sábado, 12 de abril de 2014

PT monta operação para impedir que André Vargas dê com a língua nos dentes. Petista ameaça levar mais gente com ele.


sábado, 12 de abril de 2014  BLOG CoroneLeaks




André Vargas, em restaurante dos Jardins, com o bombeiro petista Florisvaldo Souza. O deputado petista ameaça botar a boca no trombone e afirma que não vai cair sozinho: " eu não sou o Zé Dirceu II".

Ameaçado por delação, o PT já garantiu a André Vargas o apoio total e irrestrito no seu julgamento pelo Conselho de Ética. Até o deputado sócio do doleiro Yousseff não ter ameaçado o partido, a postura era outra. Como primeira parte do planejamento, está a tentativa de desqualificar o relator do caso, afirmando que ele já fez um pré-julgamento. Júlio Delgado, deputado do PSB de Eduardo Campos e mineiro como Aécio Neves, condenou José Dirceu e não é homem para aceitar pressões.O futuro de Vargas é a perda do mandato.

Segundo o jornal O Globo, integrantes do PT estão incomodados com os pronunciamentos públicos feitos pelo deputado Júlio Delgado (PSB-MG), escolhido relator do caso André Vargas (PT-PR) no Conselho de Ética. Nos últimos dias, Delgado deixou claro que seu voto será pela abertura do processo no conselho devido às suspeitas de que ele tenha feito tráfico de influência e usado o mandato para ajudar o doleiro Alberto Youssef, preso há três semanas como suspeito de ter lavado R$ 10 bilhões. Aliados de Vargas dizem que as declarações de Delgado revelam que haverá um “linchamento” e, por isso, confirmam que Vargas deve antecipar o fim de sua licença e voltar à Câmara no dia 22. Inicialmente, ele ficaria dois meses longe da Casa para sair dos holofotes por 60 dias.

— O relator do processo anunciou o resultado de seu relatório sem nem ouvir o André. Por isso, ele tem que voltar para se defender. O Conselho não pode ter um processo de linchamento. O relator disse até que era bom para as eleições presidenciais — afirmou o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), amigo de Vargas.

Delgado, no entanto, nega estar violando o direito à defesa, mas reafirma sua disposição a ser rígido. — Não fui eu que fui ao plenário dizer inverdades. O que eu disse é que este caso tem mais questões públicas e notórias para encaminhar a admissibilidade do que tinha no caso do José Dirceu (do qual Delgado também foi relator). Mas os fatos alusivos ao nosso voto só ocorrerão depois do amplo direito de defesa e da oitiva de testemunhas. Talvez eles (do PT) estejam temerários em relação à minha postura, que eles conhecem. Aí, podem continuar temerosos — rebateu.

Após se licenciar temporariamente da Câmara, André Vargas passará este fim de semana em São Paulo preparando a defesa que apresentará ao Conselho de Ética e ao seu partido. Seu encontro com a comissão de três dirigentes do PT designados pela Executiva do partido para ouvi-lo sobre seu envolvimento com Youssef, que ocorreria ontem, foi adiado para segunda-feira.

— Queremos ouvir dele o que realmente ocorreu. Nós não temos nenhuma informação. O que nós sabemos até agora é apenas o que foi publicado pela imprensa, e há informações desencontradas. Vamos ouvi-lo, preparar um relatório e apresentar na próxima reunião da Executiva — explicou Alberto Cantalice, um dos integrantes da comissão.

Dos três integrantes do grupo, dois — Alberto Cantalice e Florisvaldo Souza — integram a tendência petista Construindo um Novo Brasil, a maior da legenda e a mesma de Vargas. O terceiro dirigente do grupo, Carlos Árabe, faz parte da Mensagem ao Partido, considerada mais crítica aos desvios de conduta de petistas.

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A propósito: a revista Isto É publica extensa reportagem afirmando que já há provas para encarcerar André Vargas. Acima, o diagrama da quadrilha montada pelo deputado.  Clique aqui para ler.

Graça Foster peita a PF e é advertida: entrega os documentos ou vamos vasculhar a empresa. Governo monta versão para esconder os fatos.

Presidente da Petrobras tenta impedir ação da PF na Operação Lava Jato II

O Estadão revela que, na Operação Lava Jato II, que ontem incluiu até mesmo busca e apreensão na sede da Petrobras, a primeira reação da presidente da Petrobrás, Maria das Graças Foster, ao receber os policiais, por volta de 9h, na sede da empresa, foi se recusar a repassar dados sobre um contrato milionário assinado na sua gestão com a empresa Ecoglobal Ambiental Comércio e Serviços. Avisada de que a resistência daria à PF o direito de vasculhar a empresa em busca dos documentos, uma vez que estava autorizada judicialmente por um mandado de busca e apreensão, a executiva recuou e liberou a papelada.

A negociação levou a permanência de um delegado e de três agentes na sede da Petrobrás por quase seis horas. De acordo com um segurança da sede da Petrobrás, os agentes policiais entraram a pé pela recepção da garagem do prédio, se identificaram e informaram sobre a Ordem Judicial, expedida pela Seção Judiciária do Paraná. Funcionários do setor jurídico da estatal desceram para receber os policiais ainda no estacionamento. Segundo o segurança, os agentes disseram que iriam cumprir "intimações" na estatal.

No final da noite, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, saiu em defesa da presidente da Petrobrás e repetiu o que as duas notas já haviam afirmado de que os documentos foram entregues pela empresa "espontaneamente". A nota divulgada pela Polícia Federal recebeu o aval de Cardozo antes de ser publicada.

Segundo fontes, o ministro compartilhou seu conteúdo com o colega da Casa Civil, Aloizio Mercadante, um dos mais próximos da presidente Dilma Rousseff. O texto apresenta duas explicações em referência aos mandados cumpridos nesta sexta. A Polícia Federal informa que "a Justiça Federal no Paraná expediu mandados de intimação prévia para que a Petrobrás apresentasse documentos. Como houve colaboração, não foi necessário o cumprimento de mandados de busca e apreensão para o êxito na obtenção desses papéis."

Menciona, também, que a "presidência da Petrobrás colaborou com os policiais federais apresentando os documentos, que foram apreendidos e contribuirão para a continuidade das investigações". A PF não explicou porque os agentes ficaram várias horas na sede da estatal, embora a justificativa seja que apenas foram coletados documentos, cuja entrega já havia sido acertada com a empresa.

A nota da Petrobrás informa que a estatal recebeu uma ordem judicial para entrega de documentação sobre um contrato investigado pela Polícia Federal. Segundo o comunicado, a presidente acionou "imediatamente" a gerência jurídica da empresa para dar encaminhamento às solicitações dos agentes. O comunicado informa ainda que a empresa cumpriu as determinações expedidas pela Seção Judicial do Estado do Paraná.

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