domingo, 11 de maio de 2014

Traficante preso no DF tinha carros de luxo e morava em casa avaliada em R$ 3 milhões

9/5/2014 às 09h15


Patrimônio incompatível com formação levantou suspeita da polícia

Do R7, com TV Record
Um dos presos na Operação Resgate - que ocorreu simultaneamente, nessa quinta-feira (8), no Distrito Federal e em Goiás -, Marcelo Gomes Oliveira, de 34 anos, tinha uma vida de luxo em Brasília (DF). Morador de uma mansão avaliada em R$ 3 milhões, no Park Way, região nobre do DF, Marcelo, segundo a polícia, ostentava carros importados, roupas caras, joiás e viagens ao exterior. Ele estava sendo monitorado há um ano e meio pela polícia civil.

  — É um sujeito de pouco estudo e o patrimônio dele é absolutamente incompatível com a formação e a renda dele, afirmou o coordenador da Cord (Coordenaçao de Repressaão às Drogas), da PCDF (Polícia Civil do Distrito Federal), Rodrigo Bonachd. Marcelo foi encaminhado à Cord. Outros dois homens foram presos acusados de serem membros da quadrilha.  

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Marcelo Gomes é apontado pela polícia como um dos principais traficantes do Centro-Oeste. Ele foi abordado quando chegava em casa. De acordo com as investigações, a quadrilha trazia a droga do Paraguai. A mercadoria chegava ao Brasil pelo estado do Mato Grosso. Metade ficava em Goiás e a outra metade seguia para o Distrito Federal. 

— Ele [Marcelo] montou toda uma estrutura. Não chegava mais perto da droga, apenas aproveitava. Durante essa investigação, ele esteve em Miami, Las Vegas e Nova York. Ele é o que desfruta [os bens] à custa de sagnue e lágrimas de muitas mães. Enquanto  muitos morrem por causa das drogas, ele está enriquecendo, afirmou o delegado de Goiás Odair José. 

Ainda segundo a polícia, a quadrilha movimentava, a cada 15 dias, cerca de meia tonelada de pasta base de cocaína. Marcelo Oliveira, que usava nomes falsos para comprar bens, morava em Brasília há dois anos. Ele já havia sido preso duas vezes por tráfico de drogas em Goiás, mas os processos contra ele sumiram do fórum da justiça. 

— Os papéis sumiram de dentro da justiça, do prédio do fórum. Isso dificultou porque a lavagem de dinheiro exige um crime atendecente e não tínhamos esse crime antedecente, contou o delegado Odair José.

Segundo a polícia, a esposa de Marcelo Oliveira, que é estagiária na justiça federal, tambem será indiciada por lavagem de dinheiro e associação ao tráfico. 

Em Goiás, a quadrilha era coordenada por José Carlos  Moreira da Cunha, conhecido como JC. Ele é apontado pela polícia como o "braço direito" de Marcelo Oliveira. José Carlos foi preso nessa quinta-feira (8) pelos policiais da Delegacia de Narcóticos. Na casa dele, foram encontrados duzentos quilos de pasta base de cocaína. Segundo as investigações, a quadrilha lavava ao dinheiro da droga em posto de combustível e casas de câmbio em Goiás. 

O grupo começou a ser desarticulado em fevereiro deste ano, com a prisão de dois homens no interior de Goiás. Com eles, a polícia encontrou mais de 450 quilos de pasta base de cocaína, que abastariam a capital goiana e região no carnaval.  

Nessa quinta-feira (8), em Taguatinga Sul, no Distrito Federal, a polícia civil prendeu cinco pessoas ligadas à quadrilha coordenada por Marcelo Gomes. Na casa onde os suspeitos foram presos, foram encontradas duzentos quilos de pasta base de cocaína, R$ 70 mil em dinheiro e armas. 

Para a polícia do DF, a prisão da quadrilha representará um alívio no tráfico de drogas na região. 

— Foi um impacto enorme no tráfico de drogas no DF. A prisão de Marcelo Oliveira representa um avanço nessa luta contra o narcotráfico e vai representar um desabastecimento de drogas. A quadrilha fica desarticulada em definitivo e isso vai acarretar na diminuição no tráfico de drogas, disse o delegado Rodrigo Bonach.

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