segunda-feira, 28 de abril de 2014

Lula: Mitomaníaco, Mentiroso Compulsivo ou Sem Vergonha mesmo?


1) O que é mitomania?
Mitomania é uma doença gerada por conceitos distorcidos, ou delirantes, dos modelos básicos de uma pessoa, o que leva a uma tendência mórbida para a mentira.

2) Qual a diferença entre mitomaníaco e mentiroso compulsivo?
O mitomaníaco mente apenas sobre assuntos específicos, como o perfil dos pais, por exemplo, ou fatos específicos do passado. Já o mentiroso compulsivo não tem motivo, nem tampouco controle, para a mentira. Mente por mentir.

3) Quais os sintomas do problema?
Principalmente a insegurança, por ter a própria identidade e a vida sustentadas por uma realidade forjada, artificial. Entre outros sintomas, a dificuldade para tomar decisões e acreditar nelas, falta de autoconfiança, credibilidade e a tendência a confusão mental.

4) Quando ela começa a se manifestar na vida da pessoa?
Entre dez e treze anos de idade, o indivíduo desenvolve a saúde mental, ou seja, um equilíbrio entre o mundo interno e o externo. Assim, aprende a ter suas próprias opiniões e se relacionar formalmente. Qualquer trauma ou complicação nesta época pode desencadear conceitos errados sobre si mesmo ou a própria vida.

5) Quais as causas da doença?
Podem existir várias causas. Informações contraditórias fornecidas pelos adultos, a falta de limites sobre certo e errado, inconseqüência, muitas vezes o excesso de imaginação ou até o encorajamento para acreditar nas próprias fantasias.

6) Como deve ser o tratamento da mitomania?
Esclarecer, sem cobrança ou pressão, a razão pela qual o indivíduo está mentindo. Livrá-lo de culpas e entender até que ponto vale à pena continuar mentindo. Depois, procurar “sublimar”a doença, ou seja, transformar a vontade de mentir em uma atividade produtiva, como o uso da inventividade no trabalho, por exemplo. Pois esta pessoa, no mínimo, é criativa.

7) No caso dos mentirosos compulsivos, o tratamento é o mesmo?
A princípio sim. O problema é que o mentiroso compulsivo, em muitos casos, pode ter um comprometimento de formação, como a perversão, por exemplo, o que complicaria bastante o quadro. Daí, a mentira seria apenas um sintoma.

8) Como lidar com um mitomaníaco? (dicas para não piorar a situação)
Procure entender que quando ele delira, ou seja, descreve algo distorcido, está apontando para uma ferida dolorida, que ele não quer que ninguém veja, encoste ou atinja.

9) Quando uma mentirinha passa a ser uma mitomania? Há como evitar o problema?
Hoje em dia, como o Marketing está na moda, é muito fácil encontrar pessoas mentindo sobre si mesmas ao preencherem um currículo, ao venderem coisas, ou até na hora de paquerar. Estas são consideradas atitudes mitomaníacas, mas o conceito de doença surge quando o comportamento gera problemas. Lembrando que “patos”em grego significa sofrimento, por isso a “patologia”.

10) Existem graus da doença? Quais sintomas classificam cada um?
O grau de uma doença é sempre proporcional ao tamanho do sofrimento da pessoa.
Alguém que prefere conviver com um passado que nunca existiu para fugir dos problemas, ou mascarar as feridas para não tratá-las, pode criar diversos sintomas. Muito difícil classificar, pois tudo vai depender do autocontrole de cada um.

11) Depois de tratada, a pessoa está sujeita a recaídas?
Sempre, pois o ser humano é uma somatória de todas as idades que já teve.
Ao tratarmos de uma pessoa adulta, podemos ter resultados muito rápidos e eficientes, mas, muitas vezes, a criança que está dentro dela não ficou convencida da mudança.

12) Outras considerações.
Muitas pessoas respeitam as filosofias orientais, principalmente a hindu. 
Na Índia, os devotos de Vrsnu têm a verdade como sendo Deus em si. Para eles, mentir é como afastar-se da lucidez
 

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