual a ódio, e estou cansada de ouvir pessoas tornarem isso paralelos. Não nos é possível fazer a imprensa ligar para o Al Sharpton devido ao seu racismo descarado e descontrolado, porém você pode estar certo que eles irão atacar qualquer um que não apoie 100% tudo o que diga respeito a gays.
As crenças pessoais de Brendan Eich nunca ingressaram no seu ambiente de trabalho. Ele jamais se recusou a contratar pessoas gays. Na verdade, até onde sei, a Mozilla tem políticas gay-friendly dentro do ambiente de trabalho. Se ele nunca levou suas ideias pessoais para o escritório, então ninguém mais deveria ter feito isso. A maneira como ele foi forçado a desligar-se da sua própria companhia faz parecer que descobriram um vídeo dele afogando filhotinhos de algum animal ou fazendo algo parecido. Ele não era um membro da KKK. Ele tão somente não acredita em casamento gay. Não consigo compreender como uma coisa dessas pode tornar-se terra fértil para uma campanha de difamação com o objetivo de destruí-lo tanto pessoalmente quanto profissionalmente.
Tão somente porque a Primeira Emenda permite que você faça tal coisa isso não significa que essa coisa é o justo. O fato que você não concorda com ele não o torna um intolerante e você um santo. Cada uma das pessoas que permitiu isso ou que deu o seu apoio para que tal coisa fosse feita deveria estar profundamente envergonhada. Vocês são a prova viva de que aqueles que berram para que os outros sejam mais tolerantes são os mais intolerantes entre nós.
Comentário do tradutor:
As reações descritas é um comportamento tradicional entre esquerdista como recentemente relatou o Peter Schiff no artigo com teor idêntico publicado no Mídia Sem Máscara: A Abjeta Perseguição Esquerdista. E também como o prof. Olavo de Carvalho relatou neste áudio (trecho a partir dos 6 minutos).
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