O tapiti (Sylvilagus brasiliensis) é um
coelho do gênero Sylvilagus, também conhecidos como
coelhos-de-cauda-de-algodão ("cottontail rabbit", em inglês), exclusivos
das três Américas. Também conhecido como candimba, coelho-do-mato e coelho-brasileiro, o S. brasiliensis é encontrado do norte da Argentina ao sul do México, mas é espécie nativa do território brasileiro.
Descrito pela primeira vez pelo biólogo Carl Linnaeus, em 1753, na
cidade de Pernambuco, o tapiti é um animal de pequeno-médio porte: mede
entre 21 e 40 cm de comprimento e pesa até 1,25 kg. Suas orelhas são
estreitas e pequenas, se comparadas a de outros coelhos. A cauda em
forma de algodão também é reduzida. A pelagem macia tem coloração
pardo-amarelado, mais escura no dorso e esbranquiçada no ventre.
Ele habita as bordas de florestas tropicais densas, florestas caducifólias e florestas secundárias, além de regiões de banhados
e margens de rios. Também frequenta as roças e pastagens que circundam
habitats florestais. É um animal de hábitos noturnos, discreto e
solitário. Durante o dia, esconde-se em buracos ou tocas que ele mesmo
cava.
Alimenta-se de folhas, cascas, brotos e talos de muitos vegetais.
O coelho-brasileiro, diferente das outras espécies de coelhos
(europeus), costuma se reproduzir apenas uma vez por ano. A fêmea cava a
toca, forra com o próprio pelo e, em geral, após um período de gestação
que varia de 30 a 45 dias, a depender da região, tem só 2 filhotes. Os
pequenos nascem de olhos abertos e sem pelos, e em 3 semanas (12 a 18
dias), estão prontos para deixar a toca. A maturidade sexual pode ser
alcançada com a idade de 80 dias, embora a maioria das espécies parece
esperar até o ano seguinte para acasalar.
Tamanho adulto pode ser
atingido entre a vigésima terceira e a trigésima semana.
A perda de habitat pelo desmatamento e ocupação humana são uma ameaça
para esta espécie, mesmo com sua capacidade de habitar pastagens e
florestas secundárias. Como o efeito do desmatamento sobre a abundância
de S. brasiliensis não é bem conhecido e a espécie ainda é bem comum e distribuida, a Lista Vermelha da IUCN a classifica como Pouco Preocupante.
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