sexta-feira, 25 de abril de 2014

Executivo do laboratório de doleiro trabalhou em campanha de Dilma



Por Painel
25/04/14 03:30 
 
Recursos humanos O executivo Marcus Cezar Ferreira de Moura, que a PF suspeita ter sido indicado pelo petista Alexandre Padilha para dirigir o Labogen, do doleiro Alberto Youssef, trabalhou na campanha de Dilma Rousseff em 2010. Moura recebeu R$ 27.391,24 pelo trabalho, em cinco pagamentos feitos de 30 julho a 29 de outubro —antevéspera do 2º turno. O nome do executivo está listado na prestação de contas registrada no TSE. Ele também foi filiado ao PT paulista de 1994 a 2008.

Intimidade Aliados de Padilha sentiram o impacto da revelação da ligação de Moura com o laboratório do doleiro e dizem que não será fácil ao pré-candidato do PT negar seu vínculo com o ex-assessor, a quem sempre tratou como “Marcão”.

Sem tapetão Em reunião na manhã de ontem na Casa Civil, o governo federal decidiu acelerar a indicação dos nomes e o início dos trabalhos da CPI da Petrobras para tentar evitar suspeitas de que tenta esconder possíveis escândalos de corrupção na gestão da empresa.

Sem tapetão 2 Conselheiros de Dilma opinaram que o plenário do STF tende a confirmar a decisão tomada por Rosa Weber, o que levou o Palácio do Planalto a orientar o PT a não recorrer.

Zaga A ideia do Planalto é controlar com lupa as indicações para a CPI. Os líderes deverão submeter os nomes previamente ao ministro Ricardo Berzoini. A ordem é não escalar candidatos que possam “tremer” diante da pressão das bases eleitorais.

Curinga A exceção da regra de que candidatos não integrem a CPI deve ser Gleisi Hoffmann (PT-PR), que pode ficar com uma suplência para reforçar a defesa do governo.

Bola fora O Planalto foi pego de surpresa com a decisão da ministra Rosa Weber. O briefing dos auxiliares da presidente era o de que a magistrada delegaria a decisão ao plenário da corte.
Fora da curva Uma das preocupações dos senadores petistas com a CPI é a imprevisibilidade de um depoimento do ex-presidente da estatal José Sérgio Gabrielli. O partido defende uma conversa franca do governo com ele para tentar segurá-lo.

Tabuleiro Um tucano explica por que Aécio Neves (PSDB) deve ficar fora da CPI: “Quando se avança no campo de batalha, quem fica na linha de frente não é o marechal. Ele fica atrás, de binóculo, comandando a tropa”.

Tudo junto Aécio convidou um membro do Conselhão da Presidência para participar da elaboração de seu programa de governo. O nome é João Inocentini, dirigente do Solidariedade, que já foi presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados.

Secessão O senador Jorge Viana (PT), ex-governador do Acre, diz que a prefeitura e o governo de São Paulo precisam de “mais sensibilidade” para a chegada de haitianos à capital paulista. “O governo do Acre não tem condições de abrigar esses refugiados. Como é que a cidade mais rica do país vai expulsá-los?”

Prepara O petista, que é irmão do governador Tião Viana, vai além: “Eles estão no Acre de passagem e querem ir para outros Estados para trabalhar. Se São Paulo acha que 400 pessoas é muita coisa, eles que aguardem. Logo, serão milhares.”
Alves
Não vai ter folia Em meio à crise dos haitianos, o governo do Acre desistiu ontem de promover o Carnaval fora de época, que havia sido prometido por Tião para o período de 1º a 4 de maio. Em fevereiro, o Carnaval foi cancelado devido à cheia do rio Madeira, que isolou o Estado.


TIROTEIO

“Alckmin quer multar até São Pedro, mas a falta de planejamento não é culpa do povo nem do santo. Isso, sim, deveria dar multa.”

DO DEPUTADO ESTADUAL ANTÔNIO MENTOR (PT-SP), sobre o projeto do governo de instituir cobrança extra para quem aumentar o consumo de água.

CONTRAPONTO

Hipocondria no plenário

O vereador Paulo Fiorilo (PT) discursava em sessão na Câmara paulistana em defesa da aprovação de um projeto de lei, a que a oposição se opunha. Mostrou então um frasco do remédio Memoriol para os rivais, e disse que o medicamento era para que eles se recordassem de que o projeto é originário da gestão Gilberto Kassab (PSD).

Quando o petista encerrou a fala, o tucano Andrea Matarazzo sacou um frasco de Tylenol e pediu a palavra.

— Então, isso é para tentar aliviar a dor de cabeça que essa prefeitura causa e as dores das caneladas que a base aliada do prefeito impõe!

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