- 28/01/2014 22h01
- São Paulo
Daniel Mello - Repórter da Agência Brasil
Edição: Fábio Massalli
Esses dados são usados, de acordo com o professor, para a elaboração de perfis de comportamento, de consumo, psicológicos e sociais dos internautas. “Você tem uma economia de corporações que usam o rastro digital, entram na máquina das pessoas. Acompanham as pessoas na sua navegação, no seu cotidiano digital para formar esses perfis”, ressalta. As autorizações, que aparecem como termos de uso em diversas aplicações e programas, muitas vezes, concedem às empresas o uso dessas informações.
No entanto, Amadeu pontua que como não existe uma conscientização sobre esse tema, as pessoas não percebem o que estão cedendo ou autorizando. “As grandes corporações sabem que as pessoas têm o direito de proteger esses dados. Mas, ao mesmo tempo, elas sabem que esses dados são extremamente valiosos”, destaca o professor, que defende a proibição de algumas dessas práticas. “A questão é que a sociedade precisa ter consciência disso e saber opinar sobre isso. É tão importante quanto escolher um presidente”, compara.
Uma das formas dos usuários de internet protegerem seus dados pessoais é com o uso de navegadores e programas de criptografia, que codificam os dados enviados e recebidos pelo computador ou celular. “A criptografia é uma forma de proteger o seu HD [disco rígido], a sua comunicação e só deixar ler e acessar quem você quiser”, explica.
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