Segurança extra no Maracanã é tema de reportagem em vídeo do 'The Guardian'
O site do jornal britânico ‘The Guardian’ publicou
neste domingo (22) uma reportagem em vídeo comentando o aumento da
segurança no Rio de Janeiro para a partida entre Bélgica e Rússia. O
jogo, que aconteceu no Estádio do Maracanã entre as 13h e as 15h,
recebeu pela primeira vez o policiamento de policiais militares dentro
do estádio.
Segundo a reportagem, a segurança foi reforçada
para o jogo e policiais estavam em “alerta alto” depois dos problemas da
última partida no local. “Cerca de 100 torcedores do Chile invadiram a
área de imprensa do estádio em uma tentativa de forçar sua passagem até
as arquibancadas para assistir ao jogo contra a Espanha”, diz o
repórter, citando que 85 torcedores foram detidos pela polícia após o
tumulto (assista ao vídeo, em inglês).
Neste domingo, segundo o vídeo, a situação era bem
diferente: “policiais militares cercaram a área no entorno e bloquearam
as ruas que dão no estádio”. O número de pessoas cuidando da segurança
do Maracanã com o reforço da PM passou de 3 mil, para lidar com uma
multidão esperada de 70 mil torcedores na hora do jogo. A Bélgica é
considerada uma das surpresas da Copa, lembrou o repórter.
“Se eles só estiverem falando sobre isso [o
futebol] no fim, as forças de segurança consideração isso um sinal de um
trabalho bem feito”, completou.
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'Não era para tanto', diz jornal espanhol sobre o clima de pessimismo pré-Copa
Com o título “No era para tanto” (Não era para tanto, em português), o jornal espanhol "El País" publicou reportagem neste sábado (21) sobre as previsões catastróficas a respeito da realização da Copa do Mundo no Brasil, e o clima de otimismo, agora que o torneio já começou.
O texto destaca a grande quantidade de artígos na imprensa internacional afirmando que a Copa vai muito melhor do que o esperado. E aponta como uma das razões disso a expectativa pré-Copa de que tudo daria errado na realização do evento no Brasil.
“O Mundial caminha melhor do que o esperado. É verdade. Em parte porque o que se esperava era muito ruim, uma espécie de apocalipse brasileiro, onde pouco ou nada iria funcionar como deveria”, afirma o texto (leia a reportagem original, em espanhol).
O jornal lembra os problemas que precederam à Copa, como os atrasos nas obras de estádios e infraestrutura, a greve do metrô de São Paulo e os protestos. E sugere que, durante o Mundial, os serviços estão funcionando “melhor que antes da Copa”, e que os brasileiros deixaram de lado as manifestações assim que os jogos começaram.
“A bola começou a rolar e os brasileiros, em sua grande maioria, se alienaram junto com a seleção, declarando a si mesmos uma trégua até que termine o campeonato ou o Brasil seja eliminado”, diz o texto. Le Monde destaca 'milagre brasileiro' no bom funcionamento da Copa do Mundo
Reportagem do jornal francês “Le Monde” classifica como “milagre brasileiro” o bom funcionamento da Copa do Mundo mesmo após expectativa de caos nos estádios, no transporte público e nas ruas, devido às manifestações de movimentos sociais. "O improviso à brasileira se revela à altura do evento", diz o título.“Todas as preocupações parecem ter desaparecido com os primeiros acordes da cerimônia de abertura (...) Depois de uma semana de competição, parece que a catástrofe não ocorreu”, explica o texto (leia a reportagem original, em francês).Os jornalistas citam que alguns problemas podem ser encontrados, como acabamentos não finalizados nos estádios ou dificuldades para captar sinal de celular. No entanto, eles dizem que um sorriso, seguido de um “bem-vindo”, em português, compensam qualquer vacilo. "O Brasil organiza o Mundial à sua maneira, confuso e amigável, descontraído e acolhedor", diz o jornal.Em outra reportagem, quatro jornalistas, dois deles correspondentes da publicação no Brasil, explicam como a população de Ribeirão Preto (SP), cidade que abriga os jogadores da França, é apaixonada pela seleção. “Onde quer que vá, [o jogador] Karim Benzema é aclamado. Mas os brasileiros também aplaudem os outros calorosamente”, diz o texto (leia a reportagem original, em francês).A reportagem cita ainda a ligação de Ribeirão Preto com a França, graças aos irmãos ex-atletas Sócrates e Raí (este último competiu pelo Paris Saint-Germain na década de 1990), que moraram na cidade do interior paulista por muito tempo. "A sombra de Sócrates ainda flutua no Pinguim, o bar o "doutor", como era apelidado, tomava cerveja", diz o Le Monde.O texto aproveita também para mostrar que em outras cidades do país, como Manaus e Salvador, os brasileiros tentam conversar com os franceses misturando palavras do idioma com o português “em sinal de boa vontade e cortesia”.-
Ator é vítima de racismo de outros torcedores ingleses no Brasil, diz jornal
O ator Riz Ahmed, um inglês de origem paquistanesa, diz ter sido vítima de racismo praticado por outros torcedores da Inglaterra durante o jogo contra o Uruguai, na Arena Corinthians, em São Paulo, na última quinta-feira (19). Segundo reportagem do jornal britânico The Telegraph, Ahmed estava no estádio apoiando a seleção inglesa quando passou a ser insultado por outros torcedores do seu país.
"Eu estava no estádio em São Paulo cantando 'England! England!'. No intervalo do jogo, recebi um abuso racista de um torcedor inglês. No segundo tempo, já não podia mais cantar", escreveu o ator no microblog Twitter (leia a reportagem original, em inglês).
O incidente aconteceu alguns dias depois de o ator, que já participou de filmes como "Four Lions" e "III Manors" ter expressado sua alegria em poder torcer no Brasil sem ter de se preocupar com problemas de racismo. "A melhor coisa sobre o Brasil? Ser um cara moreno e de barba e poder gritar 'England!' sem causar um alerta na segurança", afirmou. Inglaterra eliminada é 'fim de um sonho', diz jornal; ingleses aprovam festa da Copa
Os sites dos jornais ingleses destacaram nesta sexta-feira (20) a eliminação prematura da Inglaterra da Copa do Mundo, confirmada após a vitória da Costa Rica sobre a Itália. "O sonho acabou", destacou o jornal "The Telegraph", que entrevistou vários torcedores britânicos após a partida.
"Acho que outros times querem vencer a Copa mais do que a Inglaterra", disse o eletricista Michael Clarke, de Birmingham, entrevistado na praia de Copacabana, no Rio, após o jogo vencido pelos costarriquenhos. Segundo o torcedor, apesar da eliminação valeu a pena vir ao Brasil ver a Copa do Mundo ao vivo. "Tivemos momentos brilhantes aqui. Tem sido uma grande festa e os brasileiros estão nos tratando muito bem." (leia reportagem original, em inglês)
Outro torcedor disse à reportagem: "É a única vez que houve uma Copa do Mundo no Brasil em toda a minha vida por isso tem sido um privilégio estar aqui", afirmou ao jornal. "Nós tivemos grandes momentos e é uma vergonha que a seleção da Inglaterra coloque um freio nisso."
O jornal destacou ainda que se a Inglaterra não ganhar o último jogo, contra a Costa Rica, será a pior atuação de uma seleção inglesa em toda a história das Copas.O Huffington Post também destacou que a eliminação foi a mais precoce desde 1958. Já o Guardian mostrou a reação de internautas ingleses no Twitter durante o jogo entre Costa Rica e Itália.
Copa une a nação brasileira, mas exclui o governo, diz Financial Times
A revista on-line do jornal Financial Times publicou, nesta sexta-feira (20), um artigo sobre como o “efeito Copa do Mundo” uniu o Brasil. Segundo o jornalista Simon Kuper, que assina o texto, os dois mundiais sediados no país –o de 1950 e o de 2014—são completamente diferentes no quesito da inclusão.
“Na última Copa do Mundo na casa do Brasil em 1950, a derrota ‘legendária’ da Seleção na final contra o Uruguai provavelmente não foi nem notada pela maioria dos brasileiros analfabetos e da zona rural”, diz ele. Desse vez, porém, Kuper mencionou um e-mail que recebeu de um antropólogo brasileiro que atualmente trabalha em uma tribo indígena isolada na região do Xingu, dizendo que todos os moradores do local acompanharam o jogo de estreia do Brasil, contra a Croácia (leia o texto original, em inglês).
Segundo o jornalista, no Brasil, mais que em qualquer país, a seleção nacional de futebol representa a nação. E o hino cantado à capella por dezenas de milhares de brasileiros nos estádios, que para ele se tornou um ritual local, é o momento em que essa representação se concretiza.
“Um país vastamente desigual agora está fazendo o melhor que pode para se unir em torno de um time de jogadores de futebol expatriados e multimilionários”, escreveu Kuper.
Ele citou o fato de os paulistas se distanciarem da média nacional em uma pesquisa que ouviu a aprovação da Copa pela população –em São Paulo, só 41% era a favor, contra 51% da média brasileira.
Mas, no dia da abertura da Copa em Itaquera, São Paulo aderiu à maioria. “A multidão no estádio cantou o hino com tom desafiador, segundo me disse um empresário brasileiro. A mensagem deles: eles amavam o Brasil apesar do governo”, disse ele, em referência à ideia atribuída ao lateral Marcelo de continuar cantando o hino após o fim da versão da Fifa.
Para o jornalista, hoje, nos dias de jogos, os brasileiros das grandes cidades reúnem as famílias para um churrasco, e ver a Seleção é um ritual de união, para a família, para o bairro e para a nação. Segundo ele, porém, não é correto dizer que brasileiros amam o futebol. “Brasileiros amam ver o Brasil nas Copas do Mundo.”
Já os jogadores do time estão longe de ser o tipo médio do brasileiro. A estratégia de Marcelo, para ele, é foi só um truque para angariar os fãs. O jornalista diz ainda que as únicas pessoas excluídas do que chamou de “família nacional” são os governantes, um fato “que acontece em muitos países atualmente”, diz. “A presidente Dilma Rousseff vai aos jogos mas mantém a cabeça baixa enquanto a multidão entoa canções ofensivas sobre ela.”
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