sexta-feira, 13 de junho de 2014

O protesto contra Dilma na abertura da Copa começou com um negro.




O que sobrou para a esquerda governista e parte da imprensa chapa-branca que suportam Dilma Rousseff e o governo do PT justificarem um protesto espontâneo contra a presidente, entoado por 60.000 pessoas na abertura da Copa? O de sempre. A velha pregação da luta de classes. Agora dizem que não havia negros no Itaquerão, que lá estava apenas a elite paulistana e a direita raivosa. E que por isso houve quatro ou cinco vaias contra a presidente. A mentira não para em pé.

O mesmo xingamento de ontem foi ouvido há duas semanas num show gratuito de rock, realizado em Ribeirão Preto, interior de São Paulo. Lá estava o rapper Falcão, um negro, band leader do Rappa. Antes do início do show, Falcão, um negro, fez uma crítica equilibrada e sensata sobre a Copa do Mundo. Espontânea e surpreendentemente 40.000 jovens endossaram as palavras de Falcão e passaram a entoar a mesma vaia repetida ontem por 60.000 pessoas no jogo da abertura.  

O que fica claro é a indignação dos brasileiros, indiferente de idade, raça ou posição social, contra a Copa do Mundo fora do campo. Não é contra o país. Não é contra a seleção brasileira. Não é contra o nosso Hino Nacional, maravilhosamente cantado à capela. É contra o governo do PT, ali representado pela Presidente da República. Uma indignação que está presa na garganta. Uma revolta. Um prenúncio. Só não vê quem não quer. 

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