Traficantes da região impediram que o comércio abrisse as portas e tanto no sábado quanto no domingo poucas pessoas se arriscaram a sair de suas casas com medo da violência.
A medida seria uma represália do tráfico contra a morte de um homem na última semana. Ônibus também foram impedidos de circular pela região e até a manhã de ontem não entravam no João 23, por ordem da direção da empresa –que temia ataques.
No sábado um ônibus da viação Transpass foi atacado por um grupo de pessoas que atearam fogo no coletivo.
Ninguém ficou ferido, porém, momentos antes, o grupo tentou atacar um outro ônibus, ação impedida por um fiscal da empresa.
Ele disse que nunca havia passado por algo parecido.
"Tinha um grupo de umas 20 pessoas, dois deles correram para tentar pegar um ônibus e tentei impedir. Foi quando eles jogaram gasolina em cima de mim. Sorte que um deles impediu que colocasse fogo", disse Ronaldo Batista de Lima, 33.
A vigilante Ana Lúcia, 37, disse que ficou impedida de ir trabalhar no final de semana. "Os ônibus não entravam no bairro. Só paravam na Raposo e tinha que ir a pé até lá. A caminhada era de mais de meia hora. Fiquei em casa."
Para o morador Flávio Rufim, 68, os traficantes dominam o bairro e a falta de segurança é evidente. "Os traficantes 'deitam e rolam' por aqui. Cada dia se vê mais e mais assaltos", afirmou.
Procurada pela Folha, a Secretaria da Segurança Pública não se manifestou.
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