Alckmin e Kassab: conversas de bastidores que têm alcance nacional |
Numa
tentativa de frear as negociações entre Gilberto Kassab (PSD) e o PMDB
em São Paulo, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) voltou a investir na
reedição de uma aliança com o ex-prefeito.
Kassab
também é précandidato ao governo paulista, mas tem mantido conversas
com o PMDB desde o início deste ano. Ele tem debatido com a cúpula da
sigla qual o espaço que o PSD ocuparia na chapa de Paulo Skaf (o nome
dos peemedebistas para a disputa) em eventual acordo.
As conversas de Kassab com o PMDB estavam tão adiantadas que aliados de Skaf apostavam no anúncio de um acordo já em maio.
O contraataque dos tucanos, no entanto, fez com que Kassab sinalizasse que precisará de mais tempo.
O assédio ao ex-prefeito se deve essencialmente ao tempo de TV a que o PSD tem direito: cerca de 1min30s.
Na última semana, emissários de Alckmin estiveram com Kassab em seu apartamento.
Pela
primeira vez, o próprio governador também fez um gesto: entrou em
contato com Jorge Bornhausen, um dos principais conselheiros de Kassab.
O PSDB chegou a encomendar pesquisa interna em que testa o nome de Kassab como candidato ao Senado na chapa tucana.
Ontem,
houve mais um aceno. O ex-prefeito, muito ligado à Associação
Comercial, ofereceu um jantar ao senador Aécio Neves, pré-candidato do
PSDB à Presidência. Aécio falará hoje aos empresários da entidade.
Alckmin foi à casa de Kassab.
Outro
tucano que prestigiou o evento foi o exgovernador José Serra, que
disputou com Aécio por anos o protagonismo no PSDB e vinha se mantendo
afastado da pré-campanha do senador ao Planalto. Serra é o principal
elo entre Kassab e o PSDB.
Nesta
semana, o ex-prefeito tem novo encontro com Skaf. O PMDB acena com a
chance de Kassab indicar o vice e o candidato da chapa ao Senado. Nesse
cenário, o nome mais provável para a composição é o da
ex-vice-prefeita Alda Marco Antônio.
No lado
tucano, a vaga de vice já foi alvo de conversas, mas não evoluiu. O
ex-prefeito já disse a pessoas próximas que a aliança com o PSDB só
seria vantajosa se fosse ele o vice de Alckmin.
Nos
cálculos de Kassab, como Alckmin não poderá ser candidato novamente à
reeleição em 2018, ele, como vice, seria o sucessor natural.
Apesar da intensa movimentação no bastidor, o exprefeito tem reafirmado publicamente
sua candidatura. Quando decidiu lançar seu nome, Kassab disse a aliados
que precisava fazer campanha para melhorar a imagem de sua gestão na
capital. Da Folha de S. Paulo desta segunda-feira
Nenhum comentário:
Postar um comentário