07/04/2014 08h19
-
Operação da PF já prendeu 20 pessoas que atuavam no Porto de Santos.
Empresa do agente afirma que está à disposição das autoridades.
O empresário de jogadores de futebol Ângelo Marcos da Silva é suspeito
de comandar uma quadrilha de tráfico internacional de drogas que atuava
no Porto de Santos,
no litoral de São Paulo.
Uma operação da Polícia Federal, que ocorreu
na última semana, já prendeu 20 pessoas, mas outras 11 continuam
foragidas, de acordo com reportagem exibida pelo Bom Dia Brasil desta
segunda-feira (7).
Empresário de jogadores é suspeito de comandar
quadrilha
quadrilha
saiba mais
De acordo com a Polícia Federal, o empresário era coordenador da
quadrilha. Ele fazia os contatos com os fornecedores da cocaína e
controlava a qualidade da droga.
A Polícia Federalx monitorou mensagens
do empresário, que já está preso, com outros membros da quadrilha, que
comprovariam a participação de Ângelo Marcos da Silva no esquema que
levava cocaína para fora do Brasil.
Em uma dessas gravações, Ângelo combina com um comparsa a compra de um
carregamento. O empresário fala para o rapaz mandar uma foto e o
comparsa obedece.
A cocaína vem desenhada. “Isso é uma forma de eles
identificarem a qual organização pertence aquela droga que está sendo
encaminhada e exportada para fora do Brasil", explica o delegado da
Polícia Federal Reinaldo Campos Sperandio.
O empresário é sócio da empresa Plus Sports e Marketing Ltda,
responsável pela carreira dos jogadores Luciano, do Corinthians, e
Negueba, do Flamengo. As investigações, porém, não apontam elo entre o
agenciamento de jogadores e o tráfico de drogas.
Ângelo foi policial militar durante cinco anos. Ele trabalhou no 2º
Batalhão de Choque e foi expulso em 1997 por roubo. Em outubro do ano
passado, ele virou sócio da empresa que gerencia a carreira de jogadores
de futebol.
A Polícia Federal
acredita que parte do dinheiro usado na compra da sociedade veio do
lucro que a quadrilha tinha com o tráfico de drogas no Porto de Santos.
Ainda segundo a PF, um barco no valor de R$ 5 milhões foi comprado com o
dinheiro do tráfico de drogas. As investigações se concentram em outros
bens, como casas e empresas, para saber se foram comprados ou não com a
venda da cocaína.
Em nota, a Plus Sports afirma que está à disposição das autoridades
para auxiliar nas investigações e que os jogadores não vão se pronunciar
sobre o assunto. Ainda segundo a Plus Sports, o advogado do empresário
não quis gravar entrevista.
Também em nota, o Flamengo informou que a contratação de Negueba não
foi negociada com o empresário preso, e sim com o advogado do jogador.
Já o Corinthians não quis se pronunciar sobre o assunto.
Operação
Na última segunda-feira (31), a Polícia Federal (PF) cumpriu 46 mandados de prisão e 80 mandados de busca e apreensão para desarticular quadrilhas que fazem tráfico internacional de drogas utilizando o Porto de Santos. Fora os presos, mais de 3,7 toneladas de cocaína foram apreendidas – além de dinheiro, veículos e armas.
De acordo com a
polícia, essa é a maior apreensão dos últimos tempos no litoral de São
Paulo.
As operações Hulk e Oversea começaram em maio do ano passado. As
3,7 toneladas de cocaína foram apreendidas nesse período e somadas
durante as operações.
Segundo a Polícia Federal, a quadrilha usava contêineres para
transportar cocaína pura do Porto de Santos para a Europa, África e
Cuba. Ainda de acordo com a PF, a droga era colocada em mochilas e
sacolas, que eram inseridas nos contêineres por funcionários
particulares, sem o conhecimento dos donos das cargas ou dos navios. A
droga seguia junto com um lacre clonado.
No local de destino, membros da
organização criminosa rompiam os lacres, recuperavam a cocaína e
colocavam os lacres clonados, para não gerar suspeitas.
Segundo os delegados Reinaldo Sperandio e Ivo Roberto, responsáveis
pela divulgação da operação, as investigações começaram em maio de 2013.
"Não havia facilitação. Eles tinham um esquema.
De qualquer forma,
nossa investigação apontou que não havia participação dos funcionários
dos terminais portuários no esquema", explica Sperandio.
Ainda de acordo com Sperandio, a quadrilha tem participação no tráfico
de drogas e em vários crimes na cidade de São Paulo. O delegado explica
que essa foi uma das maiores apreensões da história do Porto de Santos.
"No último ano foram apreendidos 4 toneladas de cocaína.
Essa é a maior
dos últimos tempos, mas ainda vamos levantar para ver se existiram
outras dessas. Tivemos prisões na Baixada Santista, em São Paulo e no
Mato Grosso do Sul", afirma.
Ao todo, a Polícia Federal apreendeu 230 mil euros (R$ 721 mil), 10
veículos, uma lancha, 19 armas curtas e dois fuzis. As organizações
criminosas eram investigadas pela PF desde 2013, nas operações Hulk e
Oversea, que tinham como foco o tráfico de drogas via Porto de Santos.
Policia Federal apreendeu grande quantia em dinheiro
Corrente de ouro foi apreendida durante operação
Quase quatro toneladas de cocaína foram apreendidas
No total, foram apreendidas 3,7 toneladas de cocaína
Nenhum comentário:
Postar um comentário