07/05/2014
- Autor: Fabiano Ávila
- Fonte: Instituto
CarbonoBrasilhttp://www.institutocarbonobrasil.org.br/noticias2/noticia=737024
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Novo relatório divulgado pelo governo norte-americano tenta conscientizar a sociedade de que o aquecimento global e suas consequências já são visíveis e estão tornando a vida das pessoas mais difícil
“As
mudanças climáticas estão afetando os norte-americanos neste momento.
Seja na forma de maiores enchentes, grandes secas ou graves incêndios
florestais – todos esses eventos estão impactando nosso país enquanto
converso aqui com você”, afirmou o presidente dos Estados Unidos, Barack
Obama, em uma das muitas entrevistas que concedeu nesta terça-feira
(6).
Obama visitou todas as principais redes de televisão do país, em um esforço inédito para passar as mensagens contidas na Avaliação Climática Nacional, um documento de 870 páginas divulgado ontem e produzido por centenas de pesquisadores a pedido do governo norte-americano.
O estudo busca mostrar o cenário atual dos impactos das mudanças climáticas para os norte-americanos, com o objetivo de acabar com a noção de que o aquecimento global é um problema apenas para o futuro distante e garantir, assim, apoio para o Plano de Ação Climática que a administração Obama quer colocar em prática.
Será um trabalho de convencimento árduo, uma vez que uma pesquisa de opinião feita em março revelou que apenas 34% dos norte-americanos consideram as mudanças climáticas uma ameaça séria. Além disso, 40% deles nem sequer acredita em aquecimento global.
“Estamos vendo transformações ao nosso redor. Todas as regiões do país já são afetadas, assim como setores econômicos. Cidades já gastam mais do que podem para minimizar os efeitos de eventos climáticos extremos”, afirmou Obama.
Impactos
O estudo afirma que a temperatura média nos EUA subiu entre 0,7ºC a 1,1ºC desde 1895, sendo que essa elevação se acelerou desde 1970. Entre os 14 anos mais quentes já registrados no país, 13 aconteceram depois do ano 2000.
Esse aumento nas temperaturas já resulta em alterações perceptíveis no clima dos EUA.
“Os verões estão mais longos e quentes, com longos períodos de ondas de calor nunca antes vistos. Os invernos estão mais curtos e amenos. As pessoas estão enfrentando temporadas maiores de alergias. Variedades de plantas estão crescendo fora de época, assim como a migração de pássaros está ocorrendo em momentos diferentes do que no passado”, afirma o documento.
No entanto, são as mudanças mais drásticas as que mais preocupam os cientistas.
“Residentes de cidades costeiras estão vendo enchentes mais frequentes devido às pesadas chuvas e altas marés (...) O clima mais quente e seco somado a menor presença de gelo nas montanhas está facilitando a ocorrência de incêndios florestais, que provocam danos ambientais e destruição de patrimônio publico e privado (...) Isso tudo está fazendo com que as taxas de seguros fiquem cada vez mais caras, sendo que em algumas localidades as seguradoras não oferecem mais seus serviços”, completa.
O relatório repassa os eventos climáticos extremos vistos nos últimos anos, como os furacões Katrina, que resultou em seis mortes e US$ 2 bilhões em prejuízos, e Sandy, 29 mortes, mais de 2,4 milhões de pessoas sem energia e cerca de US$ 30 bilhões de prejuízos.
Também é destacada a seca histórica entre 2011 e 2012, que afetou boa parte do território dos EUA, incluindo os principais estados agrícolas. Os preços dos alimentos em todo o mundo aumentaram como consequência do fenômeno.
“A Avaliação Climática Nacional é o alerta mais claro que já demos sobre a urgência de agirmos para lidar com as mudanças climáticas que ameaçam os norte-americanos”, declarou John Holdren, conselheiro científico da Casa Branca.
“O que esse relatório destaca é que as mudanças climáticas já estão ocorrendo em nossos quintais. Além disso, muitas dessas transformações estão mais rápidas e fortes do que antecipamos”, completou Thomas Karl, diretor da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA).
O estudo afirma que evidências confirmam que as atividades humanas são a causa primária do aquecimento global visto nos últimos 50 anos (veja gráfico ao lado). A queima de carvão, petróleo, gás e o desmatamento fizeram com que a concentração de gases do efeito estufa (GEEs) na atmosfera aumentasse em mais de 40% desde a Revolução Industrial.
Assim, o documento conclui que os norte-americanos têm uma escolha clara pela frente.
“Devido à longa vida dos GEEs na atmosfera, algumas das mudanças no clima já são irreversíveis. Porém, a sociedade ainda pode influir na gravidade dessas transformações ao optar por um caminho de baixas emissões de agora em diante”, explica.
A Avaliação Climática Nacional está disponível no formato de um portal na Internet, repleto de infográficos e informações para consulta.
Imagem: Enchente em Nova Orleans provocada pelo furacão Katrina / NOAA
Obama visitou todas as principais redes de televisão do país, em um esforço inédito para passar as mensagens contidas na Avaliação Climática Nacional, um documento de 870 páginas divulgado ontem e produzido por centenas de pesquisadores a pedido do governo norte-americano.
O estudo busca mostrar o cenário atual dos impactos das mudanças climáticas para os norte-americanos, com o objetivo de acabar com a noção de que o aquecimento global é um problema apenas para o futuro distante e garantir, assim, apoio para o Plano de Ação Climática que a administração Obama quer colocar em prática.
Será um trabalho de convencimento árduo, uma vez que uma pesquisa de opinião feita em março revelou que apenas 34% dos norte-americanos consideram as mudanças climáticas uma ameaça séria. Além disso, 40% deles nem sequer acredita em aquecimento global.
“Estamos vendo transformações ao nosso redor. Todas as regiões do país já são afetadas, assim como setores econômicos. Cidades já gastam mais do que podem para minimizar os efeitos de eventos climáticos extremos”, afirmou Obama.
Impactos
O estudo afirma que a temperatura média nos EUA subiu entre 0,7ºC a 1,1ºC desde 1895, sendo que essa elevação se acelerou desde 1970. Entre os 14 anos mais quentes já registrados no país, 13 aconteceram depois do ano 2000.
Esse aumento nas temperaturas já resulta em alterações perceptíveis no clima dos EUA.
“Os verões estão mais longos e quentes, com longos períodos de ondas de calor nunca antes vistos. Os invernos estão mais curtos e amenos. As pessoas estão enfrentando temporadas maiores de alergias. Variedades de plantas estão crescendo fora de época, assim como a migração de pássaros está ocorrendo em momentos diferentes do que no passado”, afirma o documento.
No entanto, são as mudanças mais drásticas as que mais preocupam os cientistas.
“Residentes de cidades costeiras estão vendo enchentes mais frequentes devido às pesadas chuvas e altas marés (...) O clima mais quente e seco somado a menor presença de gelo nas montanhas está facilitando a ocorrência de incêndios florestais, que provocam danos ambientais e destruição de patrimônio publico e privado (...) Isso tudo está fazendo com que as taxas de seguros fiquem cada vez mais caras, sendo que em algumas localidades as seguradoras não oferecem mais seus serviços”, completa.
O relatório repassa os eventos climáticos extremos vistos nos últimos anos, como os furacões Katrina, que resultou em seis mortes e US$ 2 bilhões em prejuízos, e Sandy, 29 mortes, mais de 2,4 milhões de pessoas sem energia e cerca de US$ 30 bilhões de prejuízos.
Também é destacada a seca histórica entre 2011 e 2012, que afetou boa parte do território dos EUA, incluindo os principais estados agrícolas. Os preços dos alimentos em todo o mundo aumentaram como consequência do fenômeno.
“A Avaliação Climática Nacional é o alerta mais claro que já demos sobre a urgência de agirmos para lidar com as mudanças climáticas que ameaçam os norte-americanos”, declarou John Holdren, conselheiro científico da Casa Branca.
“O que esse relatório destaca é que as mudanças climáticas já estão ocorrendo em nossos quintais. Além disso, muitas dessas transformações estão mais rápidas e fortes do que antecipamos”, completou Thomas Karl, diretor da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA).
O estudo afirma que evidências confirmam que as atividades humanas são a causa primária do aquecimento global visto nos últimos 50 anos (veja gráfico ao lado). A queima de carvão, petróleo, gás e o desmatamento fizeram com que a concentração de gases do efeito estufa (GEEs) na atmosfera aumentasse em mais de 40% desde a Revolução Industrial.
Assim, o documento conclui que os norte-americanos têm uma escolha clara pela frente.
“Devido à longa vida dos GEEs na atmosfera, algumas das mudanças no clima já são irreversíveis. Porém, a sociedade ainda pode influir na gravidade dessas transformações ao optar por um caminho de baixas emissões de agora em diante”, explica.
A Avaliação Climática Nacional está disponível no formato de um portal na Internet, repleto de infográficos e informações para consulta.
Imagem: Enchente em Nova Orleans provocada pelo furacão Katrina / NOAA
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