segunda-feira, 28 de abril de 2014

NOS BASTIDORES PSDB, PSD E PMDB ESTÃO CONVERSANDO. ALCKMIN VOLTA A SE APROXIMAR DE KASSAB E TAMBÉM CONVERSA COM JORGE BORNHAUSEN.



Alckmin e Kassab: conversas de bastidores que têm alcance nacional
Numa tentativa de frear as negociações entre Gilberto Kassab (PSD) e o PMDB em São Paulo, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) voltou a investir na reedição de uma aliança com o ex-prefeito.


Kassab também é pré­candidato ao governo paulista, mas tem mantido conversas com o PMDB desde o início deste ano. Ele tem debatido com a cúpula da sigla qual o espaço que o PSD ocuparia na chapa de Paulo Skaf (o nome dos peemedebistas para a disputa) em eventual acordo.


As conversas de Kassab com o PMDB estavam tão adiantadas que aliados de Skaf apostavam no anúncio de um acordo já em maio.

O contra­ataque dos tucanos, no entanto, fez com que Kassab sinalizasse que precisará de mais tempo.


O assédio ao ex-­prefeito se deve essencialmente ao tempo de TV a que o PSD tem direito: cerca de 1min30s.

Na última semana, emissários de Alckmin estiveram com Kassab em seu apartamento.


Pela primeira vez, o próprio governador também fez um gesto: entrou em contato com Jorge Bornhausen, um dos principais conselheiros de Kassab.

O PSDB chegou a encomendar pesquisa interna em que testa o nome de Kassab como candidato ao Senado na chapa tucana.


Ontem, houve mais um aceno. O ex-­prefeito, muito ligado à Associação Comercial, ofereceu um jantar ao senador Aécio Neves, pré-­candidato do PSDB à Presidência. Aécio falará hoje aos empresários da entidade. Alckmin foi à casa de Kassab.


Outro tucano que prestigiou o evento foi o ex­governador José Serra, que disputou com Aécio por anos o protagonismo no PSDB e vinha se mantendo afastado da pré­-campanha do senador ao Planalto. Serra é o principal elo entre Kassab e o PSDB.


Nesta semana, o ex­-prefeito tem novo encontro com Skaf. O PMDB acena com a chance de Kassab indicar o vice e o candidato da chapa ao Senado. Nesse cenário, o nome mais provável para a composição é o da ex-­vice-­prefeita Alda Marco Antônio.


No lado tucano, a vaga de vice já foi alvo de conversas, mas não evoluiu. O ex­-prefeito já disse a pessoas próximas que a aliança com o PSDB só seria vantajosa se fosse ele o vice de Alckmin.


Nos cálculos de Kassab, como Alckmin não poderá ser candidato novamente à reeleição em 2018, ele, como vice, seria o sucessor natural.

Apesar da intensa movimentação no bastidor, o ex­prefeito tem reafirmado publicamente sua candidatura. Quando decidiu lançar seu nome, Kassab disse a aliados que precisava fazer campanha para melhorar a imagem de sua gestão na capital. Da Folha de S. Paulo desta segunda-feira

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