Terras descartadas irregularmente no campus USP Leste saíram das obras
do Templo de Salomão, a nova sede da Igreja Universal, aponta
investigação do Ministério Público estadual.
O templo, na região do Brás (área central), foi inaugurada nesta quinta (31) com a presença da presidente Dilma Rousseff (PT).
Testemunhas ouvidas pela Promotoria afirmam que cerca de 600 metros cúbicos de terra foram levados do templo para a USP. Entre elas está o funcionário que diz ter feito o transporte do material.
"Fez cerca de cem viagens com seu caminhão para levar terra para dentro do campus", diz trecho do depoimento de Valter Pereira da Silva, da empresa Ratão.
Como a universidade fica em área de proteção ambiental, a terra deveria
passar por análise da Cetesb (agência ambiental paulista).
A investigação da Promotoria também verificará se essa terra levada do templo ao campus está contaminada.
O campus da USP Leste ficou interditado por suspeitas de contaminação do solo de janeiro até o mês passado.
De acordo com ação do Ministério Público, por cerca de um ano a direção da USP Leste permitiu que áreas do campus fossem utilizadas para descarte terra.
Estima-se que 109 mil metros cúbicos de terra tenham sido depositados no local, o equivalente a mais de 6.000 caminhões, entre outubro de 2010 e outubro de 2011 –parte oriunda do templo.
"Das amostras extraídas dessa terra, verificou-se que ela também está contaminada", diz trecho da ação.
A Cetesb informou, por nota, que "exigiu da USP Leste a investigação e caracterização deste material clandestino, depositado sem qualquer autorização ou licença ambiental. A nota diz ainda que o órgão "aguarda a apresentação da investigação confirmatória e detalhada do solo, para definir as medidas de intervenção a serem exigidas."
O Ministério Público informou ainda investigar se o local onde o templo foi construído está contaminado.
"A área onde foi construído o Templo, ao que tudo indica, também estava contaminada", diz, sem, contudo, relevar que indícios colheu.
No terreno, funcionou uma fábrica de tecidos, a Lanifício Paulista.
A Universal diz que contratou uma única empresa para erguer o Templo de Salomão, a Construcap, que subcontratou outras empresas.
A Construcap diz que seguiu "rigorosamente as normas de descarte de materiais e entulhos", inclusive, com "o rastreamento de todo o transporte." No entanto, afirmou não ter contrato com a empresa de descarte Ratão.
A Ratão não se manifestou.
O templo, na região do Brás (área central), foi inaugurada nesta quinta (31) com a presença da presidente Dilma Rousseff (PT).
Testemunhas ouvidas pela Promotoria afirmam que cerca de 600 metros cúbicos de terra foram levados do templo para a USP. Entre elas está o funcionário que diz ter feito o transporte do material.
"Fez cerca de cem viagens com seu caminhão para levar terra para dentro do campus", diz trecho do depoimento de Valter Pereira da Silva, da empresa Ratão.
Templo de Salomão
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Inauguração do Templo de Salomão com as presenças da presidente Dilma e do governador Alckmin Leia mais
A investigação da Promotoria também verificará se essa terra levada do templo ao campus está contaminada.
O campus da USP Leste ficou interditado por suspeitas de contaminação do solo de janeiro até o mês passado.
De acordo com ação do Ministério Público, por cerca de um ano a direção da USP Leste permitiu que áreas do campus fossem utilizadas para descarte terra.
Estima-se que 109 mil metros cúbicos de terra tenham sido depositados no local, o equivalente a mais de 6.000 caminhões, entre outubro de 2010 e outubro de 2011 –parte oriunda do templo.
"Das amostras extraídas dessa terra, verificou-se que ela também está contaminada", diz trecho da ação.
A Cetesb informou, por nota, que "exigiu da USP Leste a investigação e caracterização deste material clandestino, depositado sem qualquer autorização ou licença ambiental. A nota diz ainda que o órgão "aguarda a apresentação da investigação confirmatória e detalhada do solo, para definir as medidas de intervenção a serem exigidas."
O Ministério Público informou ainda investigar se o local onde o templo foi construído está contaminado.
"A área onde foi construído o Templo, ao que tudo indica, também estava contaminada", diz, sem, contudo, relevar que indícios colheu.
No terreno, funcionou uma fábrica de tecidos, a Lanifício Paulista.
A Universal diz que contratou uma única empresa para erguer o Templo de Salomão, a Construcap, que subcontratou outras empresas.
A Construcap diz que seguiu "rigorosamente as normas de descarte de materiais e entulhos", inclusive, com "o rastreamento de todo o transporte." No entanto, afirmou não ter contrato com a empresa de descarte Ratão.
A Ratão não se manifestou.
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