Antônio Lavareda, à direita, é dono do Ipespe, instituto de pesquisa
que durante muitos anos assessorou os tucanos. Hoje está próximo de
Eduardo Campos e mantém negócios com Duda Mendonça (esquerda),
ex-marqueteiro de Lula em 2002 e absolvido no Mensalão.
Especialista em marketing eleitoral e comunicação
institucional, o cientista político Antônio Lavareda considera a eleição de
outubro a mais imprevisível desde a volta do país à democracia. E aponta
dificuldades especialmente no caminho da presidenta Dilma Rousseff. Em sua
opinião, a reeleição de Dilma está ameaçada por três fatores: a popularidade em
baixa, a percepção pessimista dos eleitores sobre os rumos da economia e o
desgaste do PT, após quase 12 anos no poder.
Essa, diz, é a explicação para a queda da presidenta nas pesquisas de opinião. Além disso, ela enfrenta forte rejeição do mercado financeiro. “Desde 1989, era das eleições presidenciais democráticas no Brasil pós-ditadura, nunca houve um candidato que tenha sido eleito ou reeleito sob o antagonismo manifesto do mercado”, constatou Lavareda, em entrevista ao (jornal) Brasil Econômico.
Com base nessa equação, afirma que “Dilma
está perdendo as condições de ser candidata” e pode ser substituída pelo
ex-presidente Lula até as convenções de junho. “Se o declínio nas pesquisas
continuar, será extremamente difícil o PT deixar no banco de reservas sua
principal estrela”. Ele não chega a cravar uma aposta na oposição, mas ressalta
que Aécio Neves e Eduardo Campos são identificados com o desejo de mudança por
serem “candidatos do Século 21”.
Como o sr. está vendo o cenário eleitoral, com o crescimento
de Aécio Neves na última pesquisa de intenção de votos?
O americano Thomas Holbrook (cientista político e professor
da Universidade Wisconsin-Milwaukee), estudando fatos que vêm antes das
eleições presidenciais dos Estados Unidos — um país onde o processo eleitoral
tem uma série histórica mais longa, que permite inferir as estatísticas de
forma mais robusta — elegeu três variáveis como as mais importantes para
segurar, ou não, a reeleição de um incumbente (titular do cargo) à Presidência.
Quais são essas variáveis?
A primeira é a popularidade do governante; a segunda, a
percepção da população sobre a economia; e a terceira, o tempo que o partido do
incumbente está no poder. Do ponto de vista da popularidade, Dilma está vendo
aproximar-se o início da campanha eleitoral em viés perigosamente de baixa de
sua avaliação positiva. As medições mais recentes apontam apenas 33% de ótimo e
bom, contra 31% de ruim e péssimo. É um percentual baixo.
Em segundo lugar, a percepção da economia, que neste momento é predominantemente negativa: 79% dos brasileiros dizem que o custo de vida aumentou nos últimos seis meses, segundo a pesquisa CNT/MDA. Sendo que 70,8% dizem que o principal item cujos preços viram aumentar nos últimos seis meses foi a alimentação. Ou seja, a inflação chegou à mesa dos brasileiros, e isso tem um potencial de produzir irritação muito grande.
Ainda pela proposição do Holbrook, quanto mais tempo um partido passa no poder, menos chances terá o incumbente de se reeleger. Nos EUA, de 1952 para cá, em todas as eleições realizadas à época da televisão, somente uma vez um partido conseguiu uma sequência de três mandatos. Foi o Partido Republicano, que elegeu Ronald Reagan em 1980, reelegeu-o em 1984 e conseguiu eleger seu vice-presidente, George Bush (pai), em 1988. Mas não conseguiu produzir um quarto mandato: Bush perdeu para Bill Clinton em 1992.
Assim, levando em conta essas três variáveis, vê-se que o cenário é bastante adverso, hoje, para a presidenta Dilma. Seria preciso que a economia melhorasse substancialmente, levando junto a percepção da população, e tudo isso se refletisse em sua popularidade. Mas é difícil que ocorra.
O tempo é curto, de três, quatro meses...
E há outro fator, que emite um sinal ainda mais preocupante
para Dilma. Desde 1989, era das eleições presidenciais democráticas no Brasil
pós-ditadura, nunca houve um candidato que tenha sido eleito ou reeleito sob o
antagonismo manifesto do mercado. Há uma manifestação objetiva e cotidiana do
mercado nos índices da bolsa de valores. Sintomaticamente, todas as vezes em
que a presidenta Dilma tem enfrentado dificuldades e assistido à queda de seus
índices de preferência, a bolsa de valores tem subido, automática e
simetricamente. Isso é inédito. Não estou dizendo que o mercado indica o
presidente, mas que, até hoje, não houve um candidato ou presidente vitorioso
que tivesse um visível antagonismo do mercado.
Em 1989, quando Fernando Collor começou a crescer, o mercado assistiu à sua ascensão aliviado, pois não queria Brizola e muito menos Lula. Em 1994 e 1998, o mercado assistiu e refletiu a satisfação com a ascensão de Fernando Henrique. Em 2002, até maio, o mercado tinha hostilidade com relação ao pré-candidato Lula, mas, exatamente por isso, ele confeccionou a “Carta ao Povo Brasileiro”. A partir de junho, tanto a oposição a Lula na mídia impressa quanto o próprio mercado arrefeceram na hostilidade ao candidato. Em 2006, podemos dizer que o mercado preferia A ou B, mas não havia sinais de hostilidade a Lula.
Em 2010, o mercado até assistia,
com boa vontade, o crescimento da candidata de Lula, então com 75% de avaliação
em ótimo/bom e, sobretudo, comandando o país em uma fase de crescimento do PIB
de 7,5%, sob os aplausos e a felicidade em larga latitude do mercado. Agora,
pela primeira vez, temos um candidato à reeleição sobre quem o mercado
manifesta desapreço.
Seria o caso de ela fazer uma nova “Carta aos brasileiros”?
Essa questão da carta era adequada a um candidato fora do
poder. Para Dilma, essa recomposição com o mercado teria de ser sinalizada de
forma mais objetiva. Por exemplo, pela substituição do ministro da Fazenda por
um nome mais sintonizado com o mercado, um Henrique Meirelles da vida, em relação
ao qual ela se comprometesse a garantir o máximo de autonomia e, sobretudo, sua
permanência em um eventual segundo mandato. Mas isso não tem ocorrido, e ela
está perdendo tempo. E o pacote de 1º de maio é um fator que agrava ainda mais
a situação da presidenta com o mercado.
Mas não fortalece a base de sustentação dela no Nordeste e nas classes C, D e E?
Obviamente, a presidenta fez uma aposta de estancar o
sangramento de seus índices de intenção de voto e deter, com isso, o “Volta,
Lula”, que vem ganhando volume. Ela sabe da leitura que o mercado fez do seu
pacote e imagina que pode ter chances de se reeleger a despeito da postura e da
compreensão do mercado em relação a ela. É óbvio que ela fez uma aposta. O
tempo dirá se foi correta, ou não.
Mas a gente pode chegar a um ponto que tenha um perfil do eleitorado como se vê, por exemplo, na Venezuela, em que você tem uma clara divisão entre as classes?
Nossa cultura política produziu um eleitorado menos
ideologizado do que em outros países latino-americanos, como Argentina, Uruguai
e, hoje, Venezuela. Nosso eleitorado é mais pragmático. Os partidos têm pequena
inserção na sociedade. O único partido que consegue ultrapassar dois dígitos na
preferência é o PT. Apenas ele.
Aécio Neves, pelo que se vê, tem o apoio do mercado, já que, quando ele sobe nas pesquisas, o mercado sobe também...
Não é bem um apoio do mercado ao Aécio. Na verdade, o
movimento do mercado, diametralmente oposto, é associado à presidenta Dilma: o
mercado não escolheu seu candidato, mas já definiu sua rejeição. E percebo que
há poucas chances de a presidenta fazer um movimento de recomposição com o
mercado.
E as outras candidaturas?
Os candidatos Aécio e Eduardo têm pontos em comum. O
principal deles é que, pelo corte geracional, ambos são candidatos do século
21. A eleição de 2010, por exemplo, era entre dois candidatos que tinham
combatido a ditadura. Agora não, você tem dois candidatos mais jovens. No caso
de Aécio Neves, ele tem um partido e alianças com maior tempo de TV e que é melhor
estruturado em áreas importantes do país — Minas Gerais, São Paulo, no Norte,
onde tem o governo do principal estado, e no Sul, tem o Estado do Paraná, que é
importante na região. É o partido que tem a melhor estrutura, maior número de
quadros e maior tempo de TV. Já Eduardo tem a seu favor um posicionamento que
não bate de frente com o lulismo. Ele tem essa postura de terceira via,
fortalecida pela presença de Marina Silva na chapa.
Aécio, no programa de TV da semana retrasada, deu muita ênfase ao fato de ser neto de Tancredo Neves. Até com imagens dele ao lado do avô nas Diretas Já. Isso é um trunfo?
Quando você tem nomes desconhecidos na política, é natural
que seus marqueteiros divulguem referências que facilitem e ajudem a promover o
conhecimento sobre aquele candidato para o eleitorado. O fato de Aécio ser neto
de Tancredo ajuda o eleitor comum a encaixar, no seu quadro de referências,
essa figura do ex-governador de Minas. Isso dá uma marca de qualidade. Assim
como o governador Eduardo Campos, quando se refere a seu avô, Miguel Arraes.
Não é que isso tudo dê votos, mas aumenta sua taxa de conhecimento e
confiabilidade.
O sr. acredita que a entrada de Lula na campanha de Dilma pode reverter a situação?
Lula teve um peso decisivo na eleição de Dilma em 2010, por
dois fatores: ela era pouco conhecida e, com um governo Lula muito bem
avaliado, a população desejou a continuidade desse governo e declarou isso em
pesquisas. Agora, na mente dos eleitores, não se trata de recuar a 2010 com
Lula fazendo uma reapresentação de Dilma. O apoio dele continua sendo
importante, mas é um apoio político. Lula é o capitão do time que apoia a
presidenta. Mas o que será tratado basicamente pelos eleitores são os
sentimentos despertados pela administração Dilma durante esses quatro anos. Uma
questão importante: Lula e a equipe de marketing da então candidata Dilma a
apresentaram ao país como uma grande gerente, com uma bagagem técnica, a mãe do
PAC, e o cargo de ministra-chefe da Casa Civil emprestava credibilidade.
E qual é o fator de agora?
É ver como ficou a imagem de gerente que o eleitorado
“comprou” e sufragou maciçamente em 2010. Se essa imagem, na campanha,
permanecer como está hoje, Dilma enfrentará severas dificuldades. Na pesquisa
CNT/MDA, 22% responderam que Dilma é boa gerente, 31% que não é boa gerente e
45% disseram que ela é uma gerente regular. “Gerente regular” não é um atributo
adequado para um presidente.
E como ficam, então, Aécio e Eduardo, dado que o povo não conhece bem esses candidatos?
Mais do que avaliação, a presunção de competência de Aécio e
Eduardo será processada pela população a partir das respectivas campanhas, e do
que mídia e adversários vão falar negativamente. As experiências de Aécio, no
Congresso e no governo de Minas, e de Eduardo Campos, no governo de Pernambuco
e no Ministério da Ciência e Tecnologia, serão avaliadas e, a partir daí, vai
ser construída uma imagem de maior ou menor competência, assim como a população
elaborou sua avaliação de competência gerencial da então candidata Dilma.
Há riscos de Dilma não passar ao segundo turno?
Um candidato incumbente tem, praticamente, um passaporte
carimbado para o segundo turno. Isso é verdade aqui e em outros países.
Raramente ocorre de o presidente ou o candidato apoiado por ele não chegar ao
segundo turno. Mas isso ocorre em situações onde a avaliação positiva caiu
tanto, que o presidente ou o candidato por ele apoiado perdeu as condições
objetivas de apoio político e subjetivas do eleitorado para chegar lá.
No
Brasil, isso ocorreu na primeira eleição do ciclo de disputas democráticas, em
1989, com os candidatos Ulysses Guimarães e Aureliano Chaves, dois pilares da
Nova República. Mesmo que estivessem unidos, o somatório da votação de ambos
não os colocaria no segundo turno.
Na França, em maio de 2002, o
primeiro-ministro Lionel Jospin, do Partido Socialista, foi candidato, mas foi
ultrapassado por Jean-Marie Le Pen (Frente Nacional) e a França assistiu,
perplexa, ao segundo turno entre o candidato da extrema-direita e Jacques Chirac
(UMP), com o Partido Socialista de fora da disputa.
A eventualidade desse viés
de queda da presidenta Dilma avançar numa reta linear de agora até o final da
campanha eleitoral a coloca no segundo turno. Acho que a possibilidade de ela
não ir para o segundo turno é menor que a possibilidade de ela ser substituída
pelo ex-presidente.
O sr. acha que ela ainda pode ser substituída por Lula?
Acho que sim. Por enquanto, Lula ratifica a candidatura da
presidenta. Mas há de convir que se você perguntasse ao PT, à base de partidos
aliados, aos candidatos a deputado estadual e federal, a senador e a governador
o que facilitaria suas campanhas eleitorais, se Dilma ou Lula, a resposta seria
o ex-presidente Lula. Se o declínio de Dilma continua, será extremamente difícil
deixar no banco de reservas sua grande estrela, que é o Lula. O “Volta, Lula”
seria a manifestação mais elementar da racionalidade do PT e de seus aliados.
Então não seria uma decisão dela, mas do partido...
De nenhum dos dois. As lideranças políticas conduzem seus
adeptos, seus aliados, mas, em momentos cruciais, são conduzidas pelos
interesses das respectivas bases. Como líderes, eles não podem se furtar a
ouvir determinadas conclamações.
Dilma afirmou, semana passada, que sai candidata com ou sem base aliada.
Foi um escorregão retórico da presidenta, porque o processo
de indicação da candidatura envolve partidos, alianças, tempo de televisão,
compromissos com aliados. Se não houver a concordância dos aliados, não haverá
a candidatura de Dilma.
Qual é o peso real do Bolsa Família na eleição?
O Bolsa Família foi importante em 2006 e 2010. Em 2014, ele
tem sua inegável importância, mas o bom senso nos diz que o mesmo fator usado
reiteradamente ao longo do tempo — são quase 10 anos da existência do Bolsa
Família — vai perdendo sua utilidade eleitoral, a capacidade do programa de
influenciar as pessoas. O país já assistiu a isso antes, com o Plano Real, que
foi importantíssimo no discurso de 1998; em 2002, já não se mostrou decisivo;
e, em 2006, granjeou poucos votos ao então candidato do PSDB, Geraldo Alckmin.
Há uma utilidade declinante nesse programa, como em quaisquer programas.
A
presidenta tem outros programas, do ponto de vista da opinião pública, muito
mais novos e com impacto maior, como o Mais Médicos, que tem apoio de 75% da
população. O Mais Médicos veio ao encontro de uma demanda enorme da população,
que queria exatamente a presença de mais profissionais de saúde na rede
pública. O Bolsa Família já rendeu dividendos eleitorais lá atrás é sua
paternidade é creditada ao Lula.
O sr. acredita em aumento da abstenção por conta de desilusões políticas surgidas nas manifestações de 2013?
As pesquisas têm apresentado um percentual inusual de
eleitores que não votarão em nenhum candidato. O que pode ocorrer é que, à
medida que esses eleitores forem conhecendo candidatos alternativos a Dilma
(que já é conhecida por 99% dos entrevistados), podem, eventualmente,
direcionar o apoio a esses candidatos e essa desilusão ser apenas momentânea.
Ou não — dependendo das campanhas desses candidatos, a decepção que produz tais
percentuais nas pesquisas pode vir a se consolidar e mostrar a maior taxa de alienação
da história das eleições no período democrático.
A abstenção favorece Dilma?
Depende de onde parte essa abstenção. Se a abstenção se faz
mais intensa nas camadas D e E, isso prejudica a presidenta Dilma. Numa
pesquisa recente, o Ibope perguntou se as pessoas votariam caso o voto não
fosse obrigatório. Metade votaria, a outra, não. Então, se o não-voto assumisse
uma grande proporção, faria o resultado dessa eleição uma grande interrogação.
O sr. concorda com a tese de que essa eleição será a mais difícil
da história, inclusive nos estados?
Há um fator que não é lembrado diariamente, que são as
manifestações de junho, a crise de representação que não desapareceu da cabeça
do brasileiro. Como, durante a Copa, vai se reacender aquele tipo de desejo que
a população expressou em 2013, de passar a limpo a política, de maior e melhor
participação? Não sabemos ainda com que características isso voltará à
superfície. Quando você pergunta nas pesquisas de opinião se haverá novas
manifestações, mais de 60% dizem que sim, mas ninguém sabe qual a dimensão,
quais as características, como isso vai interagir com a Copa do Mundo e
desaguar na campanha eleitoral. É um conjunto de indagações. Portanto, temos as
eleições, se não as mais complexas, com certeza as mais imprevisíveis
pós-ditadura.
Se o Brasil perder no início da Copa, isso é um agravante?
A Copa nunca esteve relacionada ao resultado de eleições
presidenciais, mas há o fato de a Copa ser no Brasil, onde a capacidade de
organização do país está sendo muito discutida. Se houver uma onda de
manifestações, uma vitória do Brasil pode ajudar a atenuar insatisfações. Já
uma derrota, pode ser um pouco mais de água no copo cheio de indignação do
povo. Não é que a vitória na Copa seja um excepcional resultado para o governo;
é que ela ajudaria a desanuviar espíritos negativos.
Lula foi um presidente político e Dilma popularizou-se como uma gerente. Ser gerente já não traz uma carga inerente de impopularidade?
A avaliação dos governantes é sempre parametrizada pela avaliação
retrospectiva dos antecessores. Se Dilma tivesse sucedido um Lula impopular,
ela não teria sido eleita, mas seria beneficiada com isso. Governantes que
sucedem líderes impopulares têm uma chance maior de desfrutar de uma boa
avaliação ao longo do percurso, assim como o inverso é verdadeiro. Dilma, por
seu estilo e pelas dificuldades que enfrentou, tem ainda como agravante uma
comparação inconsciente que a população faz o tempo todo com Lula. E a
comparação é sempre negativa para ela. Ainda assim, isso não a impediu de, por
boa parte do seu mandato, ter patamares de aprovação bem elevados. Era
impossível imaginarmos, um ano atrás, que as coisas sobre as quais estamos
conversando pudessem vir a ocorrer.
Em maio de 2013, a situação era muito
diferente. Em junho de 2013, a avaliação positiva de Dilma era de 54%, segundo
a pesquisa CNT/MDA. Hoje, está reduzida a 33%. A partir de julho, Dilma sofreu
essa inflexão e, por volta de outubro, houve uma reação, mas ela já iniciou o
ano em viés de baixa. É importante lembrar que a avaliação de governador e
prefeito em todo o país está longe de ser positiva. Os governadores têm, hoje,
em conjunto, 34,2% de avaliação entre ótima e boa e os prefeitos, 29,8%.
Então, o sr. não acredita que a presidente se reeleja...
O que eu acho é que ela está perdendo as condições de se
manter como candidata. Isso é até mais grave.
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