O Pará ferve
Um conflito entre índios e a Vale ferve a cidade de Ourilândia, no
Pará, onde a maior mineradora do mundo tem uma unidade de extração de
níquel desde 2005.
Desde a manhã de quinta-feira, cerca de 350 índios Xikrin do Cateté mantêm, em cárcere privado cinquenta empregados da Vale dentro da própria unidade.
Os índios ameaçam pôr fogo no local agora às 15 horas. O forno da unidade está sendo mantido ligado em potência mínima diante do risco de incêndio.
E o que os índios reivindicam? Dinheiro. A Vale contribui com 9 milhões de reais para as três aldeias dos Xikrin na região, mas eles exigem quatro vezes mais.
Também desde quinta-feira, o governo estadual e a Funai foram avisados do que estava acontecendo em Ourilândia. Talvez mais preocupados com a Copa, ninguém se mexeu.
Por Lauro JardimDesde a manhã de quinta-feira, cerca de 350 índios Xikrin do Cateté mantêm, em cárcere privado cinquenta empregados da Vale dentro da própria unidade.
Os índios ameaçam pôr fogo no local agora às 15 horas. O forno da unidade está sendo mantido ligado em potência mínima diante do risco de incêndio.
E o que os índios reivindicam? Dinheiro. A Vale contribui com 9 milhões de reais para as três aldeias dos Xikrin na região, mas eles exigem quatro vezes mais.
Também desde quinta-feira, o governo estadual e a Funai foram avisados do que estava acontecendo em Ourilândia. Talvez mais preocupados com a Copa, ninguém se mexeu.
PA – Atingidos pela Vale se mobilizam para lutar por direitos
Após seis anos sendo monitorados pela
mineradora Vale, moradores do bairro Alzira Mutran resolveram se
reorganizar e reivindicar seus direitos. O Bairro fica no município de
Marabá-PA, às margens da Estrada de Ferro Carajás. Em uma reunião
articulada pelo Coletivo de Famílias Moradoras do Bairro Alzira Mutran
Atingidas pela Vale, realizada último 23 de maio, foi aprovado um
documento para ser encaminhado para a mineradora e ao poder público.
A animação estava nos rostos das
pessoas, que se agradaram da iniciativa, pois há muito tempo a
comunidade não se reunia sem a presença da Vale. Depois da reunião, era
possível ouvir frases como: ‘Agora é a nossa vez!’, ‘a hora é de
lutar!’, ‘agora nós vamos pra cima e colocar nossas propostas!’. Veja
abaixo o documento na íntegra.
O impacto da ferrovia sobre as populações
São 25 municípios, 127 cidades, vilas e
povoados, dos estados do Pará e Maranhão brutalmente atingidas pela
construção e operação da Ferrovia Carajás/Ponta da Madeira. São
populações urbanas e rurais, formadas por povos indígenas, não indígenas
(agricultores, pescadores, extrativistas, comerciários, autônomos e
outras categorias). Dentre os não indígenas também inclui-se os
quilombolas.
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