Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Marco Antonio Felício da Silva
O Clube Militar é uma associação civil, não
subordinada a quem quer que seja, a não ser a sua Diretoria, eleita por seu
quadro social, tendo mais de cento e vinte anos de gloriosa existência. São
anos de luta, determinação, conquistas, vitórias e de participação política
efetiva em casos relevantes e de inflexão da História Pátria.
Há vários anos que esta face do Clube está
oculta.
Hoje, o País vive situação de descalabro
político e moral. O governo está entregue a uma quadrilha que exaure a Nação.
É, pois, momento de nos inspirarmos nas tradições da “Casa da República” e
imprimir um novo modelo ao Clube que, sem deixar de ser um lugar de
lazer, volte a ser ator político de cunho nacional, ativo fórum de debates,
influenciando politicamente e contribuindo para a defesa dos interesses das
FFAA e do País.
O Clube Militar não pode se vergar diante
de pressões de qualquer natureza, como também não pode se intimidar por assumir
papel de ator político, dando vez e voz aos militares. Deve se opor à
propagação de uma nova e mentirosa estória que desonra as Forças Armadas e
transforma heróis em bandidos e bandidos em heróis, apoiando, de todas as
formas, os militares que combateram a subversão comunista. Deve propugnar
comportamento ético para os homens públicos e defender a dignidade dos
militares, hoje, também, ferida e constrangida com salários aviltados e cortes
orçamentários.
Não podemos nos esquecer de que Política
Externa, em qualquer país que aspira agir como potência, defendendo interesses
variados, sem deles abrir mão, se faz com Diplomacia e Forças Armadas.
Isso não ocorre no Brasil, pois, temos
governo incapaz, sem planejamento, inclusive de Nação, e falta de visão
estratégica, reflexo de anos de inconsequente ação política sob a liderança de
homens medíocres e irresponsáveis como os de hoje.
Portanto, a defesa dos interesses maiores
do País leva a que defendamos a existência do Estado de Direito, hoje uma
balela, e de Forças Armadas, modernamente equipadas, com real capacidade
operacional e poder de dissuasão, com seus integrantes remunerados de acordo
com a excelsa missão que cumprem.
O Clube Militar, pelas suas tradições e
atuação, pela abrangência nacional e pelos quadros que possui, sem perder a sua
característica de clube de lazer, aliado a outras organizações civis que
congregam militares, tem as melhores condições de traduzir, publicamente,
o resultante de nossa união, das ideias e ações originárias de estudos de
temas inerentes aos interesses nacionais e de debates respectivos,
possibilitando, entre outras coisas, o conhecimento externo do pensamento
militar, a erradicação de estereótipos e o surgir de representação de militares
da Reserva e de reformados no Congresso Nacional, onde se decidem os destinos
da Nação.
Tudo isso deve ser feito de forma integrada
e coordenada, sem que o Clube se imiscua em política partidária. Isso, também,
não significa transformar o Clube em sindicato, o que não é, e jamais o será,
pois, incompatível com o procedimento do estamento militar, por formação e por
crença em valores perenes.
O meu compromisso é de priorizar a coesão
da categoria militar e de forjar um novo modelo para a “Casa da República” que,
ao lado do lazer, de acordo com as suas tradições, dará vez e voz, de natureza
Política, aos militares.
“A Instituição será maculada, violentada e
conspurcada diante da leniência de todos aqueles que não pensam, não
questionam, não se importam e não se manifestam”
ELES QUE VENHAM. POR AQUI, NÃO PASSARÃO!
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