A Petrobras confirmou o patrocínio de R$ 650 mil ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) para a realização de uma feira para promover a produção realizada em assentamentos rurais da reforma agrária, que fez parte do 6º Congresso Nacional do MST, ocorrido de 10 a 14 de fevereiro em Brasília.
A informação veio à tona na edição de ontem do jornal "O Estado de S. Paulo".
Em nota, a Petrobras informou que não houve patrocínio ao 6° Congresso do MST, mas sim à Mostra Nacional de Cultura Camponesa, que era uma feira com produtos orgânicos provenientes de agricultura familiar que ficava do lado de fora do ginásio Nilson Nelson, onde ocorriam os discursos políticos do congresso.
Segundo a Petrobras, esse tipo de patrocínio dispensa licitações.
A feira foi organizada pela Abrapo (Associação Brasil Popular), entidade ligada ao MST. O evento ficou marcado por uma marcha de ao menos 15.000 pessoas por Brasília que terminou em confronto entre a PM e militantes do movimento. Segundo a polícia, 32 pessoas ficaram feridas, das quais. Houve, ainda, uma tentativa de invasão ao prédio do STF (Supremo Tribunal Federal), que teve que suspender a sessão durante o tumulto.
Após o ato, a presidente Dilma Rousseff recebeu representantes do MST e ganhou do grupo uma cesta de produtos apresentados na feira patrocinada pela Petrobras e outras estatais.
O evento contou também com o patrocínio do BNDES e da Caixa Econômica Federal.
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OUTRO LADO
A Petrobras disse ainda que o patrocínio a feira alinha-se ao Programa Petrobras Socioambiental. Tomadora do patrocínio, a Associação Brasil Popular, ligada ao MST, "atendeu a todos os requisitos legais de contratação exigidos pelas normas da companhia".
A estatal também patrocina, com R$ 199 mil, outro projeto da associação ligada ao MST. Nesse caso, os recursos são para a produção e o lançamento de CD, DVD e caderno com canções infantis do meio rural, a fim de preservar e difundir "a cultura tradicional e popular brasileira", segundo a Petrobras.
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