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(Especial para iG São Paulo)
Aerogeradores que irão entrar em funcionamento até o fim desse ano tem o aço como peça fundamental
No final de 2014, o Brasil contará com um parque
de aerogeradores conectados ao sistema elétrico do país capaz de gerar,
com a força dos ventos, 5 gigawatts (GW). É energia limpa suficiente
para suprir a demanda de 12 milhões de pessoas, uma população
equivalente a da cidade de São Paulo.
A Associação Brasileira de
Energia Eólica (Abeeólica) prevê que em 2020 a capacidade alcançará 20
GW. Ainda será pouco diante do imenso potencial eólico brasileiro, que
supera 300 GW. Para efeito de comparação, hoje a geração elétrica no
Brasil, somando todas as fontes disponíveis, não chega a 130 GW.Segundo a Abeeólica, o país já conta com fábricas capazes de fornecer todos os componentes de um aerogerador. E o aço tem papel importante nessa indústria, sendo componente de várias peças utilizadas. Mas é nas torres que sustentam as turbinas onde a presença do aço é mais intensa. Apenas a ArcelorMittal Aços Longos, líder nesse segmento de mercado, prevê fornecer 10 mil toneladas de aço para torres no biênio 2014-2015.
Existem dois tipos de torres eólicas, as de aço e as de concreto. As torres metálicas são utilizadas em projetos onde os aerogeradores são instalados a uma altura entre 60 e 100 metros do solo. As torres de concreto são de todos os tamanhos, mas é mais usual seu emprego em instalações de 80 a 120 metros. Cada torre de concreto utiliza 82 toneladas de aço em sua estrutura. O metal, portanto, precisa apresentar uma ótima soldabilidade para facilitar e agilizar o processo de construção.
A ArcelorMittal Aços Longos e a CTZ Eolic Tower fecharam uma parceria em 2013 para fornecer torres eólicas de concreto em um formato inovador no Brasil, com a produção ocorrendo diretamente no parque eólico, evitando o transporte dessas gigantes peças.
Na Europa, a ArcelorMittal também é uma das pioneiras no desenvolvimento de uma nova tecnologia de turbinas eólicas. Em parceria com a Renewables Letzebuerg lançou a turbina eólica de eixo vertical Estreya L2. Por não utilizar pás gigantescas, como as tradicionais de eixo horizontal, e gerar níveis de ruído reduzido, essa nova geração de turbinas pode ser instalada em centros urbanos, inclusive no topo de edifícios. É uma nova tecnologia que pode ampliar o potencial eólico do mundo.
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