Folha de São Paulo
Alvos de protestos ontem na capital paulista, Odebrecht, OAS e Andrade Gutierrez evitaram comentar o assunto, emitindo apenas notas curtas em que dizem "repudiar atos de vandalismo".
Juntas, as três empreiteiras são responsáveis pelas obras de 8 dos 12 estádios da Copa do Mundo, em contratos que somam R$ 6,3 bilhões.
As companhias não manifestarão queixas publicamente para não criar indisposição com o governo, segundo executivos do setor que pediram anonimato. O receio de novos ataques seria outro motivo para a discrição.
A OAS, que teve a portaria de sua sede invadida, afirmou que houve "ameaças aos funcionários", mas não descreve o tipo de intimidação.
Mais concisa, a Andrade Gutierrez disse apenas que "respeita toda e qualquer manifestação pública pacífica e entende que isso representa o exercício da democracia".
Um executivo da Odebrecht disse que o trabalho de todo o dia foi prejudicado, pois funcionários foram aconselhados a não subir para os escritórios mesmo depois que os sem-teto saíram e outros foram liberados.
"A empresa apenas recomendou a liberação entendendo que outras manifestações poderiam ocorrer pela cidade", disse a Odebrecht.
ARENAS
O Maracanã, palco da final do Mundial, foi reformado por um consórcio formado pela Odebrecht e pela Andrade Gutierrez.
A Odebrecht também integrou consórcio que construiu a Fonte Nova, em Salvador, em parceria com a OAS. A empresa é responsável ainda pela construção da Arena Pernambuco e pelo Itaquerão, em São Paulo.
A OAS foi a empreiteira que construiu a Arena Dunas, em Natal.
Já a Andrade Gutierrez é responsável por três arenas, além do Maracanã. A empreiteira fechou contratos para erguer os estádios de Manaus, de Porto Alegre e Brasília.
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