Os segredos bilionários do PT e o silêncio da “imprensa golpista”
Sempre
soube que muita sujeira viria à tona depois que Lula deixasse o poder,
mas não esperava tanto. No último dia 15 ficamos sabendo de mais uma
aventura do PT no exterior envolvendo U$ 6 bilhões (de DÓLARES!) em
“segredo de estado” (ver aqui).
Oficialmente,
trata-se de “empréstimos” a Cuba e a Angola, porém ninguém sabe as
condições dos “acordos”, os juros, os prazos e todas as garantias legais
comuns a qualquer transação financeira normal e que deveriam ser de
conhecimento público, mas não são.
Infelizmente o PT do poder é
bem diferente do “guardião da ética e do patrimônio público” da época da
oposição e, mais uma vez, recorreu a práticas comuns a regimes
autoritários para encobrir mais esta “caridade” com o nosso dinheiro, a
exemplo de episódios semelhantes com alguns vizinhos latino-americanos
como a Bolívia, Equador, Paraguai e Argentina que também tiraram umas
lasquinhas do nosso cada vez mais apertado orçamento.
A
prerrogativa de “segredo de estado” garante o sigilo das operações que
só poderão ter seus detalhes revelados a partir de 2027, depois que Lula
tiver sido sepultado com todas as honras e glórias de “mito”.
Este
é mais um exemplo da capacidade de criar dinheiro do nada da
“contabilidade criativa” do governo do PT, um dos motivos da crise de
credibilidade que atinge nosso país hoje.
A exemplo da
Argentina, cujos indicadores oficiais estão na mesma categoria das
previsões da Mãe Dinah (ou do ministro “levantador de PIBs”, Guido
Mantega), estamos dando passos largos no processo de descrédito, tanto
que até mesmo o TCU já tem apontado a “argentinização” da nossa
contabilidade.
Uma semana depois da publicação do artigo do
Globo, qual a repercussão que mais este escândalo bilionário teve até
aqui? Uma citação no site da Veja e só! Nem mesmo a TV Globo, do mesmo
grupo do jornal que publicou o artigo, falou absolutamente nada sobre o
assunto.
Por que isso acontece?
Aliás, não só neste
caso, mas em vários outros que envolvem diretamente o inimputável Lula,
como, por exemplo, o enriquecimento meteórico do seu filho Lulinha; os
desdobramentos do caso Rosemary, abafado assim que veio à tona seu
affair com o ex-presidente; as numerosas “intermediações” em negócios
envolvendo empreiteiras brasileiras no exterior; assim como o seu
próprio meteórico enriquecimento, bem acima do que poderia enriquecer
com o salário de presidente ou com suas bem pagas “palestras” para fazer
publicidade de si mesmo e, de quebra, queimar ainda mais o filme dos já
combalidos tucanos.
E o que dizer de algumas dessas empresas financiadoras de tais palestras receberem empréstimos subsidiados do BNDES?
Como
uma empresa poderia justificar aos seus acionistas o pagamento de R$
100 mil reais por uma palestra de cinquenta minutos de um ex-presidente
semianalfabeto que se vangloria de tal “formação”?
Tudo legal
responderão os petistas. De fato, a nível contábil está tudo
justificado. Empresas recebem dinheiro emprestado e palestrantes recebem
por suas “sábias” palavras. Mas, e a ética onde fica? Cadê os caras
pintadas que derrubaram um presidente por causa de um Fiat Elba e um
suposto empréstimo de U$ 3,7 milhões no Uruguai? Será que é por estes
desmandos que os blacks blocs estão quebrando tudo?
Nada mais surpreende.
Nada mais escandaliza.
Mudamos de patamar.
Dos milhões passamos para os bilhões e nada mais acontece.
Os escândalos não mobilizam nem mesmo a grande mídia.
Mas afinal, se a imprensa é “golpista”, como dizem os petistas, por que Lula nunca é investigado?
Por
que não foi réu do mensalão, já que suas impressões digitais constam
nas cartas enviadas a milhões de aposentados oferecendo os malditos
empréstimos consignados do BMG, uma das fontes de financiamento do
esquema?
Por que diabos um presidente iria fazer papel e garoto
propaganda de um até então inexpressivo banquinho que em pouco mais de
dois anos teve um crescimento de patrimônio de mais de 250% e hoje já
faz parte do seleto grupo de maiores bancos do país?
Tudo
absolutamente normal, dirão os fanáticos petistas. Ninguém consegue
pegar Lula, assim como no Brasil ninguém pega Maluf, seu novo amigão
desde a infância e que, pelo jeito, deve ter dado uma consultoria ao
petista sobre como despistar a justiça brasileira. Brasileira, que fique
bem claro, pois se botar um pé fora do Brasil, o Maluf é preso pela
Interpol.
No mesmo caminho, Lula está prestes a ser convocado
pela justiça da Costa Rica para depor sobre outro escândalo bilionário
envolvendo uma empreiteira brasileira, cujo negócio contou com o lobby
do então presidente (ver aqui). Ou seja, não contente com a corrupção aqui, Lula exportou corrupção para outros países.
E ninguém fala nada.
E por que nada acontece?
Porque
virou lugar comum a mistura entre negócios privados e canetadas
públicas, um pré-requisito básico do chamado “capitalismo de estado”, a
nova meta dos esquerdistas, já que o comunismo provou na prática a sua
impossibilidade, algo já provado na teoria por Mises desde o início do
século passado.
Os “indícios” de corrupção estão por toda a
parte. Nos conselhos de estatais, fundos de pensão, ONGs, licenças para
emissoras de rádio e TV, licitações publicas, nas concessões de
empréstimos à empresas de amigos do rei e nada acontece. Tudo é
justificado com a palavra mágica “empréstimo”.
O problema é que o
emprestador, ou seja, o povo brasileiro, tem levado sucessivos calotes
(e ainda levará outros tantos) sem a menor punição dos culpados nem a
devolução dos recursos.
Alguém tem esperança de que Eike devolva aos cofres públicos os bilhões que pegou no BNDES?
Alguém
tem esperança de receber de volta os R$ 8 bilhões investidos na Oi,
agora que seu valor de mercado hoje mal chega aos R$ 7 bilhões?
E os bilhões gastos nas tentativas fracassadas de criar os chamados “campeões nacionais”?
E os elefantes brancos da copa?
E
os mais de U$ 1 bilhão de prejuízo que o petista Sérgio Gabrielli deu a
Petrobrás com a desastrosa compra de uma refinaria norte-americana?
Alguém vai ser punido?
Ou melhor, alguém vai devolver a grana subtraída dos cofres públicos?
E
tudo isso acontece sem causar a menor repercussão. No máximo, uma
matéria rápida aqui e ali, dentro dos parâmetros do jornalismo tolerável
por Lula e que ele descreveu tão na cara de pau no último Foro de São
Paulo. “O jornalista não tem que dar opinião. Tem apenas que noticiar o
fato e só!”.
Ou seja, na visão do novo doutor em jornalismo, não
deve mais existir jornalismo opinativo. Não deve mais existir
colunistas. Mas, e os blogs “jornalísticos” financiados pelo governo,
podem dar opinião?
E por que a imprensa não fala nada sobre o
Foro de São Paulo, uma das mais bem sucedidas conspirações esquerdistas
para chegar ao poder (com ligações com os narcotraficantes das Farc) que
já fez nada mais nada menos que 14 presidentes latino-americanos, desde
a primeira reunião no início dos anos 90?
Com exceção da Veja,
uma das últimas trincheiras contra o petismo no Brasil, os demais
veículos de comunicação estão todos acovardados diante do poder do PT.
Ninguém quer bater de frente com Lula, afinal são empresas que dependem
de audiência (cuja maioria adora Lula) e de verbas publicitárias do
governo.
Não é estranho que a odiada Globo continue recebendo do governo petista a esmagadora maioria do gordo orçamento publicitário?
Não é estranho Lula se reunir com um dos filhos de Roberto Marinho e,
dias depois, o Fantástico lançar com exclusividade uma das reportagens
que mais contribuíram para a recuperação da popularidade de Dilma?
O que eles teriam conversado?
Mas
as contradições não param por aí. A mesma Globo que os petistas dizem
que quer derrubar o PT, mantém em seus quadros jornalistas como Paulo
Moreira Leite, autor do livro “A outra história do Mensalão”, que conta a
versão petista do julgamento.
Aliás, se a Globo é de direita, por que diabos ajudou a derrubar Collor?
Por
que tem exibido tantos filmes e minisséries que reforçam o esquerdismo,
como, por exemplo, “Lula, o filho do Brasil” e “Anos Rebeldes”?
Por
que diabos manteve Franklin Martins como comentarista político durante
tantos anos, a exemplo de tantos outros jornalistas que hoje fazem parte
da imprensa chapa branca do PT?
E os atores globais que não
apenas vestiram a camisa do PT em eleições passadas, como ainda vestem
hoje, inclusive com filiados de carteirinha, como o José de Abreu, por
exemplo?
E os vários autores de novelas comunistas como Janet
Clair e Dias Gomes, por exemplo, que ajudaram a demonizar a direita em
pleno regime militar?
E o que dizer da Folha e da Istó É que, a
exemplo da Globo, também têm feito “médias” com o PT? Como é que uma
investigação sigilosa do CADE, subordinado ao Ministério da Justiça,
vaza apenas os dados que envolvem os metrôs de São Paulo e Brasília,
então administrados pela oposição?
E o resto dos contratos da
empresa alemã com o governo federal, não têm também superfaturamento?
Será que algum dia saberemos ou este será mais um caso de “segredo de
estado”, como os empréstimos aos cubanos e angolanos?
A revolução permanente
Ficou
confuso? Calma. Existe explicação. Tudo se encaixa perfeitamente na
estratégia gramscista de perpetuação no poder, via conquista gradativa
da hegemonia da opinião pública. A primeira etapa deste processo
aconteceu em meados do século pasado quando o marxismo cultural passou a
dominar o meio acadêmico.
As gerações formadas por estes
professores chegaram aos jornais já na época do regime militar. Quem
viveu a época sabe que as redações passaram a ser também redutos de
esquerdistas, sob complacência dos militares que, mesmo nos anos da
guerrilha do Araguaia, permitiram que uma revista declaradamente de
esquerda, como o Pasquim, por exemplo, alcançasse uma tiragem de 200 mil
exemplares.
Os militares poderiam fechar tal revista?
Podiam,
mas não o fizeram pelos mesmos motivos que o PT hoje tem que tolerar a
Veja: a opinião pública. Ações extremas podem desencadear reações também
extremas, o que tende a torna o exercício do poder um pouco mais
cauteloso que seus ocupantes gostariam de ser.
E assim como a
educação e a imprensa foi dominada pelos esquerdistas, mais recentemente
a politica também. Boa parte dos revolucionários esquerdistas dos anos
60 e 70 hoje são deputados, senadores, prefeitos e até presidente da
república.
Ninguém quer ser de direita no Brasil, afinal
ninguém quer ser identificado com os torturadores militares, mesmo estes
tendo evitado uma revolução semelhante à cubana no Brasil que poderia
ter multiplicado por mil o número de mortos do regime militar, como
aconteceu em Cuba e em todos os países onde tentaram implantar o
socialismo.
Portanto, para a revolução marxista gramscista ser
completa, basta agora conquistar os dois redutos mais reacionários da
sociedade: a igreja e o empresariado. O marxismo bem que tentou suprimir
ambos os setores da União Soviética sem sucesso. Gramsci visitou a
Rússia nos tempos áureos do Comunismo e, já naquela época, percebeu que
aquilo não daria certo.
Desde que voltou a Itália e começou a
escrever seus Cadernos do Cárcere, Gramsci abandou o comunismo como
ideal a ser conquistado, defendendo como alternativa um socialismo
“democrático” apoiado numa hegemonia da opinião pública construída por
décadas de ações “educativas” em todos os setores da sociedade. Se não
conseguir acabar de vez com um setor reacionário, é preciso miná-lo,
infiltrar-se entre eles para domesticá-los, ensinaria Gramsci. E tem
sido assim desde então.
A Teologia da Libertação é o braço
gramcista marxista da Igreja Católica, apesar do gramcismo e do marxismo
pregarem, com toda as letras, a abolição das religiões e da família.
Como conciliar tal contradição? Via “igualdade”, o discurso que
justifica e legitima todos os esforços dos religiosos esquerdistas na
luta para derrubar o grande mal capitalista.
Com os empresários a
luta é mais intensa, afinal são eles os maiores produtores de riqueza
que mantém o sistema funcionando e, portanto, são os que mais resistem
ao aumento da carga tributária. Se não é possível cooptar todos, então é
preciso cooptar os mais poderosos, via concessão de empréstimos,
subsídios, incentivos fiscais ou simplesmente dificultando a entrada de
concorrentes no mercado, o que pode ser conseguido via aumento de
impostos de importação ou modificando a legislação da regulação dos
setores monopolizados, como, por exemplo, o decreto assinado por Lula
que possibilitou a compra da Brasil Telecom pela Oi, justamente a
empresa que um de seus filhos é um dos maiores acionistas. Só este fato
já seria suficiente para Impeachment em qualquer país sério. Mas no
Brasil, o máximo que este tipo de coisa rende hoje são alguma linhas no
noticiário.
Enfim, são estes alguns dos variados mecanismos que
possibilitam a aparente contradição de alguns capitalistas apoiarem
governos socialistas. Tais mecanismos de cooptação também são
frequentemente usados com grandes conglomerados de comunicação. Quem não
lembra do socorro milionário ao Grupo Silvio Santos, às vésperas das
eleições de 2010? E o que dizer das relações entre o governo do PT e o
Grupo Edir Macedo, dono da segunda maior emissora de TV do país, a mesma
que tem como um dos principais âncoras o blogueiro chapa branca número
um, o Paulo Henrique Amorim?
Portanto, ao contrário do que muita
gente pensa, as relações de bastidores entre o governo e a chamada
“mídia golpista” é muito diferente da guerra declarada que eles tentam
passar para os “idiotas úteis”, os militantes inocentes assim definidos
pelo próprio Gramsci.
Mas isso não é tudo. Além dos mecanismos
de cooptação citados acima, as empresas de comunicação tem algumas
particularidades que, em muitos casos, até facilitam o controle pelo
populista do poder. Quanto maior a audiência, maior o potencial
publicitário. Acontece que, com exceção dos veículos de nicho de mercado
ou aqueles que têm um público fiel, como a Veja, por exemplo, a maioria
dos veículos disputam a audiência da grande massa, a mesma que apoia o
governo populista.
E como governos populistas sempre se
apresentam como “perseguidos” por poderosos grupos de mídia (mesmo que
estes concorram entre si), acabam impondo um autopoliciamento a tais
veículos, afinal qualquer viés contrário ao governo em alguma reportagem
pode provocar grandes repercussões, dar mais combustível as teses
conspiracionistas, além de manchar ainda mais o nome da empresa, o que,
por sua vez, pode se traduzir em boicote por parte da massa mais
“politizada”.
Este é o caso da Globo e da Folha hoje.
Se
estes veículos tiverem a oportunidade de divulgar algum furo de
reportagem, mesmo que aparentemente contrário a sua linha editorial,
eles irão divulgar sim, afinal esta é uma forma de “equilibrar” seu grau
de imparcialidade e amenizar a fúria da militância política.
Além
de tudo isso, existe ainda a reputação do veículo dentro do próprio
veículo. Vamos tomar o caso da Revista Época, por exemplo, que emprega o
jornalista petista Paulo Moreira Leite, ou mesmo a Rádio CBN (também da
Globo) que tem como colunistas Valter Maierovitch que também é
colunista da Carta Capital.
O que aconteceria se os comentários,
reportagens ou artigos desses colunistas começassem a sofrer censura da
cúpula dos veículos?
No mínimo tais pressões renderiam um fato
político. Tais jornalistas pousariam de ídolos para os idiotas úteis da
militância política por não se renderem às pressões dos patrões o que
lhes renderiam, no mínimo, um emprego em uma empresa concorrente, um
financiamento para mais um blog chapa branca, como os Azenhas, PHAs e
Nassifs, por exemplo, ou talvez um cargo no marketing do governo, uma
candidatura ou talvez um livro “bombástico” revelando os bastidores da
“imprensa golpista”.
No fundo, a maior censura que os
jornalistas recebem todos os dias vem da opinião pública e não dos donos
dos veículos, muito mais preocupados em garantir a sobrevivência de
suas empresas do que com as supostas conspirações que os militantes
fanáticos acreditam serem os mentores.
Muito pelo contrário,
quem conhece um pouco dos bastidores da mídia sabe das críticas públicas
do falecido dono do Estadão, Ruy Mesquita, em relação ao poder da
Globo. Ou seja, Ruy nunca considerou a Globo uma aliada e sim uma ameaça
ao seu jornal, aliás como deve acontecer com outros veículos com menor
poder de fogo.
Portanto, ao contrário do que os idiotas úteis
acreditam, o mundo real é bem mais complexo do que a guerrinha do “bem
contra o mal”, onde eles acreditam serem os “mocinhos”. Entre o preto e o
branco existem milhões de tons cinza e uma infinidade de táticas de
manipulação que atuam diariamente na vida das pessoas e que,
infelizmente, a maioria nem percebe.
O que acontece no Brasil
hoje (e de forma mais adiantada em países como a Venezuela, Argentina,
Bolívia e Equador) é a programada Revolução Silenciosa preconizada por
Gramsci e discutida e rediscutida todos os anos no Foro de São Paulo,
esta sim uma conspiração real, com objetivos claros e com uma poderosa
rede de influência que envolve dezenas de organizações que atuam
diretamente na mobilização das massas em quase todos os países da
América Latina.
O círculo do silêncio da imprensa que citamos
neste post é apenas um sintoma dessa revolução. Ela resulta de uma
complicada teia de relações que envolvem chantagens, propinas,
cooptação, lobby e, por fim, o estabelecimento da autocensura à própria
imprensa, uma vez que tocar em certos assuntos mais delicados (que
envolvem diretamente Lula, por exemplo) equivale entrar num caminho sem
volta com consequências quase sempre desfavoráveis aos veículos de
comunicação, como tem ocorrido nos diversos exemplos recentes nos nossos
vizinhos bolivarianos cuja revolução cultural marxista encontra-se em
processo mais adiantado.
Que o digam os principais veículos de
comunicação venezuelanos fechados ou forçados a serem vendidos aos
amigos do rei, ou mais recentemente na Argentina, onde o Clarin terá que
vender várias de suas empresas para se ajustar a nova “Ley dos Medios”,
aprovada recentemente pelo governo populista de Cristina Kirchner.
Para quem não sabe, o PT tem um projeto similar para o Brasil.
Seria este um dos assuntos discutidos entre Lula e o vice-presidente da Globo?
BLOG Resistência Democrática
Nenhum comentário:
Postar um comentário