A melhor defesa é o ataque. É por isso que o PT e Lula, logo depois das
eleições, saíram a publicar manifestos e vídeos, quando deveriam estar
com o rabo no meio das pernas. Dilma venceu por um número mínimo de
votos depois de usar de todos os recursos desleais, entre os quais a
máquina pública e táticas nazistas de propaganda.
No entanto,
a esquerda teve um duro baque nas eleições para o Congresso Nacional.
Sabem quantos porcento o PT e aliados ideológicos possuem na
representação da Câmara? Apenas 16,5%. E no Senado? Apenas 18,5%. O
pior problema não é ideológico: é fisiológico, tendo em vista os
partidos criados para este fim, como o PSD, PR e PROS, só esperam a
hora de botar preço para o seu apoio ao governo. Só que, com a
investigação do escândalo da Petrobras , que irá gerar dezenas de
processos contra parlamentares, ficou mais difícil encontrar fontes para
abastecer políticos corruptos.
A Imprensa e a sociedade estão mais
vigilantes e atentas e, com um governo enfraquecido, será mais difícil
roubar os cofres públicos, como vinha ocorrendo para sustentar a base do
governo. O PT, pelas derrotas que teve nesta primeira semana pós
eleições, acusa o PMDB de "ressentimento". Este, por sua vez, já disse
que não vai entregar a presidência da Câmara e ameaça com uma "pauta
bomba", levando à votação projetos que elevariam os já explodidos gastos
públicos. O clima não é bom entre os dois aliados e isso pode ser útil
para a Oposição.
A verdade é que a esquerda saiu mais fraca de 2014.
Com
representação menor. Vão tentar compensar esta perda buscando apoio nos
ditos "movimentos sociais", como fizeram com o famigerado decreto da
"participação social" e com a tentativa de impor o plebiscito para
reforma política. Foram solenemente derrotados neste primeiro momento,
mas vão tentar de novo com outros projetos, como o do controle "social"
da mídia. Estas tentativas de impor a democracia direta é porque saíram
mais fracos no embate das urnas.
Nosso papel, agora, é fortalecer a
democracia representativa, apoiando a representação política de
oposição. Mesmo sendo minoria, poderemos travar o bom combate, como
disse Aécio Neves. Basta estarmos unidos, porque eles saíram mais fracos
de 2014, como esta primeira semana já mostrou ao país com aumento de
juros, de tarifas de energia e dos preços dos combustíveis, além das
derrotas no Congresso.
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