P.O, do PP, vai para deputado federal na coligação junto com o PT, ou seja, junto com Érika Kokay, Rafael Barbosa, Patrício e Policarpo, atual presidente do PT/DF.
A notícia saiu em primeira mão pelo jornalista Walter Brito, amigo antigo de P.O.
Seu dilema agora é vencer ou vencer as eleições. P.O., que sempre teve fama de pão duro, para ganhar vai ter que abrir a mão e de forma generosa.
Afinal, sem equipe e sem ter construído a candidatura com antecedência, até porque preferiu largar mão da política para dar atenção exclusiva aos negócios, P.O. corre um sério risco de não conseguir seus objetivos, porque na coligação em que se encontra vai ter adversários de peso e a grande maioria torce o nariz para sua chegada.
Mais um imbróglio da chapa majoritária que não enxergou que PT e PP são igual a água e azeite nas coligações proporcionais, onde não deveriam se misturar, mas hoje estão de braços dados, para confusão de sua excelência o eleitor.
P.O. sabe do desgaste que sofreu. No primeiro, foi levado pelo onda que varreu Brasília em 2009, cujas verdades ainda não apareceram na totalidade, embora a condenação midiática não tenha perdoado ninguém. Na segunda e mais recente, não tem em quem botar a culpa. Foi senhor e ator principal dos atos que culminaram com sua prisão, uma circunstância que deve merecer boas e contundentes explicações, pois nestes episódios não tem a quem culpar além de si mesmo.P.O. tem um eleitorado cativo, que aprecia seu modo de fazer política contemporizador, onde tenta circular bem em todos os lados, defensor de Brasília, herdeiro político de JK, razão de ser alertado para ter mais cuidado e atenção com seu legado. Na próxima semana deve ter a capacidade de aalvancar esta tardia e mal organizada candidatura.
Hoje P.O. é politicamente um homem quase só e vai ter que suar muito a camisa e escolher bem quem o cercará, afastando a fama de quem sempre decidiu sozinho olhando primeiro para o próprio umbigo, sem grupo, pois nos momentos de dificuldades tem a imagem de quem é o primeiro a abandonar o navio. É hora de separar o empresário do político, se quiser se mostrar vencedor.
Afinal para P.O. uma derrota nestas eleições, ainda mais num cargo proporcional, será sua inscrição para a aposentadoria. É evidente que P.O. sempre sai na frente, pelo dinheiro e estrutura que tem, marketing próprio, embora complicado, e milhares de funcionários, só para citar exemplos, mas precisa ter profissionais da política em sua volta, que se integrem a um projeto e não ao salário ocasional de eleição que irão receber, embora salário tenha que ter também.
Chega de ter estrutura amadora e de ocasião; precisa ter grupo político. Com o dinheiro que tem não pode e não deve se dar ao luxo de estar cercado por gente que esteja dividida ou que nas tormentas tenham que pular de barco para sobreviver. P.O. precisa parar de ouvir a si mesmo; nisso já terá um bom recomeço. Razão pela qual seu lema de campanha tem que ser: vencer ou vencer.
Senão voltará como derrotado para a fortuna bilionária que alcançou nesta confusão, que ele mesmo criou, entre o negócio e a política.
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