Os governos federal, estadual e municipal do Rio divulgaram nesta terça-feira (28) pela metade o orçamento olímpico.
A Matriz de Responsabilidade divulgada pela APO (Autoridade Pública
Olímpica) indica apenas informações sobre investimentos que não
ocorreriam caso a Olimpíada de 2016 não ocorressem no Rio –como as
instalações olímpicas. Ficaram de fora as obras mais caras, de
infraestrutura. Estes gastos serão divulgados em março.
Ainda assim, os custos não foram divulgados por completo. Apenas 24 dos 52 projetos olímpicos têm orçamento definido.
A presidente da Empresa Olímpica Municipal, Maria Silvia Bastos, afirmou que ausência dos custos não indica atraso na entrega.
"Os projetos mais longos e complexos já estão na matriz. Não este ali
não quer dizer que há um problema. Há projetos com prazos mais curtos,
como, por exemplo, as adaptações do Maracanã e do Engenhão", disse
Bastos.
O projeto que mais preocupa é o Parque Olímpico de Deodoro, cujo edital
de licitação deve ser divulgado em abril. Não há prazo para definição de
todos os gastos com as instalações olímpicas.
"A matriz será atualizada permanentemente de acordo com a evolução dos
projetos. O governo federal reafirma que vai cumprir todas as
atribuições e o cumprimento dos prazos para a realização dos Jogos",
disse o ministro dos Esportes, Aldo Rebelo.
A matriz indicou seis níveis de maturidade dos projetos, que varia de 1,
que indica que o projeto conceitual ainda está em elaboração, a 6, que
aponta conclusão da obra. Apenas os que atingiram o nível 3 (edital de
licitação publicado) têm custos definidos.
De acordo com os dados, 28 ainda não atingiram o nível 3 de maturidade.
Os projetos com orçamento definido somam R$ 5,6 bilhões, dos quais 76%
vêm da iniciativa privada. Os gastos totais ainda subirão e participação
privada vai ser reduzida.
Sergio Moraes/Reuters | ||
Aldo Rebelo durante evento sobre o orçamento para a Rio-2016 |
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