CORREIO BRAZILIENSE - 25/04
Os peemedebistas ficaram meio desconfiados da atitude do
líder do PT, Humberto Costa (PE), em levar a CPI da Petrobras avante depois que
o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), anunciou que vem aí um
recurso contra a decisão da ministra Rosa Weber, do STF. Ficou a muitos a
impressão de que os petistas deixaram o desgaste de protelar a investigação nos
ombros do PMDB. Os senadores do partido não gostaram.
Em breve, os peemedebistas vão cobrar de Renan Calheiros que deixe de defender tanto o governo. Alguns começam a ver nas atitudes dele o mesmo comportamento do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Quando era líder do PMDB, Henrique Alves era acusado de fazer tudo para agradar ao PT e conquistar a presidência da Casa. Atualmente, Renan, dizem alguns senadores do partido, passa a ideia de que faz tudo para não desagradar ao PT e obter todo o apoio a Renan Filho, pré-candidato ao governo de Alagoas.
Em tempo: no Congresso, uma casa onde os inquilinos perdem os amigos, mas não as piadas, reina essa: “Se Renan não instalar a CPI, terá que pegar avião da FAB até para ir à farmácia”.
Foco do Planalto
Enquanto não sai a CPI da Petrobras, o Planalto tenta agradar àqueles que coordenam as comissões pelas quais o assunto navega. Na última semana, o presidente da Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara, Hugo Motta (PMDB-PB), esteve duas vezes no gabinete do ministro de Relações Institucionais, Ricardo Berzoini.
Entre o PT e o mandato...
Em vez da renúncia pedida pelo PT, o deputado André Vargas (PR) planeja se desfiliar do partido para, assim, tentar preservar o mandato. É que, depois da suspensão de Carlos Leréia (PSDB-GO), Vargas acredita que, se apostar na relação pessoal, sem o peso do PT nas costas, terá condições de obter o mesmo tratamento dispensado ao colega tucano.
...Vargas arrisca perder os dois
As diferenças, entretanto, são grandes. O caso Leréia é mais antigo e, à época, o tucano admitiu em plenário que tinha relações com o bicheiro Carlos Cachoeira. O caso André Vargas é mais recente. E corre o risco de chegar ao plenário quando o processo eleitoral estiver avançado. Em conversas reservadas, muitos dizem que o que vier do Conselho de Ética será acolhido.
Aécio joga com o tempo
O senador e presidenciável Aécio Neves (PSDB-MG) não vai escolher o vice agora. A ordem é esperar um pouco mais. Seus mais fiéis escudeiros acreditam que, quando ele subir um pouquinho mais nas pesquisas, poderá guindar quem quiser para compartilhar a chapa.
CURTIDAS
Famoso quem?/ Os peemedebistas nordestinos estão uma arara com o governo. Tudo por conta da indicação de um vereador de Maceió para comandar a Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), indicado pelo deputado Givaldo Carimbão, líder do Pros. Foi tudo acertado para Carimbão apoiar o filho de Renan ao governo alagoano.
Sem retorno/ A alguns amigos, a senadora Ana Amélia Lemos, do PP-RS, foi direta ao dizer que abandonou o projeto Eduardo Campos por causa de Marina Silva. “Fui convidada por eles, mas foi como convidar alguém para visitar uma casa e o anfitrião falar mal da roupa do visitante.”
Intimidade zero/ O atual comandante da Companhia Docas do Estado de São Paulo, Angelino Caputo Oliveira, errou o nome do ministro Antonio Silveira, da Secretaria de Portos, ao discursar na solenidade de posse. A muitos soou a maior falta de sintonia. O governo, entretanto, não ligou. Dilma Rousseff vive trocando nomes de autoridades nas solenidades.
O abraço do papa/ O vice-presidente Michel Temer está “se achando”. E não é para menos. Ao participar ontem da missa de canonização do Padre Anchieta, em Roma, ele foi reconhecido pelo sumo pontífice e recebeu um abraço. Temer foi o orador na despedida do papa, quando da visita ao Brasil para comandar a Jornada Mundial da Juventude. Dado o entusiasmo com que o papa o cumprimentou ontem, ficou a certeza de que causou boa impressão.
Em breve, os peemedebistas vão cobrar de Renan Calheiros que deixe de defender tanto o governo. Alguns começam a ver nas atitudes dele o mesmo comportamento do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Quando era líder do PMDB, Henrique Alves era acusado de fazer tudo para agradar ao PT e conquistar a presidência da Casa. Atualmente, Renan, dizem alguns senadores do partido, passa a ideia de que faz tudo para não desagradar ao PT e obter todo o apoio a Renan Filho, pré-candidato ao governo de Alagoas.
Em tempo: no Congresso, uma casa onde os inquilinos perdem os amigos, mas não as piadas, reina essa: “Se Renan não instalar a CPI, terá que pegar avião da FAB até para ir à farmácia”.
Foco do Planalto
Enquanto não sai a CPI da Petrobras, o Planalto tenta agradar àqueles que coordenam as comissões pelas quais o assunto navega. Na última semana, o presidente da Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara, Hugo Motta (PMDB-PB), esteve duas vezes no gabinete do ministro de Relações Institucionais, Ricardo Berzoini.
Entre o PT e o mandato...
Em vez da renúncia pedida pelo PT, o deputado André Vargas (PR) planeja se desfiliar do partido para, assim, tentar preservar o mandato. É que, depois da suspensão de Carlos Leréia (PSDB-GO), Vargas acredita que, se apostar na relação pessoal, sem o peso do PT nas costas, terá condições de obter o mesmo tratamento dispensado ao colega tucano.
...Vargas arrisca perder os dois
As diferenças, entretanto, são grandes. O caso Leréia é mais antigo e, à época, o tucano admitiu em plenário que tinha relações com o bicheiro Carlos Cachoeira. O caso André Vargas é mais recente. E corre o risco de chegar ao plenário quando o processo eleitoral estiver avançado. Em conversas reservadas, muitos dizem que o que vier do Conselho de Ética será acolhido.
Aécio joga com o tempo
O senador e presidenciável Aécio Neves (PSDB-MG) não vai escolher o vice agora. A ordem é esperar um pouco mais. Seus mais fiéis escudeiros acreditam que, quando ele subir um pouquinho mais nas pesquisas, poderá guindar quem quiser para compartilhar a chapa.
CURTIDAS
Famoso quem?/ Os peemedebistas nordestinos estão uma arara com o governo. Tudo por conta da indicação de um vereador de Maceió para comandar a Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), indicado pelo deputado Givaldo Carimbão, líder do Pros. Foi tudo acertado para Carimbão apoiar o filho de Renan ao governo alagoano.
Sem retorno/ A alguns amigos, a senadora Ana Amélia Lemos, do PP-RS, foi direta ao dizer que abandonou o projeto Eduardo Campos por causa de Marina Silva. “Fui convidada por eles, mas foi como convidar alguém para visitar uma casa e o anfitrião falar mal da roupa do visitante.”
Intimidade zero/ O atual comandante da Companhia Docas do Estado de São Paulo, Angelino Caputo Oliveira, errou o nome do ministro Antonio Silveira, da Secretaria de Portos, ao discursar na solenidade de posse. A muitos soou a maior falta de sintonia. O governo, entretanto, não ligou. Dilma Rousseff vive trocando nomes de autoridades nas solenidades.
O abraço do papa/ O vice-presidente Michel Temer está “se achando”. E não é para menos. Ao participar ontem da missa de canonização do Padre Anchieta, em Roma, ele foi reconhecido pelo sumo pontífice e recebeu um abraço. Temer foi o orador na despedida do papa, quando da visita ao Brasil para comandar a Jornada Mundial da Juventude. Dado o entusiasmo com que o papa o cumprimentou ontem, ficou a certeza de que causou boa impressão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário