sexta-feira, 25 de abril de 2014

Governo quer fiéis na CPI - ILIMAR FRANCO



O GLOBO - 25/04




O Planalto definiu os critérios para indicar os senadores à CPI da Petrobras. Estão fora dos planos os que serão candidatos e também os aliados que, pressionados, costumam vacilar. A ordem no governo e na oposição é partir para “o chumbo trocado”. Serão escalados nomes de peso. Pelo governo, os líderes José Pimentel e Humberto Costa. Na oposição, os líderes Aloysio Nunes e José Agripino.


 
O poder da maioria
O controle da CPI vai estar em jogo assim que ela for instalada. O governo terá maioria se ela for no Senado (10 x 3) ou se envolver a Câmara (20 x 6). Seu líder no Senado, Eduardo Braga (PMDB), acredita que “a maioria vai se manifestar na CPI”. Mas o líder do PSDB, Aloysio Nunes, não se preocupa com o fato de a oposição ser minoria. Ele prevê que “a comissão vai ser um catalisador e pegar um embalo na hora em que começar”. O governo vai tentar controlar seus trabalhos e conclusões. O Planalto quer o ex-líder no Senado Romero Jucá (PMDB) na presidência. Ele tem se esquivado, porque vai relatar o Orçamento. O PT quer indicar o relator, como na CPI do Cachoeira.

 

“Quero dizer que nós precisamos sair dessa ideia de que o PSDB privatiza e o PT destrói, e que o nosso destino é entre um e outro”
Cristovam Buarque, Senador (PDT-DF), sobre o maniqueísmo no debate da Petrobras



Em tempo real
O presidente do Senado, Renan Calheiros, soube da liminar da ministra Rosa Weber (STF), sobre a CPI da Petrobras, na escala em Paris com destino a Roma. Ele leu a notícia na internet e, segundo os que o cercavam, ficou calado. Sem reação.



 
Esperteza
Para que seus funcionários não sejam demitidos, o deputado Carlos Leréia (PSDB) pediu uma licença de 40 dias, que será anterior à licença de 90 dias. Ficando 130 dias fora, o suplente pode assumir. O suplente Valdivino de Oliveira (PSDB) foi condenado por improbidade, em 2010, pelo TJ-DF, por sua gestão na Secretaria de Fazenda do governador Joaquim Roriz (PMDB).

 

Cai, não cai
Uma parede que sustenta cerca de 20 gabinetes do Senado está sob risco de desabamento. Ela fica entre as alas Filinto Muller e Teotônio Vilela. O setor de engenharia colou uma folha avisando. Ontem, foi feito remendo com uma chapa de aço.

 

A vida não socorre a quem dorme
PSB e PSOL tentaram articular a indicação de um dos nomes da oposição para a CPI da Petrobras. Dançaram ao se darem conta de que até hoje integram o bloco do governo no Senado, com PT, PCdoB e PDT. O líder do PSB, Rodrigo Rollemberg (DF), descobriu que é um dos vice-líderes do governo Dilma. A oposição indica três senadores.

 

O santo
Na canonização do Padre José de Anchieta, ontem em Roma, o Papa Francisco surpreendeu os parlamentares brasileiros. O pontífice argentino rezou a missa praticamente toda em português, uma raridade no Vaticano.

 

O andar da carruagem
Devido à reação do DEM, a assessoria do PSDB diz que o candidato a vice de Aécio Neves só será definido em junho. E que o Solidariedade e o DEM serão ouvidos. Então, é isso: o senador Aloysio Nunes Ferreira vai ficar de molho até lá.

 

O SENADOR EDUARDO AMORIM (PSC) se ofereceu aos tucanos para ser o palanque de Aécio Neves (PSDB) em Sergipe. Ele concorre ao governo.

 

Postado por MURILO às 09:22


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