01/05/2014
às 21:59
Em entrevista ao programa “Os Pingos nos Is“,
que ancoro na Jovem Pan (todos os dias, entre 18h e 19h), o
presidenciável Aécio Neves, do PSDB, afirmou: “Estou apresentando na
segunda-feira uma emenda a essa Medida Provisória — a da presidente
Dilma, que corrige a tabela do IR em 4,5% — garantindo pelos próximos
cinco anos um reajuste na tabela do Imposto de Renda pelo índice
inflacionário global, e não por uma parcela do índice inflacionário,
corrigindo as perdas reais dos trabalhadores brasileiros e tirando esse
tema da agenda política oportunista, como buscou fazer ontem (quarta) a
presidente da República”. Ou seja, a tabela do IR seria reajustada
segundo o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).
Na
entrevista concedida ao programa, Aécio criticou a forma como Dilma
tratou a questão: “Quando ela fala da correção da tabela do Imposto de
Renda no seu pronunciamento, ela omite os percentuais desse reajuste”. E
acrescentou: “Na verdade, ela propõe um reajuste de 4,5% para uma
inflação de 6%”. Aécio parece desconfiar também dos reais motivos do
anúncio da presidente: “O que eu vejo é que basta a oposição crescer um
pouco nas pesquisas que começa a haver algumas bondades para os
trabalhadores, e são bem-vindas, mas deveriam ser feitas com maior
responsabilidade e falando a verdade”.
Aécio
anunciou também que a oposição não vai se limitar a recorrer à Justiça
Eleitoral contra o discurso de Dilma. Também devem recorrer ao
Ministério Público com uma ação de improbidade administrativa. “Vamos
recorrer na segunda-feira ao Ministério Público por improbidade, porque
isso foi pago pelo nosso dinheiro e é inaceitável”, afirma o
presidenciável tucano. “Nós assistimos à mais patética demonstração de
descompromisso com a legalidade já praticada por um presidente da
República nos últimos tempos”, afirmou ele.
O senador
se refere à lei 8.429, que, no Inciso II do Artigo 10 diz ser
improbidade administrativa “permitir ou concorrer para que pessoa física
ou jurídica privada utilize bens, rendas, verbas ou valores integrantes
do acervo patrimonial” do estado sem a observância das formalidades
legais. Foi exatamente o que Dilma fez ao recorrer à rede nacional de
rádio e televisão para fazer campanha eleitoral.
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