A ex-senadora Marina Silva não vai apoiar a aliança entre o ex-governador de Pernambuco e candidato à Presidência pelo PSB Eduardo Campos e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).
Em entrevista ao programa "É Notícia", da Rede TV, Marina, candidata a vice-presidente na chapa de Campos, disse que seu grupo político, a Rede, não subirá "em hipótese alguma, no palanque do PSDB".
"Não vamos apoiar a aliança. O melhor caminho seria o da candidatura própria. Não sendo [assim], a Rede está discutindo se participará com a candidatura ao Senado", disse.
Na sexta-feira (20), Campos selou a aliança que garantirá ao seu partido a vaga de vice na chapa do PSDB ao governo de São Paulo. Alckmin, no entanto, apoia o candidato de seu partido, o senador Aécio Neves, na corrida presidencial.
No Rio, Campos decidiu se aliar ao senador Lindbergh Farias (PT), candidato ao governo fluminense que apoia a reeleição da presidente Dilma Rousseff.
Marina participa da convenção do PSB que lançou candidatura de Rodrigo Rollemberg ao governo do DF |
Campos optou por ficar na órbita das siglas adversárias para garantir exposição nos palanques do Sudeste, onde é pouco conhecido. Mas suas alianças em São Paulo e no Rio desagradaram Marina.
As alianças contrariam o discurso de Campos e sua vice, a ex-senadora Marina Silva, que pregam a renovação na política e se apresentam como alternativa à polarização entre petistas e tucanos.
Em Minas Gerais, segundo maior colégio eleitoral do país, Campos ensaiou uma aliança com o PSDB, que governa o Estado há 12 anos, mas foi obrigado por Marina a abandonar as negociações.
O PSB escolheu lançar o deputado federal Júlio Delgado.
A íntegra da entrevista vai ao ar neste domingo (22), à 0h30.
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