O montante era repassado a Youssef no Brasil por meio das empresas dele: a GDF Investimentos e a MO Consultoria
Publicação: 14/06/2014 06:40 Correio Braziliense
As investigações da Operação Lava-Jato, da Polícia Federal, identificaram depósitos de empresas acusadas de desviar dinheiro da Petrobras para contas na Suíça atribuídas ao doleiro Alberto Youssef.
Fornecedoras da petroleira, as empresas Sanko Sider e a OAS são apontadas como depositárias de quantias nas contas mantidas no exterior.
Esta semana, o Ministério Público suíço bloqueou US$ 28 milhões vinculados à Lava-Jato e mantidos em cinco bancos do país europeu: US$ 23 milhões seriam do ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa, e outros US$ 5 milhões são atribuídos ao doleiro Youssef.
Alberto Youssef está preso desde março: suspeito de liderar quadrilha que movimentou recursos bilionários |
Informações que constam do documento do Ministério Público da Confederação Suíça apontam que as contas foram abertas em nome de 13 offshores. Segundo o jornal O Globo, as contas vinculadas ao ex-diretor da Petrobras, preso pela segunda vez esta semana, eram movimentadas por ele, pelas duas filhas e os genros.
Assim, todos os envolvidos no esquema também passam a ser investigados pela Justiça suíça. A Polícia Federal apura se a quantia bloqueada no exterior é originária da compra da Refinaria de Pasadena (EUA) e das obras de construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.
As investigações mostram que a Sanko Sider pagou pelo menos R$ 10 milhões no fornecimento de tubos de aço para as obras da Refinaria Abreu e Lima.
O montante era repassado a Youssef no Brasil por meio das empresas dele: a GDF Investimentos e a MO Consultoria, que traziam tubos da China. Entre 2011 e 2013, foram fechados 29 contratos de fornecimento. Porém, segundo a PF, os pagamentos ocorreram este ano.
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