sexta-feira, 2 de maio de 2014

Bope, Choque e PMs de outras UPPs reforçam patrulhamento na Rocinha


  02/05/2014 10h37


Moradores dizem que tiroteios têm sido constantes na região.
Troca de tiros deixou um morto e um ferido na noite desta quinta.

Do G1 Rio


O policiamento foi reforçado na favela da Rocinha, Zona Sul do Rio, após noite de intenso tiroteio nesta quinta-feira (1). O apoio conta com agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope), Batalhão de Choque (BPChoque) e efetivo de diversas UPPs, a maioria da Zona Sul.

Segundo moradores da comunidade, os tiroteios têm sido frequentes na região, conforme informou a GloboNews. Na noite de quinta, um homem morreu e outro ficou ferido após intensa troca de tiros. Segundo a Polícia Civil, o ferido foi atingido por tiros na mão e no tórax.



De acordo com informações da assessoria da Coordenadoria de Polícia Pacificadora, por volta das 20h, policiais da UPP da comunidade foram checar uma denúncia de criminosos armados estariam circulando na Rua 2. Eles foram recebidos a tiros e revidaram. Um homem suspeito de ter participado do confronto foi conduzido para a 11ª DP (Rocinha).

Foram apreendidos no local uma pistola Jericho 9mm, 278 papelotes de cocaína, 214 sacolés de maconha, 13 munições e um rádio transmissor. O caso foi registrado na 14ª DP (Leblon).

Confrontos recentes

Tiroteios na comunidade têm sido frequentes nos últimos meses. Em abril, um PM foi baleado na perna enquanto percorria comunidade. O confronto aconteceu no mesmo dia em que o traficante Luís Carlos Jesus da Silva, conhecido como Djalma da Rocinha, foi preso em operação da Polícia Civil. De acordo com a corporação, ele comandava o tráfico de drogas na Rocinha desde a prisão de Nem. Djalma teria inclusive ordenado o ataque à Unidade de Polícia Pacificadora em fevereiro.

Em março, um carro da PM foi atacado por criminosos. Câmeras de segurança flagraram criminosos armados circulando nas ruas da comunidade. Também no início do ano, um confronto entre policiais e traficantes  deixou quatro policiais feridos, entre eles o comandante das UPPs, coronel Frederico Caldas, e a comandante da UPP da Rocinha, Major Priscilla Azevedo. Na ocasião, o tráfego no túnel Zuzu Angel chegou a ser completamente interditado. Um suspeito morreu e outro ficou ferido.

Transferência de presos

Após a onda recente de ataques a Unidades de Polícia Pacificadora e a incitação de manifestações violentas nas comunidades, a Secretaria de Segurança Pública (Seseg) e o governador Luíz Fernando Pezão têm pedido a transferência de criminosos do Rio para presídios federais.


Na tarde de quinta, uma nota divulgada pelo Governo do Estado informou que o governador Luiz Fernando Pezão vai pedir a transferência de Djalma da Rocinha para um presídio federal. Ainda segundo a nota, o criminoso é acusado de participar de ataques a policiais.

Na quarta (30), o governador afirmou ter enviado uma lista para o Ministro da Justiça José Eduardo Cardozo pedindo a transferência de cerca de sete criminosos presos no Rio para presídios federais. Duranta a inaguração da passarela, na manhã de quinta-feira, Pezão acrescentou que há mais nomes a serem indicados para a Justiça Federal.

O Governo do Estado também entrou com o pedido de transferência de Eduardo Fernandes de Oliveira, o 2D, e de Ramires Roberto da Silva, suspeitos de envolvimento em ataques a Unidades de Policia Pacificadora e a incitação de manifestações violentas nas comunidades do Grande Rio. Eles foram presos no dia 21 de abril em Búzios, na Região dos Lagos, em operação conjunta da Polícia Civil, Federal e Subsecretaria de Inteligência da Seseg.

Na terça-feira (29), o Ministério da Justiça aceitou a transferência de Bruno Eduardo Procópio da Silva, o Piná, para um presídio federal. Esse foi o primeiro criminoso que teve a mudança solicitada por Pezão. No pedido, a Seseg relatou que o preso integra a cúpula de uma facção criminosa do Rio e participou de ações como os tiros disparados durante a Corrida da Paz, realizada no Parque Proletário, no Conjunto de Favelas do Alemão, em maio de 2013, e ataques à sede do Afroreggae, em agosto. Ele seria chefe do tráfico de drogas nos Conjuntos de Favelas da Penha e Alemão, no Subúrbio.

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