segunda-feira, 12 de maio de 2014

Brasil tem o 2º passaporte mais valorizado da América Latina







Nos últimos meses, diversas mudanças na política de vistos da União Europeia e dos Estados Unidos fizeram com que alguns passaportes da América ganhassem mais peso no cenário mundial.

Alguns chilenos, por exemplo, vão poder entrar em território americano sem visto. Mas, afinal, qual o passaporte mais valorizado na América Latina?


Em um índice sobre cidadãos de um país que podem viajar a mais destinos sem a necessidade de visto, o Brasil aparece em segundo lugar, ficando atrás da Argentina.


No ranking, organizado pela consultoria Henley & Partners e pela Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA, na sigla em inglês), o Chile fica em terceiro lugar, seguido México e Uruguai, empatados.


No outro extremo da lista estão os haitianos, dominicanos e cubanos, que precisam se submeter a mais trâmites para obter vistos.


Mundo

O índice leva em conta o número de países para os quais a população daquela nação pode viajar sem visto.

No caso dos brasileiros, por exemplo, em 2008 eles podiam viajar para 122 países sem visto; número que subiu para 146 em 2013. Já na Argentina, os números são 127 e 147, respectivamente.


A lista contempla 219 destinos no mundo, incluindo países e territórios. A máxima pontuação possível é de 218, já que não se conta o próprio país de quem viaja.


No ranking geral, entretanto, o Brasil ocupa o 19º lugar, enquanto a Argentina está em 18º e o Chile, em 21º.


Nessa listagem, três países ocupam o primeiro lugar: Finlândia, Suécia e Reino Unidos, cujos cidadãos podem viajar sem visto para 173 destinos.


Nas últimas posições estão Afeganistão (28 destinos sem a necessidade de visto), Iraque (31), Paquistão e Somália (ambos com 32).


Critérios

Mas o que influencia o fato de que um espanhol pode viajar a 170 países sem se preocupar com visto, enquanto um nepali tem apenas 37 destinos "liberados"?

"Há a incidência de uma série de fatores, como a situação internacional de um país e suas relações com outras nações", explica Amanda Philip, chefe de Publicações da Henley & Partners, a consultoria co-responsável pelo levantamento.


"Os principais critérios para a expedição de vistos são as considerações sobre segurança e sobre economia."


Segundo ela, em geral, a política de vistos se baseia nas relações históricas ou diplomáticas, em tratados de comércio e no comércio bilateral entre as nações.


Segundo o Informe de Abertura de Vistos Turísticos da Organização Mundial de Turismo (OMT), a porcentagem da população que precisa de visto para viajar caiu de 77% em 2008 para 64% em 2013.


A OMT, que vê na facilitação da expedição de vistos como uma forma de estimular o crescimento do turismo, afirma que em 2013, 18% da população mundial viajou sem precisar de visto, enquanto que 15% pôde obtê-lo ao chegar no país de destino.


Em geral, segundo a organização, as economias emergentes tendem a ser mais abertas que as mais avançadas, sendo que os países do sudeste asiático, do leste da África, do Caribe e da Oceania são os com maior abertura, enquanto os da África central e do norte e da América do Norte são os que possuem as políticas mais restritivas.

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