sábado, 2 de agosto de 2014

Copa das Copas da Dilma derruba a indústria e pode gerar desemprego.




A produção industrial brasileira caiu 6,9% em junho na comparação com junho de 2013. Esse foi o resultado negativo mais intenso desde setembro de 2009 neste tipo de comparação, quando o recuo havia sido de 7,4%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O órgão ainda destacou que este é o quarto resultado negativo consecutivo nesta base de comparação.

Em todas as bases de comparação, os resultados negativos foram puxados pelo desempenho do setor de veículos automotores, reboques e carrocerias, que apresentou queda de 36,3% em junho na comparação com junho de 2013; recuo de 12,1% em junho na comparação com maio e baixa de 16,9% no primeiro semestre na comparação com o mesmo período de 2013.

A Copa do Mundo, afirma o IBGE, influenciou a forte queda do indicador em junho, em função do menor número de dias trabalhados e das jornadas reduzidas. "A magnitude da queda tem relação direta com menor número de dias trabalhados, redução da jornada de trabalho, férias coletivas, cortes de turnos de trabalho, que ficaram como uma marca do mês de junho. E o evento Copa do Mundo tem relação com esses fatores", disse André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do IBGE. Segundo ele, não apenas os jogos do Brasil prejudicaram a indústria, mas o "simples fato de haver várias cidades recebendo jogos", o que aumentou o número de feriados. 

Mas o movimento de queda não fica restrito ao mês de junho, ressaltou Macedo. Ele observou que o recuo anunciado hoje foi o quarto dado negativo consecutivo na margem. "O perfil de queda ritmo de produção é algo que não é característico só desse mês", disse. "Foi em outubro de 2013 que começou o ritmo de queda maior da produção. A Copa potencializou", acrescentou.

A taxa acumulada em 12 meses atingiu queda de 0,6% em junho, o primeiro resultado negativo desde março do ano passado, quando estava com queda de 0,9%. Segundo o IBGE, o resultado mostrou "clara perda de ritmo" em relação aos resultados da taxa acumulada em 12 meses verificados em março (2,0%), abril (0,7%) e maio (0,2%). 

No mês, a produção industrial recuou 1,4% em junho ante maio, o resultado negativo mais intenso desde dezembro de 2013, quando a queda foi de 3,6% em relação a novembro do ano passado. E, pelo quarto mês seguido, o indicador mensal também apresenta resultados negativos. No acumulado no primeiro semestre de 2014, a produção da indústria registra queda de 2,6% ante o mesmo período do ano passado. (Estadão)
 

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