Estudo do FMI aponta: crescimento do PIB brasileiro depende de reformas
Nova York - Um nível maior e mais sustentado de crescimento econômico
em países emergentes como o Brasil vai exigir um esforço renovado em
reformas estruturais, para dar mais peso ao mercado interno como motor
da atividade. É o que conclui um estudo dos economistas do Fundo
Monetário Internacional (FMI) divulgado ontem (12), chamado “Mercados
emergentes em transição: perspectivas de crescimento e desafios”.
Os economistas afirmam que, no curto prazo, o crescimento maior dos
países desenvolvidos deve garantir maior demanda por produtos dos
emergentes. O estudo destaca que depois de serem estrelas de crescimento
econômico, os emergentes estão amargando taxas decepcionantes, não só
abaixo dos níveis pós-crise financeira mundial, mas também piores que os
patamares na década pré-crise. O Brasil é citado como exemplo, com a
expansão do Produto Interno Bruto (PIB) reduzida em 2,75 pontos
porcentuais desde 2010/2011, para “meros” 2,3%.
Como parte desta desaceleração é por conta de fatores cíclicos, o estudo diz que a recuperação maior esperada para os países avançados, como os Estados Unidos, deve ajudar os emergentes, na medida que os mercados desenvolvidos vão demandar mais exportações.
A previsão, porém, é que os fatores que ajudaram os emergentes a ter crescimento forte nos anos 2000 não devem se repetir nos próximos anos. Entre estes fatores, o estudo cita a alta dos preços das commodities e as condições favoráveis no mercado financeiro. O ambiente externo, ressalta o documento, tende a oferecer menos estímulo à expansão dos emergentes. Uma das razões é a mudança da política monetária nos EUA, que devem elevar juros em 2015, encarecendo os custos globais de captação de recursos para empresas e governos.
Nesse cenário, uma das recomendações do estudo é que os emergentes reorientem os motores do crescimento, com peso mais forte para o mercado doméstico. “Um crescimento sustentado vai precisar de uma ênfase renovada em reformas estruturais”, destaca o documento.
Os governos de países como Brasil, Turquia e China vão precisar identificar reformas prioritárias para remover gargalos na infraestrutura e aumentar a produtividade. No caso dos três países, o estudo diz que as reformas são necessárias para reorientar os catalisadores do crescimento econômico, que na economia brasileira e turca é muito dependente do consumo e na chinesa, do investimento.
O Brasil, destaca o estudo, tem que dar mais peso ao investimento. “Um rebalanceamento interno é necessário para reorientar a economia para modelos de crescimento mais sustentáveis”, ressaltam os técnicos do Fundo.
As mudanças estruturais no passado ajudaram os emergentes a conseguir acelerar o crescimento econômico nos anos 2000, ressalta a análise. Mas os técnicos do FMI destacam que não se pode subestimar a dificuldade de implementação das novas mudanças, em muitos casos por falta de consenso político. (Altamiro Silva Júnior/Agência Estado)
Como parte desta desaceleração é por conta de fatores cíclicos, o estudo diz que a recuperação maior esperada para os países avançados, como os Estados Unidos, deve ajudar os emergentes, na medida que os mercados desenvolvidos vão demandar mais exportações.
A previsão, porém, é que os fatores que ajudaram os emergentes a ter crescimento forte nos anos 2000 não devem se repetir nos próximos anos. Entre estes fatores, o estudo cita a alta dos preços das commodities e as condições favoráveis no mercado financeiro. O ambiente externo, ressalta o documento, tende a oferecer menos estímulo à expansão dos emergentes. Uma das razões é a mudança da política monetária nos EUA, que devem elevar juros em 2015, encarecendo os custos globais de captação de recursos para empresas e governos.
Nesse cenário, uma das recomendações do estudo é que os emergentes reorientem os motores do crescimento, com peso mais forte para o mercado doméstico. “Um crescimento sustentado vai precisar de uma ênfase renovada em reformas estruturais”, destaca o documento.
Os governos de países como Brasil, Turquia e China vão precisar identificar reformas prioritárias para remover gargalos na infraestrutura e aumentar a produtividade. No caso dos três países, o estudo diz que as reformas são necessárias para reorientar os catalisadores do crescimento econômico, que na economia brasileira e turca é muito dependente do consumo e na chinesa, do investimento.
O Brasil, destaca o estudo, tem que dar mais peso ao investimento. “Um rebalanceamento interno é necessário para reorientar a economia para modelos de crescimento mais sustentáveis”, ressaltam os técnicos do Fundo.
As mudanças estruturais no passado ajudaram os emergentes a conseguir acelerar o crescimento econômico nos anos 2000, ressalta a análise. Mas os técnicos do FMI destacam que não se pode subestimar a dificuldade de implementação das novas mudanças, em muitos casos por falta de consenso político. (Altamiro Silva Júnior/Agência Estado)
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