sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Esquerda saiu menor de 2014.



 
A melhor defesa é o ataque. É por isso que o PT e Lula, logo depois das eleições, saíram a publicar manifestos e vídeos, quando deveriam estar com o rabo no meio das pernas. Dilma venceu por um número mínimo de votos depois de usar de todos os recursos desleais, entre os quais a máquina pública e táticas nazistas de propaganda. 
 
 
No entanto,  a esquerda teve um duro baque nas eleições para o Congresso Nacional. Sabem quantos porcento o PT e aliados ideológicos possuem na representação da Câmara? Apenas 16,5%. E no Senado? Apenas 18,5%. O pior problema não é ideológico: é fisiológico, tendo em vista os partidos criados para este fim, como o PSD, PR e  PROS, só esperam a hora de botar preço para o seu apoio ao governo. Só que, com a investigação do escândalo da Petrobras , que irá gerar dezenas de processos contra parlamentares, ficou mais difícil encontrar fontes para abastecer políticos corruptos. 
 
 
A Imprensa e a sociedade estão mais vigilantes e atentas e, com um governo enfraquecido, será mais difícil roubar os cofres públicos, como vinha ocorrendo para sustentar a base do governo. O PT, pelas derrotas que teve nesta primeira semana pós eleições, acusa o PMDB de "ressentimento". Este, por sua vez, já disse que não vai entregar a presidência da Câmara e ameaça com uma "pauta bomba", levando à votação projetos que elevariam os já explodidos gastos públicos. O clima não é bom entre os dois aliados e isso pode ser útil para a Oposição.  
 
A verdade é que a esquerda saiu mais fraca de 2014. 
 
 
 Com representação menor. Vão tentar compensar esta perda buscando apoio nos ditos "movimentos sociais", como fizeram com o famigerado decreto da "participação social" e com a tentativa de impor o plebiscito para reforma política. Foram solenemente derrotados neste primeiro momento, mas vão tentar de novo com outros projetos, como o do controle "social" da mídia. Estas tentativas de impor a democracia direta é porque saíram mais fracos no embate das urnas. 
 
 
Nosso papel, agora, é fortalecer a democracia representativa, apoiando a representação política de oposição. Mesmo sendo minoria, poderemos travar o bom combate, como disse Aécio Neves. Basta estarmos unidos, porque eles saíram mais fracos de 2014, como esta primeira semana já mostrou ao país com aumento de juros, de tarifas de energia e dos preços dos combustíveis, além das derrotas no Congresso. 
 

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