O PT adotou a lógica do medo em suas peças publicitárias, nas quais brande “fantasmas do passado”. Mas os brasileiros estão assustados mesmo é com monstros do presente, que se revelam na inépcia do governo, numa vida cada vez mais dura e cara nas cidades, na falta de benefícios prometidos, mas nunca entregues. Daí que 74% da população quer um Brasil diferente.
E não será com o partido no poder há 12 anos que se alcançará a mudança.
O
PT partiu para a apelação nos comerciais que começou a veicular na
televisão para defender sua permanência no poder. Tenta incutir medo
numa população já desesperançada. Açula mitos, desidrata a história e
busca, a todo custo, transformar a eleição de outubro numa batalha final
do bem contra o mal.
Trata-se de estratégia coordenada, com iniciativas em várias frentes.
Trata-se de estratégia coordenada, com iniciativas em várias frentes.
Incluiu
a postura crescentemente belicosa assumida pela presidente da
República, que transforma cada evento público em palanque partidário, e
não dispensa a franca beligerância quando o protagonista dos ataques é
Luiz Inácio Lula da Silva.
Contempla,
ainda, a escalação de ministros de Estado para atuarem como porta-vozes
partidários e ventríloquos do marketing oficial. A cada verdade que a
oposição lhes lança na cara, respondem com mais uma mistificação
embalada em frases preparadas em birôs de comunicação.
Em governar, não se ocupam.
Em governar, não se ocupam.
Em
sua propaganda de TV, o PT brande “fantasmas do passado”, mas a
população brasileira está assustada mesmo é com monstros do presente.
Com
a inflação que não apenas ameaça, mas já lhe tira o sono após cada
visita à feira. Com os serviços públicos que não apenas atemorizam, mas
lhe tiram do sério dia após dia. Com a falta de boas perspectivas para o
país.
A
população brasileira está alarmada é com monstros do presente que se
revelam na inépcia do governo em cumprir seus compromissos. Na
incapacidade de entregar aos cidadãos os benefícios com os quais acenou
por anos, mas que nunca chegam.
Daí
que três em cada quatro brasileiros querem um Brasil diferente do que
aí está. E não será com o partido que governa o país há 12 anos e já
demonstrou os limites e os vícios de sua prática política que se
alcançará a mudança necessária. Tampouco com o PT travestindo-se do que
há muito deixou de ser e distorcendo a história da qual pretende se
apropriar.
No Brasil de hoje, a desesperança juntou-se ao medo.
E
a propaganda petista espelha isso. “É um sinal de fraqueza, quase
desespero”, resume João Paulo Peixoto, cientista político da UnB, n’O
Globo.
A peça é “talvez um pouco triste demais para quem também precisa vender esperança”, avalia Fernando Rodrigues na Folha de S.Paulo.
A
dura realidade, esta megera, esta estraga prazeres, ocupa-se em
desmentir os petistas e o discurso oficial. Em suas andanças pelo país,
cada dia mais intensas, a presidente Dilma Rousseff vende um Brasil que
não existe, um governo que jamais saiu da pré-escola, uma gestão que se
especializou em produzir desastres.
Ontem,
no Nordeste, a presidente disse que os governos do PT são mestres em
planejar e em bem executar. Afirmou isso em referência a uma obra que
deveria ter ficado pronta quatro anos atrás, até hoje teve menos de 60%
executados e não será concluída antes do fim de 2015, oito anos depois
de iniciada:
a transposição das águas do rio São Francisco.
A
presidente justifica a inépcia na execução da transposição ao
“aprendizado” a que os petistas tiveram que se submeter após o início da
execução da obra, cujo custo até agora mais que dobrou. Governo não é
lugar de fazer pós-graduação; governo é lugar de servir à nação.
“Éramos bastante inexperientes”, admitiu Dilma.
Eram?
Ou ainda são?
A
lista de improvisos, remendos e marretas deste governo é quase
interminável. O que dizer do “planejamento” para conter a inflação por
meio da manipulação deslavada de tarifas públicas, como admite, com
todas as letras, o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, em
entrevista à Folha publicada hoje?
São monstros como estes que aterrorizam o dia a dia dos brasileiros.
Mas,
ao ver-se prestes a ser apeado do poder, o PT prefere fabricar
fantasmas e investir num discurso que beira o desespero. Se fossem tão
competentes quanto apregoam, os petistas não estariam tendo que jogar
tão baixo para tentar ganhar uma eleição na qual vai ficando cada dia
mais evidente que o Brasil inteiro quer vê-los derrotados.
Instituto Teotônio Vilela
17 de maio de 2014
Nenhum comentário:
Postar um comentário