sexta-feira, 11 de abril de 2014

Ei! Olha para mim!


 tapiti



O tapiti (Sylvilagus brasiliensis) é um coelho do gênero Sylvilagus, também conhecidos como coelhos-de-cauda-de-algodão ("cottontail rabbit", em inglês), exclusivos das três Américas. Também conhecido como candimba, coelho-do-mato e coelho-brasileiro, o S. brasiliensis é encontrado do norte da Argentina ao sul do México, mas é espécie nativa do território brasileiro.


Descrito pela primeira vez pelo biólogo Carl Linnaeus, em 1753, na cidade de Pernambuco, o tapiti é um animal de pequeno-médio porte: mede entre 21 e 40 cm de comprimento e pesa até 1,25 kg. Suas orelhas são estreitas e pequenas, se comparadas a de outros coelhos. A cauda em forma de algodão também é reduzida. A pelagem macia tem coloração pardo-amarelado, mais escura no dorso e esbranquiçada no ventre.


Ele habita as bordas de florestas tropicais densas, florestas caducifólias e florestas secundárias, além de regiões de banhados e margens de rios. Também frequenta as roças e pastagens que circundam habitats florestais. É um animal de hábitos noturnos, discreto e solitário. Durante o dia, esconde-se em buracos ou tocas que ele mesmo cava.

Alimenta-se de folhas, cascas, brotos e talos de muitos vegetais.

O coelho-brasileiro, diferente das outras espécies de coelhos (europeus), costuma se reproduzir apenas uma vez por ano. A fêmea cava a toca, forra com o próprio pelo e, em geral, após um período de gestação que varia de 30 a 45 dias, a depender da região, tem só 2 filhotes. Os pequenos nascem de olhos abertos e sem pelos, e em 3 semanas (12 a 18 dias), estão prontos para deixar a toca. A maturidade sexual pode ser alcançada com a idade de 80 dias, embora a maioria das espécies parece esperar até o ano seguinte para acasalar. 

Tamanho adulto pode ser atingido entre a vigésima terceira e a trigésima semana.

A perda de habitat pelo desmatamento e ocupação humana são uma ameaça para esta espécie, mesmo com sua capacidade de habitar pastagens e florestas secundárias. Como o efeito do desmatamento sobre a abundância de S. brasiliensis não é bem conhecido e a espécie ainda é bem comum e distribuida, a Lista Vermelha da IUCN a classifica como Pouco Preocupante.

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