Boeing 777 da Malaysia Airlines caiu com 298 pessoas na Ucrânia.
Suspeita é de que ele tenha sido abatido por separatistas pró-Rússia.
Foi mesmo um míssil que derrubou o avião?
Segundo a rede de televisão americana CNN, sim. A rede informou que o Estados Unidos concluíram que o avião foi, sim, derrubado por um míssil, porém ainda não há uma confirmação oficial. De acordo com a CNN, um radar identificou um sistema de míssil terra-ar ser ativado e detectar uma aeronave logo antes de este avião cair. Um segundo sistema viu um sinal de calor no momento em que o avião teria sido atingido.
Quem teria disparado?
Ainda não está certo, mas segundo a CNN, o míssil que teria atingido o voo MH17 da Malaysia Airlines foi provavelmente disparado por separatistas pró-Rússia que estão no leste do país. A emissora cita um relatório preliminar confidencial da inteligência dos Estados Unidos.
De acordo com o documento, não é possível afirmar com 100% de certeza, mas os oficiais americanos acreditam que o míssil tenha sido disparado do lado ucraniano da fronteira, e não do russo. O disparo teria sido feito por um sistema russo. A investigação sugere que os rebeldes tinham como alvo um avião de transporte militar ucraniano.
O Serviço de Segurança da Ucrânia divulgou conversas telefônicas que teriam sido mantidas por separatistas pró-Rússia e oficiais de inteligência militares de Moscou na qual admitem ter derrubado o avião. No entanto, não foi possível confirmar a veracidade da gravação.
Que tipo de míssil pode derrubar um avião a 10 mil metros de altura?
Um míssil do sistema Buk, fabricado pela russa Almaz-Antey, que possui capacidade de abater alvos entre 3 quilômetros e 25 quilômetros de altitude. Ao menos 15 países ainda usam atualmente o sistema, entre eles a Ucrânia e a Rússia. Os mísseis terra-ar lançados do Buk atingem alta velocidade de até 1.200 metros por segundo, segundo a fabricante.
Nenhum país na América Latina, por exemplo, nem o Brasil, possui artilharia antiaérea com capacidade de abater, a partir do solo, alvos na altura em que estava o avião da Malaysia Airlines.
Quem são as vítimas? Havia algum brasileiro no voo?
A maioria dos passageiros era de holandeses. No entanto, ainda há quatro pessoas que não tiveram a nacionalidade identificada.
Muitos passageiros seguiam para um congresso sobre Aids na Austrália, incluindo um jornalista que trabalha na Organização Mundial da Saúde (OMS) e cientistas reconhecidos internacionalmente.
Quem será responsável por investigar o acidente?
Apesar de o avião ter caído na Ucrânia, a região leste de Donetsk, é uma área dominada pelos separatistas-russos. Como é uma região marcada por conflitos, é possível que haja problemas diplomáticos como as já conferidos com as questão das caixas-pretas.
No dia da queda, separatistas pró-Rússia disseram ter encontrado uma caixa-preta do avião, e informaram que a encaminhariam para especialistas russos. O chanceler russo, Sergei Lavrov, disse nesta sexta que a Rússia não planeja se apossar dos registros de voo das caixas-pretas que estariam com os separatistas.
No dia 8 de março, um voo Malaysia Airlines desapareceu com 239 pessoas a bordo. Há alguma relação entre as duas tragédias?
Somente o fato de ambos os voos serem da Malaysia Airlines. A hipótese mais provável é de que o voo MH17 tenham sido abatido.
Acredita-se que voo MH370, que levava 239 a Pequim, tenha se perdido e desaparecido no Oceano Índico.
O Boeing 777 desapareceu das telas de controle aos 40 minutos após a decolagem no dia 8 de março, e mudou de rumo em uma "ação deliberada", segundo as autoridades malaias. Até hoje não se encontrou nenhum vestígio dos passageiros e da aeronave.
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