sexta-feira, 18 de julho de 2014

Conselho de Segurança da ONU terá reunião de emergência sobre Gaza


France Presse


Reunião acontece nesta tarde, após ofensiva terrestre de Israel.
Mais de 260 pessoas já morreram em 11 dias de conflito.

Da France Presse
Exército israelense dispara  a partir da fronteira Israel-Gaza. Após intenso bombardeio, Gaza amanheceu envolvida em combates (Foto: Jack Guez/AFP)Exército israelense dispara a partir da fronteira Israel-Gaza. Após intenso bombardeio, Gaza amanheceu envolvida em combates
O Conselho de Segurança da ONU se reunirá de emergência nesta sexta-feira (18) para tratar da situação em Gaza, depois do início da operação terrestre israelense. A reunião deve começar a partir das 16h de Brasília, a pedido da Jordânia e Turquia.

Pelo menos 24 palestinos, incluindo três adolescentes e um bebê, morreram desde que Israel iniciou a ofensiva terrestre, quinta-feira (17) à noite, em Gaza, o que eleva a 265 o número de palestinos mortos em 11 dias de conflito.

Um soldado israelense também morreu na ofensiva, a segunda vítima fatal do país desde o início das hostilidades.

Entre as vítimas palestinas, três adolescentes com idades entre 12 e 16 anos morreram ao meio-dia em um ataque com tanques israelenses perto de Beit Hanun, norte da Faixa de Gaza, segundo o serviço de emergência local.

Cinco pessoas, incluindo um bebê de cinco meses, também morreram na ofensiva israelense na cidade de Rafah (sul).

Segundo o Centro Palestino para os Direitos Humanos, com sede em Gaza, os civis representam mais de 80% das vítimas da ofensiva de Israel, que tem como objetivo impedir os lançamentos de foguetes do Hamas, que controla o território.

Pelo menos 1.920 palestinos ficaram feridos desde o início do conflito, em 8 de julho.
Além disso, pelo menos 1.164 foguetes foram lançados contra Israel desde o início das hostilidades. O sistema de defesa antimísseis do país interceptou 320 destes projéteis, segundo o exército israelense.

Ofensiva intensificada
A operação militar terrestre israelense na Faixa de Gaza é essencial para destruir os túneis do movimento islamita palestino Hamas, pois os bombardeios eram insuficientes, afirmou o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu nesta sexta.


"Não é possível solucionar (o problema) dos túneis do ar apenas. Nossos soldados também fazem isto no terreno", disse em uma reunião de gabinete.

O premiê disse que Israel está se preparando para intensificar sua ação. "Minhas instruções são para se preparar para a possibilidade de ampliar significativamente a operação terrestre, e os militares estão se preparando adequadamente", afirmou ele a repórteres antes da reunião.


 De acordo com o primeiro-ministro, a ofensiva não é uma garantia de êxito 100%, mas é necessária depois que Israel testou outras alternativas.


"O Tsahal (exército) opera contra o Hamas e outras organizações terroristas na Faixa de Gaza do mar, ar e agora também por terra. A operação terrestre iniciada por nossas forças ontem (quinta-feira) à tarde pretende destruir os túneis do terror que vão de Gaza a Israel", completou o premiê.

Túneis e combates
Os túneis subterrâneos de contrabando construídos pelo Hamas, que controla o território, são usados para introduzir mercadorias, dinheiro e armas. Segundo Israel, os túneis também são usados para preparar plataformas de lançamento de foguetes e alguns para entrar em território israelense.


A maioria dos confrontos após a ofensiva terrestre aconteceu no sul do território de 360 quilômetros quadrados, em Khan Yunes e em Rafah, e na zona norte, perto da fronteira com Israel.

O posto de fronteira israelense de Erez, único ponto de passagem para pedestres, foi fechado.

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