02/05/2014 08:52
Para especialistas, Dilma está mais preocupada com as pesquisas eleitorais do que com a saúde financeira do país |
A decisão política da presidente Dilma Rousseff — em queda nas pesquisas eleitorais — de reajustar o Bolsa Família em 10% e corrigir a tabela do Imposto de Renda (IR) em 4,5%, custará R$ 8,9 bilhões aos cofres públicos em 2014 e 2015. O Ministério da Fazenda estimou que apenas o impacto da atualização do IR será de R$ 5,3 bilhões no ano que vem. Pelas contas do economista-chefe do Itaú Unibanco, Ilan Goldfajn, no caso do Bolsa Família, o gasto adicional em 2014 será de R$ 1,3 bilhão. Em 2015, já com o futuro presidente empossado, a fatura subirá para R$ 2,3 bilhões.
Parte dessa fatura, conforme Goldfajn, será paga
pelo recente aumento dos impostos sobre bebidas (cervejas, refrigerantes
e sucos), que deve elevar as receitas em R$ 3,6 bilhões. Muitos
especialistas acreditavam que a elevação da alíquota seria usado para
pagar a conta da energia elétrica, mas o pronunciamento da presidente,
na véspera do Dia do Trabalho, deixou claro que ela está mais preocupada
em brecar a queda nas pesquisas eleitorais.
“Uma política orçamentária expansionista continua em vigor”, acrescentou Goldfajn. Justamente no pior momento fiscal, quando o superavit primário (economia para pagar juros da dívida) fechou os primeiros três meses do ano em R$ 13,048 bilhões, equivalente a 1,08% do Produto Interno Bruto (PIB). O pior resultado para um primeiro trimestre desde 2010. “Nós continuamos a ver ventos contrários para o governo atingir a meta deste ano (1,9% do PIB). Prevemos um superavit primário de 1,3% do PIB”, ressaltou.
“Uma política orçamentária expansionista continua em vigor”, acrescentou Goldfajn. Justamente no pior momento fiscal, quando o superavit primário (economia para pagar juros da dívida) fechou os primeiros três meses do ano em R$ 13,048 bilhões, equivalente a 1,08% do Produto Interno Bruto (PIB). O pior resultado para um primeiro trimestre desde 2010. “Nós continuamos a ver ventos contrários para o governo atingir a meta deste ano (1,9% do PIB). Prevemos um superavit primário de 1,3% do PIB”, ressaltou.
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