sexta-feira, 13 de junho de 2014

Envolvido com o doleiro Youssef, Padilha diz que será "implacável com a corrupção".


 
A Polícia Federal apontou, na Operação Lava-Jato,  que o ex-ministro da Saúde e pré-candidato do PT ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, indicou um executivo para a Labogen, empresa de fachada controlada por doleiro Youssef, que tinha como lobista o então deputado petista André Vargas. Se não houvesse denúncia da imprensa, a empresa teria fechado negócios milionários com  o Ministério da Saúde.

As diretrizes do programa de governo do pré-candidato do PT ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, vão apresentá-lo ao lado da presidente Dilma Rousseff como "um novo ciclo de mudança". A campanha também vai atacar o que classifica de "esgotamento" da gestão do PSDB no Estado, que já dura quase 20 anos.

Padilha vai ser confirmado como candidato ao governo de São Paulo em um evento no domingo, com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seu padrinho político, e de Dilma. A conquista do comando de São Paulo é apontada com a principal prioridade do PT para as eleições estaduais. A expectativa é de que o evento se transforme num palco para ataques aos tucanos, que lideram as intenções de votos entre os adversários de Padilha e Dilma para a disputa de outubro.

O documento, que traz as linhas gerais de 13 compromissos do petista, vai tentar colar em Padilha a ideia de que é o candidato da mudança, mostrando o que precisa ser modificado em São Paulo e como realizar essa alteração, destacando a parceria com o Palácio do Planalto. Estratégia semelhante foi utilizada pelo PT na campanha que elegeu o prefeito de São Paulo Fernando Haddad, em 2012.

O texto também vai fazer um diagnóstico da gestão do governador Geraldo Alckmin (PSDB) apontando problemas na questão do abastecimento de água, falta de investimento no metrô, altos índices de violência no Estado, dificuldades da USP, além de sustentar cópias de programas petistas como Mais Médicos e Mais Educação.

Outro compromisso é que um eventual governo petista será "implacável" no combate à corrupção.

A campanha de Padilha ainda vai propor maior interação entre o governo do Estado e os prefeitos, atacando o que chamam de política clientelista, que só atende a aliados, excluindo municípios controlados por adversários políticos.

O programa vai destacar ainda que o Estado precisa retomar o crescimento e atrair mais investimentos, ampliar a modernização de ferrovias, retomar incentivos para inovação tecnológica e ainda a implementação de delegacias para mulheres 24 horas e sete dias da semana. (Folha de São Paulo)
 

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