A Polícia Federal apontou, na Operação
Lava-Jato, que o ex-ministro da Saúde e
pré-candidato do PT ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, indicou um
executivo para a Labogen, empresa de fachada controlada por doleiro Youssef,
que tinha como lobista o então deputado petista André Vargas. Se não houvesse
denúncia da imprensa, a empresa teria fechado negócios milionários com o Ministério da Saúde.
As diretrizes do programa de
governo do pré-candidato do PT ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, vão
apresentá-lo ao lado da presidente Dilma Rousseff como "um novo ciclo de
mudança". A campanha também vai atacar o que classifica de
"esgotamento" da gestão do PSDB no Estado, que já dura quase 20 anos.
Padilha vai ser confirmado como
candidato ao governo de São Paulo em um evento no domingo, com a presença do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seu padrinho político, e de Dilma. A
conquista do comando de São Paulo é apontada com a principal prioridade do PT
para as eleições estaduais. A expectativa é de que o evento se transforme num
palco para ataques aos tucanos, que lideram as intenções de votos entre os
adversários de Padilha e Dilma para a disputa de outubro.
O documento, que traz as linhas
gerais de 13 compromissos do petista, vai tentar colar em Padilha a ideia de
que é o candidato da mudança, mostrando o que precisa ser modificado em São
Paulo e como realizar essa alteração, destacando a parceria com o Palácio do
Planalto. Estratégia semelhante foi utilizada pelo PT na campanha que elegeu o
prefeito de São Paulo Fernando Haddad, em 2012.
O texto também vai fazer um
diagnóstico da gestão do governador Geraldo Alckmin (PSDB) apontando problemas
na questão do abastecimento de água, falta de investimento no metrô, altos
índices de violência no Estado, dificuldades da USP, além de sustentar cópias
de programas petistas como Mais Médicos e Mais Educação.
Outro compromisso é que um
eventual governo petista será "implacável" no combate à corrupção.
A campanha de Padilha ainda vai
propor maior interação entre o governo do Estado e os prefeitos, atacando o que
chamam de política clientelista, que só atende a aliados, excluindo municípios
controlados por adversários políticos.
O programa vai destacar ainda que
o Estado precisa retomar o crescimento e atrair mais investimentos, ampliar a
modernização de ferrovias, retomar incentivos para inovação tecnológica e ainda
a implementação de delegacias para mulheres 24 horas e sete dias da semana. (Folha de São Paulo)
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