Número de governantes a desistir das urnas dobra em relação a 2010
Publicado: 6 de abril de 2014 às 15:13 - Atualizado às 19:15
A legislação exige que ocupantes de cargos no Executivo – tanto
secretários e ministros como governantes e vices – deixem os postos seis
meses antes da votação. Esse prazo termina neste sábado, mas as
renúncias precisam ser confirmadas em dia útil, por isso, na prática
todos precisaram se decidir até a última sexta.
O cearense Cid Gomes (PROS) e
a maranhense Roseana Sarney (PMDB) foram os últimos a confirmar a
permanência em seus respectivos governos. “Cheguei à conclusão de que
minha responsabilidade é permanecer no governo até o fim”, postou Cid no
Facebook, na tarde desta sexta.
“Concluir a obra que iniciei,
aperfeiçoar as políticas públicas sob minha responsabilidade e,
fundamentalmente, entregar o Estado do Ceará em boas mãos, me parece ser
o meu dever.”
Cid cogitava renunciar para que ele ou o irmão, o ex-ministro e
secretário da Saúde Ciro Gomes, pudessem disputar uma vaga no Senado. O
governador preferiu permanecer para manter o controle sobre a máquina
estadual e lançar um candidato do PROS. Isso frustra os planos da
presidente Dilma Rousseff, que esperava uma composição do grupo de Cid e
do PT com o PMDB do senador Eunício Oliveira, pré-candidato ao cargo.
No Maranhão, Roseana fez um rápido anúncio para dizer que fica no
governo. Será a primeira vez em 24 anos que a filha do senador José
Sarney (PMDB-AP) não disputa uma eleição.
Outro que desistiu de se candidatar em outubro é André Puccinelli
(PMDB). Ele abriu mão da candidatura ao Senado e deve apoiar sua vice,
Simone Tebet (PMDB). Jaques Wagner (PT-BA), Silval Barbosa (PMDB-MT) e
Teotonio Vilela Filho (PSDB-AL) já haviam dito que não sairiam
candidatos.
Transmissão
Além de Eduardo Campos (PSB-PE), renunciaram
Sérgio Cabral (PMDB-RJ), Antonio Anastasia (PSDB-MG), Omar Aziz
(PSD-AM), Wilson Martins (PSB-PI), Anchieta Júnior (PSDB-RR) e Siqueira
Campos (PSDB-TO).
Acuado pela queda de popularidade, Cabral disse ter
promovido uma “revolução social silenciosa no Rio”. Anastasia, que vai
coordenar o programa de governo do PSDB ao Planalto, disse deixar o
governo para “dar continuidade a um projeto político capitaneado pelo
agora senador Aécio Neves” e para “servir à causa mineira”. (Carmem
Pompeu, Ernesto Batista, Guilherme Soares Dias/Agência Estado)
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