Edição
do Alerta Total – www.alertatotal.net
Informações
preciosas obtidas por alta espionagem privada, inconfidências no invejoso “fogo
amigo” petista e delações seletivas, premiadas ou não, feitas à Polícia e á
Justiça Federal por presos ou condenados em vários escândalos. Estas são as
armas letalmente usadas, de agora até a campanha reeleitoral, para destronar o
PT do poder. Esta é a explicação encontrada por membros da cúpula petista para
o estouro de escândalos em profusão contra personagens estratégicos que rodeiam
Luiz Inácio Lula da Silva e demais companheiros que loteiam o grande condomínio
da República Sindicalista do Brasil.
A desgraça vem a conta-gotas. Uma incômoda CPI da
Petrobras, a incontrolável Operação Lava Jato e a retomada da Operação Porto
Seguro, devem trazer novas revelações comprometedoras para detonar o PT. Assim
que parte do PMDB saltar para algum barquinho da oposição, o PTitanic ficará
totalmente abandonado, à deriva. O problema será como desinfestar a máquina
estatal, aparelhada pela criminosa petralhada ou pelos seus meros componentes
da “boquinha”. Além de tenso e violento, o processo tende a gerar alto desgaste
para o próximo governo – seja ele qual for.
O escândalo
Pasadena – que ganha destaque para atingir diretamente a gerentona Dilma
Rousseff – é apenas a pontinha do escatológico iceberg. A inevitável CPI da
Petrobras será apenas a abertura da porta da privada dos 12 anos de desgoverno
petralha. Tem também as pouco claras compras das refinarias Nansei (Japão) e
San Lorenzo (Argentina). O desastre de planejamento e gastos superfaturados na
refinaria Abreu e Lima (Pernambuco) e no Complexo Petroquímico do Rio de
Janeiro (em Itaboraí).
Merecem atenção da
CPI, da PF, do MPF e da Justiça as caixas pretas da Petrobras Internacional
Finance Company (Pfico), Petrobras Global Finance BV e as misteriosas
aplicações no fundo BB Milenium. Sem falar na Gemini, nas joint ventures com as
empreiteiras, nas Plataformas holandesas alugadas a preços exorbitantes, na
Conta Combustível que nunca fecha, num empréstimo milionário para a Oi e nos
segredos ocultos desde o fechamento de capital da Br Distribuidora, primeiro
ato no comecinho do primeiro governo Lula, em 2003).
A Petrobras ganha
destaque negativo porque perdeu mais de R$ 200 bilhões em valor de mercado, só
no desgoverno da gerentona Rousseff. A estatal de economia mista tem uma dívida
líquida de R$ 221 bilhões. O endividamento da empresa já alcança 36% do valor
patrimonial. Há 11 anos a Petrobras não consegue cumprir suas metas internas de
produção. Mas a principal bronca de investidores é a fábrica de prejuízos com a
conta combustível. A empresa importa gasolina e diesel a preços acima do valor
repassado aos consumidores – que já pagam um absurdo em impostos por
combustível batizado com álcool.
Muitos outros icebergs
de corrupção colocam o PTitanic em uma gelada, até a hora do afundamento final.
As revelações bombásticas, desestruturadoras dos políticos e empresários a eles
ligados, parecem incontroláveis. A cúpula petista já sabe que é alvo fácil de
uma guerra assimétrica. Os ataques, nem tanto de surpresa, vêm de todos os
lados. Mais apavorantes que as ações de inimigos ou oposicionistas são as
traições internas. Membros do esquema que caem em desgraça judicial abrem o
bico e, querendo ou não, comprometem os demais comparsas em efeito dominó. Os
petralhas se transformaram em um tumor combatido por um retrovírus mutante.
A única certeza é
que se trata de uma campanha de destruição financiada de fora para dentro.
A governança do crime organizado no Brasil, que antes beneficiava seus grandes investidores, fugiu completamente do controle. A má gestão, a corrupção sistêmica e as falhas imperdoáveis de planejamento inviabilizam ou geram alto risco de fracasso para a maioria dos negócios mi ou bilionários. Por isso, a Oligarquia Financeira transnacional resolveu apostar seus recursos em novos cavalos. Os burros do páreo atual – espertos apenas para acumular riquezas na base da vagabundagem e da roubalheira – serão inevitavelmente trocados por novas marionetes políticas.
A governança do crime organizado no Brasil, que antes beneficiava seus grandes investidores, fugiu completamente do controle. A má gestão, a corrupção sistêmica e as falhas imperdoáveis de planejamento inviabilizam ou geram alto risco de fracasso para a maioria dos negócios mi ou bilionários. Por isso, a Oligarquia Financeira transnacional resolveu apostar seus recursos em novos cavalos. Os burros do páreo atual – espertos apenas para acumular riquezas na base da vagabundagem e da roubalheira – serão inevitavelmente trocados por novas marionetes políticas.
Os detonadores
atendem por vários nomes – na hipótese levantada pela cúpula petista. Marcos
Valério, Roberto Jefferson e Henrique Pizzolato têm informações explosivas do
escândalo do Mensalão. Alberto Youssef, seu sócio Paulo Roberto Costa e muitos
doleros carregam as bombas da Operação Lava Jato. Tudo pode respingar, como um
acido ativo, em gente e empresas poderosas. As vitimais recentes, até agora,
são o futuro ex-deputado André Vargas e o ex-ministro da Saúde, Alexandre
Padilha. Cotadas como próximas vítimas – que ainda não aparecem no noticiário,
mas já têm seus nomes lembrados no submundo dos lobistas: Guido Mantega,
Antônio Palocci, José Dirceu e gente muito próxima de Luiz Inácio Lula da Silva,
incluindo seus parceiros de negócios.
Silenciadores
Padilha vai pra casa...
O Globo informa que
um relatório da Polícia Federal sobre uma parte da Operação Lava-Jato pode
complicar a situação do ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha, pré-candidato
ao governo de São Paulo pelo PT, e do deputado Cândido Vacarezza (PT-SP).
O ex-ministro se
enrolou de vez por ter indicado o executivo Marcos Cezar Ferreira de Moura para
a diretoria do Labogen, laboratório que tem entre seus sócios o doleiro Alberto
Youssef, o principal alvo da Operação Lava Jato.
Escolhido para
firmar um contrato de R$ 31 milhões com o Ministério da Saúde, o Labogen só
perdeu o negócio depois que as relações suspeitas entre André Vargas e Youssef
foram tornadas públicas.
Dólar Furado
Conversas indiscretas
Escutas legais em
conversas de André Vargas revelam que Marcos Ferreira fora indicado para a
direção do Lobogen por Alexandre Padilha.
A investigação
também descobriu que que o deputado
Cândido Vacarezza participou de uma reunião em Brasília com Youssef e André
Vargas para tratar de negócios com o doleiro.
Teria também
participado do encontro Pedro Paulo Leoni Ramos, ex-ministro do governo do
ex-presidente Fernando Collor de Mello.
Collor salvo
A impunidade e a
injustiça, por lentidão ou incompetência na instrução do processo judicial,
proporcionaram ontem um espetáculo dantesco no Supremo Tribunal Federal.
O hoje senador
Fernando Collor de Mello foi absolvido das acusações de peculato, corrupção
passiva e falsidade ideológica – 22 anos depois de afastado da Presidência da
República, em 2 de outubro de 1992.
Collor já tinha
sido absolvido pelo STF em 1994 no processo de corrupção também por falta de
provas de seu envolvimento com a arrecadação ilegal de dinheiro comandada por
Paulo César Farias, o ex-tesoureiro da campanha presidencial.
Que demora...
A denúncia do
Ministério Público – pedindo a condenação de Collor pela assinatura de
contratos fraudulentos com empresas de publicidade quando era presidente, entre
1990 e 1992 - foi recebida na Justiça comum em 2000.
O caso chegou ao
STF apenas em 2007 e ficou parado no gabinete da relatora, a ministra Cármen
Lúcia, de 2009 a 2013.
A demora para
julgar foi tanta, que os crimes de corrupção passiva e falsidade já estavam
prescritos.
Reclamação
Ao final do
julgamento de ontem, o Presidente do STF, Joaquim Barbosa, lamentou as
prescrições antes mesmo do julgamento, e se recusou a votar:
“Isso é um retrato
de como funciona a justiça criminal brasileira, com tropeços, com mil
dificuldades. É isso. Esse caso chegou aqui em 2007. Vocês tirem suas
conclusões”.
Pior que ouvir isto
foi o desabafo da vice-procuradora-geral da República, Ela Wiecko, que defendeu
a condenação de Collor:
“É aterrador como
se desvia recursos públicos neste país”.
Parecido com o
Mensalão...
O esquema denunciado pelo Ministério Público tinha vários pontos de semelhança com o mensalão do governo Lula, condenado pelo STF.
O esquema denunciado pelo Ministério Público tinha vários pontos de semelhança com o mensalão do governo Lula, condenado pelo STF.
Segundo a denúncia,
agências de publicidade eram contratadas por meio de concorrências ilegalmente
direcionadas.
Em troca do favor,
as empresas pagavam propina a assessores diretos do então presidente.
Parte do dinheiro
desviado teria sido usado para custear a pensão a um filho tido por Collor fora
do casamento, mas como nada ficou comprovado...
Festança
Festança
Os oito ministros
presentes à sessão concordaram que não havia prova suficiente para condenar
Collor por peculato.
Outros cinco o
absolveram de corrupção passiva e falsidade ideológica, mesmo que os crimes já
estivessem prescritos.
Os ministros Teori
Zavascki, Rosa Weber e o presidente do STF, Joaquim Barbosa, se recusaram a
julgar os crimes prescritos
No Twitter, Collor festejou: “ABSOLVIDO: Pela 2ª vez, o STF absolve o senador @Collor de acusações a ele imputadas durante o processo de impeachment... Os ministros do STF entenderam que não há provas contra o ex-presidente da República. @Collor é inocentado no STF por unanimidade de votos. Ministros consideraram que não há provas contra o ex-presidente:http://migre.me/iUKPI “.
No Twitter, Collor festejou: “ABSOLVIDO: Pela 2ª vez, o STF absolve o senador @Collor de acusações a ele imputadas durante o processo de impeachment... Os ministros do STF entenderam que não há provas contra o ex-presidente da República. @Collor é inocentado no STF por unanimidade de votos. Ministros consideraram que não há provas contra o ex-presidente:http://migre.me/iUKPI “.
Festival de CPIs
Desculpa aos navegantes
Por motivos
técnicos, hoje não publicaremos os habituais artigos de nossos colaboradores.
A partir de sábado,
esperamos retornar à situação de normalidade.
Inclusive,
publicando nossa página mais cedo, e não tão tardiamente como nesta
sexta-feira.
Sumidinha
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