18/07/2014 14h26
- Atualizado em
18/07/2014 15h31
Para candidato do PSB, seu nome tem espaço para crescer.
Segundo Datafolha, Campos tem 8% das intenções de voto.
O candidato do PSB à Presidência da República, o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), durante caminhada pelo centro comercial de Embu das Artes, na Grande São Paulo
O candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, disse nesta sexta-feira (18), durante atos de campanha em cidades da Grande São Paulo, que sua candidatura ainda é desconhecida, mas que tem espaço para crescer junto ao eleitorado.
Campos deu a declaração ao ser questionado por jornalistas sobre a pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta (17). O candidato aparece em terceiro lugar, com 8% das intenções de voto, atrás de Aécio Neves (PSDB), que tem 20%, e da presidente Dilma Rousseff (PT), com 36%.
Somados, os adversários de Dilma acumulam 36%, mesmo percentual da presidente, que tenta a reeleição. Um candidato vence a eleição no primeiro turno se consegue mais votos que a soma de todos os rivais.No levantamento anterior do Datafolha, realizado nos últimos dias 1º e 2, Dilma tinha 38%, Aécio, 20%, e Eduardo Campos, 9%.
O candidato do PSB ressaltou que os principais concorrentes também não cresceram nas últimas pesquisas. Segundo Campos, ele, diferente dos rivais, ainda é "desconhecido" do eleitorado, por isso tem espaço para crescer.
“O resultado da pesquisa mostrou claramente o governo em queda [...] O candidato da oposição clássica está parado, e tem muito conhecimento [por parte do eleitorado]. A gente também está sem apresentar uma curva de crescimento, por causa do desconhecimento”, afirmou Campos durante caminhada pela cidade de Itapecerica da Serra.
“À medida que a campanha se inicie e a gente divulgue, quem tem potencial de crescimento somos nós”, completou o candidato.
Ele afirmou que as sondagens mostram que sua candidatura tem um índice baixo de rejeição em um eventual segundo turno. “Mesmo com baixo conhecimento, temos uma performance que se assemelha a da oposição. Então estamos muito animados”, declarou.
O candidato, que deixou o governo de Pernambuco para disputar as eleições, comentou também o desempenho no Nordeste, seu berço eleitoral. Na região, a presidente lidera com 49% das intenções de voto. Campos tem 12% e Aécio tem 10% na região.
“A campanha lá começa mais tarde. O mesmo fenômeno que houve no Sudeste e no Centro-Oeste haverá no Nordeste no fim de agosto e início de setembro. A gente vai ter grande performance no Nordeste”, afirmou.
Alianças
Nesta manhã, Campos participou de caminhadas em centros de compras nas cidades de Taboão da Serra, Embu das Artes e Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo. Márcio França (PSB), que é o vice de Geraldo Alckmin (PSDB) na corrida pela reeleição em São Paulo, participou das agendas. Questionado pelos jornalistas se o apoio do PSB, na esfera estadual ao PSDB não poderia provocar confusão nos eleitores, Campos minimizou. “Essa questão dos palanques eleitorais está superada. Agora é hora de discutir nossas ideias para o Brasil. É uma coisa que ninguém me perguntou na caminhada inteira.”
Passe livre
Campos também falou sobre as propostas de escola em tempo integral e passe livre para estudantes. “A educação em tempo integral tem que prever o ir e vir dos alunos”, defendeu. A estimativa é que o país tenha em torno de 50 milhões de estudantes, mas entre 15 e 20 milhões seriam beneficiados.
O candidato afirmou que a proposta custaria entre R$ 9 e R$ 12 bilhões. Segundo Campos, o passe livre é uma questão de opção. “Tem dinheiro. As distribuidoras de energia levaram R$ 22 bilhões. O passe livre custa no máximo R$ 12 bilhões. Por que tem dinheiro para as distribuidoras de energia?”, indagou.
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