Depois
de mais de 160 dias em prisão domiciliar temporária e passagens pelo
hospital, o ex-presidente do PT José Genoino (PT-SP) se apresentou nesta
quinta-feira no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, para
voltar a cumprir sua pena pela condenação no julgamento do mensalão. O petista foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a quatro anos e oito meses de detenção por corrupção ativa.
Genoino
retornou à Papuda às 15 horas desta quinta, acompanhado do advogado
Cláudio Alencar, e foi encaminhado para o Centro de Internamento e
Reeducação (CIR), onde também cumpre pena o ex-ministro José Dirceu. A
partir de 25 de agosto, Genoino terá direito à progressão de pena,
podendo ser beneficiado com o regime aberto.
Presidente
do PT quando o esquema do mensalão operava a todo vapor, Genoino teve a
prisão decretada no dia 15 de novembro, mas passou mal na Papuda e
recebeu autorização judicial para cumprir a pena temporariamente em
casa. Inicialmente, ficou na casa de um amigo no Guará, região
administrativa do Distrito Federal. Depois, alugou uma casa em um bairro
de classe média de Brasília, onde estava até esta quinta-feira.
Na reta
final do julgamento, a defesa do ex-presidente do PT apresentou uma
série de pedidos para que o mensaleiro conseguisse autorização
definitiva para ficar em prisão domiciliar. Genoino foi submetido a uma
cirurgia cardíaca no ano passado e alega que necessita de condições
especiais. Ele chegou a apresentar também um pedido de aposentadoria por invalidez
na Câmara dos Deputados. Porém, apesar das sucessivas tentativas,
juntas médicas de cardiologistas atestaram que ele não é portador de cardiopatia grave que justifique o benefício.
Na
última segunda-feira, um laudo médico foi definitivo para que o
presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa, determinasse o retorno do
petista para a Papuda. O documento assinado por quatro cardiologistas e
cirurgiões do Hospital Universitário de Brasília (HUB) atestou que
Genoino apresenta estado de saúde “estável” e sem gravidade. Leia MAIS
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